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PERFIL CLÍNICO E FUNCIONAL DE IDOSOS COM DOR CRÔNICA RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Por:   •  24/7/2017  •  Projeto de pesquisa  •  4.716 Palavras (19 Páginas)  •  479 Visualizações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR[pic 1]

CURSO DE FISIOTERAPIA (BACHARELADO)

VANESSA FERNANDES DE SOUZA

PERFIL CLÍNICO E FUNCIONAL DE IDOSOS COM DOR CRÔNICA RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

SALVADOR

2015.1

VANESSA FERNANDES DE SOUZA

PERFIL CLÍNICO E FUNCIONAL DE IDOSOS COM DOR CRÔNICA RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Projeto de pesquisa apresentado à Universidade Católica do Salvador como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia.

Orientação: Prof.ª Manuela Silva.

Área de concentração: Geriatria.

           

                                                     

SALVADOR

2015.1

SUMÁRIO

Delimitação do Problema        1

Quadro teórico        2

Revisão de Literatura        6

Pergunta de Investigação        8

Objetivo        9

Hipótese        10

Materiais E Métodos        11

Aplicabilidade prática da pesquisa        13

Vantagens e limitações        14

Cronograma        15

Orçamento        16

Referências Bibliográficas        17

Anexos        21


DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

O crescente processo de envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e, no Brasil, as mudanças ocorrem de forma radical e bastante acelerada1,2. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, a porcentagem de idosos atingiu 11,3% da população brasileira1. As previsões mais conservadoras indicam que, em 2020, o Brasil terá um contingente maior que 30 milhões de idosos, o sexto país do mundo em número de idosos1.

O processo de envelhecimento é acompanhado pela alta incidência de doenças crônicas e degenerativas, muitas vezes com presença de dor crônica e elevada dependência2-4. Dor crônica é aquela associada a processos patológicos crônicos, que se prolongam por meses ou anos e, em muitos desses quadros, a dor é a principal queixa e causa de limitações funcionais2-4. A dor crônica geralmente comprometem as estruturas e funções músculoesqueléticas, o que pode diminuir o desempenho físico, devido à dor, diminuição da força muscular e da amplitude de movimento5,6.

O envelhecimento populacional brasileiro tem causado aumento da demanda por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI)2,8-11. A institucionalização do idoso, geralmente ocorre em situações nas quais esse indivíduo se torna dependente e surge a necessidade de ser auxiliado por família e/ou terceiros, que nem sempre possuem recursos estruturais e socioeconômicos para assisti-lo da melhor maneira8.

QUADRO TEÓRICO

O envelhecimento é um acontecimento que acomete todos os seres humanos, independentemente, caracterizado como um processo dinâmico, progressivo e irreversível, vinculados intimamente a fatores biológicos, psíquicos e sociais12. A definição de envelhecimento pode ser compreendida a partir de três subdivisões, primário; secundário; e terciário13.

O envelhecimento primário, igualmente conhecido como envelhecimento normal ou senescência, abrange todos os humanos pós-reprodutivos, porque esta é uma característica genética típica da espécie13. Este tipo de envelhecimento acomete de forma gradual e progressiva o organismo, ocorre efeito cumulativo13. O indivíduo nessa etapa está suscetível à concorrente influência de diversos fatores determinantes para o envelhecimento, como dieta, exercício físico, estilo de vida, exposição a evento, educação e posição social13.

Segundo Netto14, o envelhecimento primário é pré-programado ou geneticamente determinado, está presente em todas as pessoas (universal). Para Spirduso15, o envelhecimento primário é referente às modificações universais com a idade numa determinada espécie ou populações, independente de influências patológicas e ambientais.

O envelhecimento secundário ou patológico refere-se a doenças que não se confundem com o processo normal de envelhecimento13. Estas enfermidades variam desde lesões cerebrais, cardiovasculares até alguns tipos de câncer; são referentes a sintomas clínicos, onde estão incluídos os efeitos das doenças e do ambiente14. O envelhecimento patológico é resultante das interações das influências externas, e é mutável entre indivíduos em meios diferentes, como característica o fato de derivar de fatores culturais, cronológicos e geográficos14.  

Embora as suas origens sejam distintas, o envelhecimento primário e secundário, interagem intensamente. As doenças e estresse ambiental podem possibilitar a aceleração dos processos básicos de envelhecimento; pode estes aumentar a vulnerabilidade do indivíduo ao estresse ambiental e as doenças14.

O envelhecimento terciário ou terminal é o período caracterizado por intensas perdas físicas e cognitivas, num período relativamente curto de tempo, determinadas pelo acúmulo dos efeitos do envelhecimento, assim como patologias condicionadas à idade ou também pela acumulação dos efeitos do envelhecimento normal e do patológico13.

O sistema nervoso central (SNC) é o sistema biológico mais afetado com o processo de envelhecimento, já que é o responsável pela vida vegetativa e pela vida de relação15. Com o início da 6ª década de vida nas mulheres e na 7ª década de vida nos homens, ocorre uma atrofia cerebral, há uma dilatação dos sulcos corticais, acarreta em uma redução de volume do córtex. Além disso, ocorre uma redução da densidade da substância branca, ocorre um alargamento dos ventrículos, cisternas basais e fissuras com aumento do líquor e espessamento das meninges16.

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