Obesidade
Por: Elise Marchesini • 25/5/2015 • Artigo • 2.581 Palavras (11 Páginas) • 375 Visualizações
INTRODUÇÃO
Segundo a OMS, a obesidade é uma doença causada pelo excesso de gordura no organismo, sendo considerada como um problema de saúde pública devida à sua alta incidência na população mundial.
A obesidade é uma doença complexa, multifatorial estando associada ao desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas. Embora sua etiologia não esteja firmemente estabelecida, fatores genéticos, metabólicos, bioquímicos, culturais, hipotalâmica, psicossociais, fatores externos de origem comportamental, dietética, ambiental e endógena contribuem para a obesidade.
Cada vez mais podemos afirmar que a evolução da sociedade com o avanço da tecnologia, tem provocado algumas alterações nos padrões de vida, os quais tem resultado numa diminuição da quantidade de atividade física. Com esta modernização os adolescentes, compreendidos entre 10 aos 19 anos, 11 meses e 29 dias segundo critérios cronológicos propostos pela Organização Mundial da Saúde, passaram a ocupar grande parte do seu tempo assistindo a televisão, brincando no computador, jogando videogame, e navegando na internet. Aliado a este fator podemos considerar um padrão alimentar não saudável (maior apelo comercial aliado, que incluem um elevado consumo de “fast foods” – lanches rápidos – doces e guloseimas) ao qual está associada ao aumento da obesidade nos adolescentes. (Obesidade Infantil)
O sobrepeso e a obesidade na infância e adolescência têm sido relacionados como fatores de risco para doenças cardiovasculares, estando também associados a maiores prevalências de outras doenças na fase adulta.
Para o diagnóstico da obesidade, a OMS propõe o cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea), que é obtido através do cálculo do peso do indivíduo em quilos (Kg), pelo quadrado da sua altura em metros (m), pela fórmula Kg/m2. Se o valor obtido pelo cálculo for maior ou igual a 30, temos então, o diagnóstico de obesidade (Artigo: Eficácia..)
Em 2008, a OMS divulgou, através de estimativas, que 1,5 bilhões de adultos encontravam-se acima do peso; destes, 200 milhões de homens e 300 milhões de mulheres eram obesos (Art. Eficácia).No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 2002, 8,9% dos homens encontravam-se obesos e 13,1% das mulheres eram obesas(Instituto Brasileiro de Geografia). No período 2008-2009, 12,5% dos homens eram obesos e 16,9% das mulheres encontravam-se na faixa da obesidade. (IBGE).
A OMS vê a obesidade, assim como outras doenças, como agravos evitáveis e estabelece as mudanças de estilo de vida (dieta alimentar saudável e atividade física regular) como formas eficazes de prevenção e tratamento da obesidade.
O tratamento para obesidade vai depender do estágio da doença, além da própria condição geral de saúde do adolescente e sua real motivação para perder peso.
Levando em consideração a elevação do número de pessoas obesas no país e a possibilidade de reduzir os índices de obesidade com a adoção de medidas simples na mudança de estilo de vida, que pode ser facilmente adotada, pretende-se, com esse trabalho, analisar o estilo de vida dos adolescentes, abordando as possíveis complicações para a saúde do adolescente e verificar quais intervenções podem ser utilizadas para a eficácia das mudanças de estilo de vida para o tratamento da obesidade.
METODOLOGIA
Este estudo é de caráter bibliográfico, elaborado através de informações coletadas a partir de artigos científicos, publicados em (PROPOSTA)
PREVENÇÃO
Sapatéra e Pandini referem que o novo conceito para o tratamento da obesidade baseia-se nos seguintes pontos: uma reeducação alimentar, uma pratica de atividades físicas que proporcionem prazer e mudança de pensamento relativo à obesidade.
De acordo com Damaso a atividade física vem sendo utilizada ao longo dos anos, como um dos principais recursos para combater e controlar a obesidade. Entretanto, o autor relata que o estilo de vida moderno, não favorece em nada a diminuição de obesidade a nível mundial.
Em termos estratégicos de prevenção, controle e tratamento obesidade as duas áreas prioritárias é o aumento da atividade física e a melhoria na qualidade de vida. (Sapatéra e Pandini) O mais importante, em termos do aumento a nível de atividade física, consiste num estímulo para evitar hábitos sedentários e a adoção de um estilo de vida ativo.
Para Carneiro, os adolescentes devem ter consciência de que a gordura se acumula porque há um desiquilíbrio positivo, durante grande tempo, entre as calorias recebidas e as gastas, e que 99% dos casos é um problema relacionado ao estilo de vida. Para os mesmos autores, os adolescentes optam muitas vezes realizar uma dieta de choque por pouco tempo, para contrariar esta tese. Isto acarreta numa redução temporária de peso, isso porque, os hábitos alimentares saudáveis e a pratica de exercícios não são permanentes, por conseguinte, 95% dos indivíduos que praticam deste regime voltam ao seu peso original.
TRATAMENTO
Segundo (Artigo: Projeto diretrizes) as recomendações atuais para o manejo clínico do excesso de peso em crianças e adolescentes estão baseadas no controle de ganho ponderal e das co-morbidades eventualmente encontradas.
O cuidado deve ser instituído assim que se faz o diagnóstico de obesidade. O tratamento convencional baseia-se na redução de alimentos calóricos, aumentando o gasto calórico, modificar o comportamento para um melhor estilo de vida e incluindo o envolvimento familiar no processo de mudança. O tratamento se dá em longo prazo, motivo pelo qual muitos desistem, e, sugere-se um acompanhamento frequente de um profissional da saúde.
É evidente que o incremento do gasto energético com diminuição de hábitos sedentários e aumento de exercícios físicos é determinante para perda de peso. É consenso que a prescrição deve ser adequada ao sexo e à idade. (artigo: diretrizes).
A mudança comportamental é citada na maioria dos programas de perda de peso para crianças e adolescentes.
O objetivo do tratamento comportamental é contribuir para o reconhecimento e modificação de hábitos inadequados à manutenção de um peso saudável. Para crianças e adolescente o envolvimento familiar é um dos fatores que mais contribui para a adesão do tratamento.
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