Diuréticos e seus mecanismos de ação
Por: Nadiele Schneider • 13/6/2016 • Trabalho acadêmico • 554 Palavras (3 Páginas) • 438 Visualizações
Diuréticos e seus mecanismos de ação
Diurético é uma substância que aumenta o débito e o volume urinário, na maioria das vezes reduzindo a reabsorção de sódio pelos túbulos. São usados para reduzir o volume do líquido extracelular, especialmente em doenças associadas ao edema e hipertensão.
Os diuréticos osmóticos diminuem a reabsorção de água por aumentarem a pressão osmótica do líquido tubular. O uso de substâncias de difícil absorção produz aumento na concentração de moçéculas osmoticamente ativas nos túbulos, e essa pressão osmótica desses solutos reduz a reabsorção de água, fazendo com que uma grande quantidade de líquido seja eliminada pela urina.
Diuréticos de "alça" reduzem a absorção ativa de sódio-cloreto-potássio na alça ascendente espessa de Henle através do bloqueio da água, interrompendo o sistema multiplicador por contracorrente, ao diminuir a absorção de íons na alça para o interstício medular, diminuindo assim a osmolaridade do líquido intersticial medular.
Diuréticos Tiazídicos inibem a reabsorção de sódio-cloreto bloqueando o cotransportador de sódio-cloreto.
Inibidores da Anidrase Carbônica bloqueiam a reabsorção de sódio-bicarbonato nos túbulos proximais, inibindo essa enzima, a qual é essencial para a reabsorção de bicarbonato no túbulo, fazendo com que os íons permaneçam nos túbulos e atuem como diurético osmótico
Inibidores competitivos da aldosterona reduzem a reabsorção de sócio e a secreção de potássio pelo túbulo coletor cortical, através de antagonistas dos receptores de mineralocorticoides que competem com a aldosterona pelo sítio de ligação nas células epiteliais do tubo.
Diuréticos bloqueadores de caais de sódio, eles inibem a reabsorção de sódio e a secreção de potássio nos túbulos coletores. Devido a menor entrada de sódio pelas células epiteliais ocorre também o menor transporte de sódio pelas células.
Doenças Renais
Principais doenças renais graves:
Insuficiência renal aguda:
Ocorre quando os rins subitamente param de funcionar de modo total, mas que podem futuramente retornar as suas funções quase normais. A insuficiência renal aguda pode ser classificada em três categorias: pré-renal (anormalidade originada fora dos rins), intrarrenal ( anormalidade nos próprios rins) e pós-renal (decorrente da obstrução do sistema coletor de urina).
Insuficiência renal crônica:
Resulta na perda progressiva e irreversível de grande número de néfrons funcionais. Muitas vezes não ocorrem sintomas clínicos sérios, até que o número de néfrons funcionais diminua pelo menos 70/75% abaixo do normal. A função dos néfrons é a excreção de água e solutos, quando existe a diminuição deles, ocorre o acúmulo de água e eletrólitos, causando sobrecarga. O círculo vicioso da insuficiência renal crônica pode levar à doença renal terminal pela deterioração progressiva da função renal, até o ponto em que a pessoa precisa ser tratada com diálise ou ser submetida a transplante renal.
Tratamento fisioterápico
Os principais problemas encontrados em indivíduos com insuficiência renal crônica são hipertensão, atrofia muscular, baixa capacidade aeróbica, anemia e perda de força muscular, alterações que podem ser reduzidas com alguns protocolos elaborados pelos fisioterapeutas.
Pacientes com insuficiência renal podem chegar a um quadro mais graves (crônicos), onde a hemodiálise é necessária, o fisioterapeuta nesse caso, pode trabalhar o alongamento dos membros, trabalhar com eletroterapia no fortalecimento muscular, treinamento físico aeróbico, o qual auxilia na remoção de uréia, creatinina e potássio. Ainda o exercício aeróbico mostra alterações cardiovasculares, como hipotensão e taquicardia, porém os exercícios requerem monitoramento rigoroso, variando de paciente para paciente. Mobilizações e avaliações prós - operatórias também podem ser utilizadas para garantir a melhora do paciente quando o quadro encontra-se em fase avançada (em diálise).
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