Ergonomia
Por: tamara.saraiva • 29/11/2015 • Trabalho acadêmico • 2.118 Palavras (9 Páginas) • 509 Visualizações
ERGONOMIA E PARTICIPAÇÃO
OBJETIVOS DA ERGONOMIA:
- Adaptar o trabalho ao homem.
- Melhoria da qualidade de vida do trabalhador.
- Conservação da saúde do trabalhador.
- Aumento da produtividade.
- Segurança ao indivíduo e equipamentos.
ERGONOMIA PARTICIPATIVA:
- Participação dos trabalhadores.
- Melhorar as condições no ambiente de trabalho.
TIPOS DE PARTICIPAÇÃO:
- Direta: envolve todos os trabalhadores no processo ergonômico.
- Indireta: apenas alguns trabalhadores participam do processo.
COMITÊ DE ERGONOMIA:
- Equipe permanente interdisciplinar (engenheiros, fisio, TO, psicólogo, operadores, chefes, designers, etc.).
- Compreender problemas e buscar soluções.
- Compreender o trabalho real.
PROBLEMAS E LIMITAÇÕES DA ERGONOMIA PARTICIPATIVA:
- Dificuldade de diálogo entre categorias.
- Falta de hábito de colher informações dos trabalhadores.
A METODOLOGIA DA ANÁLISE ERGONÔMICAS DO TRABALHO (AET)
- Analisar o trabalho.
- Participação do trabalhador na AET.
Estudo das atividades das pessoas para que sejam realizadas mudanças no trabalho. Visa melhorar e conservar a saúde dos trabalhadores, e o funcionamento adequado do sistema técnico (produção e segurança).
Objetivos:
- Melhorar condições de trabalho.
- Aumentar a satisfação dos trabalhadores.
- Adequar o trabalho aos trabalhadores.
Composta de 5 fases que ocorrem simultaneamente.
1- Análise da demanda e proposta de contrato:
Técnicas:
- Observar trabalho.
- Dados da empresa (tipo de produto, horário, n° de funcionários).
Objetivos:
- Conhecimento inicial da empresa e estabelecer a demanda real (o pedido).
2- Análise do ambiente técnico, econômico e social:
Técnicas:
- Reunir dados coletados durante todo o processo.
Objetivos:
- Identificar problemas que causam sobrecarga de trabalho.
3- Análise das atividades e da situação de trabalho e restituição dos resultados:
Técnicas:
- Estudo de campo (foto, filme, entrevista).
- Questionário de saúde.
- Ficha de caracterização das atividades.
- Entrevista semi-estruturada.
Objetivos:
- Diagnóstico profundo.
- Descrição da tarefa e da atividade.
4- Recomendações ergonômicas:
Técnicas:
- Entrevistas semi-estruturadas.
- Depuração dos problemas.
- Sistematização das soluções.
Objetivos:
- Diagnóstico ainda mais profundo.
- Confrontar diferentes representantes.
- Melhorar condições de trabalho minimizando as inadequações.
5- Validação da intervenção e eficiência das recomendações:
Técnicas:
- Faz parte de toda a AET.
- Através do diálogo com operadores.
Objetivos:
- Fidedignidade (Qto melhor o diagnóstico, melhor a validação).
- Analisar a eficácia das soluções.
CONSTITUIÇÃO E ANÁLISE DE DEMANDA
- Compreende desde o contato inicial do ergonomista com a empresa a autorização do estudo. É uma etapa da AET.
- Nem sempre os problemas apresentados pela empresa abrangem todos os problemas relacionados ao trabalho.
- A solicitação para a realização de uma intervenção ergonômica reflete um problema que não está claro para quem formula o pedido. Assim deve-se esclarecer o pedido.
- Nos primeiros contatos com a empresa deve ocorrer:
- Apresentação da empresa.
- Listagem dos primeiros problemas.
ESTUDOS PRELIMINARES
Estudo das contingências e do contexto da empresa: entendimento da empresa e de seu funcionamento. Mix de produção, matéria prima empregada, variação sazonal, tecnologia, etc.
Estudo da população de trabalhadores: tempo de permanência na firma, regime salarial, existência ou não de prêmios, etc.
Funcionamento global da unidade produtiva: o objetivo. Dimensão econômica (empresa no mercado), social (saúde dos trabalhadores, suas posições na empresa), legislativa (zoneamento urbano, gerenciamento ambiental), geográfica ( clima, localização, transporte), técnica (etapas do processo produtivo, objetivos de produção) ambiental (espaços, acessos, ruídos, iluminação, temperatura).
TÉCNICAS EMPREGADAS:
- Levantamento epidemiológico : queixas, n° de consultas médicas por funcionário, uso de medicamentos, etc.
- Relatório cinesiológico das atividades: características determinantes de incidência de DORTS (ritmo intenso de trabalho, inadequações posturais, cargas elevadas, inexistência de pausas e rodízios, não realização de exercícios).
ANÁLISE DO AMBIENTE TÉCNICO, ECONÔMICO E SOCIAL DA EMPRESA
- Reunir todos os dados.
- Tentar entender sistema produtivo.
- Estabelecer reprojeto ergonômico.
- Identificar estratégias competitivas e seus efeitos na sobrecarga de trabalho.
CONCEITOS TEÓRICOS SOBRE ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO
Estratégia competitiva e estratégia de produção:
- Estratégia de produção é uma estratégia funcional que encontra-se inserida na estratégia competitiva.
- Estratégia competitiva: conjunto de planos, políticas, ações desenvolvidos pela empresa objetivando manter ou ampliar suas vantagens. Desdobra-se em estratégias funcionais (marketing, financeiras) e de produção. Denomina estratégia competitiva como o estabelecimento de uma posição rentável e sustentável diante de forças que determinam a competição industrial.
Objetivos: aquisição de vantagens competitivas.
- Competitividade: para a empresa de manter viva no mercado.
- Concorrência: competição com outra empresa.
Estratégias competitivas:
- Segmentação: o mesmo produto é produzido em várias formas.
- Diversificação: empresa produz diferentes produtos.
- Diferenciação: para a empresa ser líder.
Estratégia Competitiva e DORT:
Flexibilidade
- Flexibilidade de produto: introdução de novos produtos ou alteração deles.
- Flexibilidade de volume: alteração da produção.
- Flexibilidade de processo: mix de produtos.
- Os critérios competitivos podem influenciar na sobrecarga de trabalho, fator potencializador da incidência de DORT.
POSSÍVEIS RESULTADOS DA ANÁLISE DO AMBIENTE TÉCNICO E SUA DISCUSSÃO
- Ciclos de trabalho curtos.
- Posturas e ângulos com desvios extremos.
- Processos mecanizados recortados por atividades de manuseio.
- Trabalho noturno desvalorizado.
- Controle e vigilância intensos.
CARACTERÍSTICAS DA ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO E SUA POSSÍVEL RELAÇÃO COM A SOBRECARGA DE TRABALHO
- Empresas com grande flexibilidade para gerar novos produtos, cujos critérios competitivos é a estratégia de marketing. A produção deve ser rapidamente adaptada e os operadores devem aprender rapidamente a manusear as máquinas modificadas.
- Máquinas que estragam com freqüência.
- Funcionários não conhecem produto final – retrabalho.
- Sazonalidade, adaptar a velocidade de entrega e de volumes.
- Trabalhadores sem consciência do trabalho em grupo.
- Não há treinamento prévio dos funcionários.
ANÁLISE DAS ATIVIDADES E DA SITUAÇÃO DE TRABALHO
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