OS EFEITOS DA MASSAGEM PERINEAL NO TRABALHO DE PARTO

OS EFEITOS DA MASSAGEM PERINEAL NO TRABALHO DE PARTO

1André Rodrigues Carvalho; 1Janayra Castro da Silva; 2Adrielle Memória da Silva

1 Graduando em Fisioterapia pela Faculdade Maurício de Nassau - UNINASSAU, 2 Mestrado em Biotecnologia pela Universidade Federal do Piauí - UFPI

INTRODUÇÃO: O trabalho de parto constitui um processo natural e fisiológico, apesar de frequentemente ser relacionado a preocupações por parte de quem o está vivenciando. Normalmente as causas dessas preocupações estão associadas a dor, traumas perineais e complicações decorrentes desse processo. A massagem perineal tem sido utilizada como técnica de preparação pré-parto, indicando-a como um possível método para melhora da flexibilidade dos tecidos perneais durante o trabalho de parto. A técnica é simples e pode ser realizada pela própria mulher com auxílio de óleos naturais ou lubrificantes. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da massagem perineal sobre o trabalho de parto. MÉTODOS: Realizou-se uma busca eletrônica nas bases de dados SCIELO, MEDLINE e PUBMED, por artigos publicados entre 2008 e 2018, na língua inglesa e portuguesa, através do cruzamento das palavras chaves: massagem, períneo e trabalho de parto. Foram incluídos na revisão ensaios clínicos que abordassem a utilização da massagem perineal antes ou durante o trabalho de parto com o objetivo de prevenir ou reduzir as disfunções perineais oriundas desse processo. Foram excluídas as revisões bibliográficas, os textos incompletos, e estudos que fugiam da proposta central da revisão. A seleção dos estudos ocorreu por meio de três etapas: 1. Leitura do título; 2. Análise do Resumo; 3. Análise do texto completo. RESULTADOS: Foram encontrados um total de 50 estudos potencialmente relevantes ao tema. Após análise criteriosa, 5 artigos foram selecionados por se enquadrarem nos critérios de inclusão. As principais disfunções observadas relacionadas ao trabalho de parto foram trauma perineal, incontinência urinária e fecal e dor perineal pós-natal. A incidência de episiotomia também foi investigada nos estudos. Com relação à aplicação da técnica, o início das massagens se deu a partir da 34ª semana gestacional, sendo realizada diariamente ou no primeiro e/ou segundo estágio do trabalho de parto. O tempo médio de aplicação foi de 10 a 15 minutos e as amostras incluíam mulheres gravidas nulíparas e multíparas. Ao relacionar os resultados obtidos nos estudos, observa-se que a diminuição da taxa de episiotomia é o principal benefício da massagem perineal no trabalho de parto e que diferente do que se acredita a aplicação da técnica não apresenta papel protetor nos traumas perineais espontâneos. Não foi possível estabelecer se a massagem perineal apresenta efeito positivo sobre as morbidades no período pós-natal como dor perineal e incontinência urinária e fecal, devido a discordância entre os estudos e o número reduzido de pesquisas sobre o assunto. CONCLUSÃO: O efeito da massagem perineal está principalmente relacionado a diminuição da frequência de episiotomia. Sugere-se mais pesquisas sobre o uso da massagem perineal no trabalho de parto para que se possa ter um maior embasamento sobre os resultados obtidos na pesquisa e confirmar os efeitos da técnica sobre as demais morbidades relacionadas a esse

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