Paralisia Cerebral
Por: 97303406 • 14/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.323 Palavras (6 Páginas) • 629 Visualizações
INTRODUÇÃO
A encefalopatia crônica não progressiva da infância ou também chamada de paralisia cerebral é decorrida de uma lesão não progressiva, que pode ocorrer nos períodos pré,peri ou pós natal e afeta o sistema nervoso central que esta em fase de maturação funcional e estrutural. Esta disfunção e predominantemente sensório motora, e envolve o comprometimento da postura, movimentação voluntaria e tônus muscular. A manifestação desta disfunção é definida por modificações adaptativas do comprimento muscular e pela falta de controle de movimento apresentando em alguns casos deformidades ósseas.
Comprometendo partes distintas do corpo PC podem ser classificadas em topografias especificas como: hemilplegia,diplegia ou tetraplegia. Outra forma de classificar a PC e baseada na no tipo da desordem do movimento (atetóide, ataxico, misto ou espástico) ou nas alterações clinicas do tônus muscular.
A forma de paralisia cerebral mais comum e a espástica que pode ser definida como um aumento na tensão muscular decorrentes aos alongamentos passivos, o que ocasiona um reflexo de estiramento exagerado, por isso a espasticidade afeta de maneiras diversas o desenvolvimento motor, ocasionando padrões e posturas de movimentos anormais, além de atraso na aquisição da habilidade motora e deformidades musculoesqueléticas.
DEFINIÇÃO DO PACIENTE
O estudo de caso a seguir foi baseado na paralisia cerebral espastica, onde foi realizada uma observação geral da criança e montado um plano de tratamento a partir destas observações:
Paciente P.H.R.S,5 anos diagnosticado com Paralisia Cerebral, com hemiparesia espática a direita que leva a alterações musculoesqueléticas secundarias alterando o tônus muscular e dificultando assim o movimento voluntario deste paciente. O caso está sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por varias especialidades (fonoaudiologia 1 vez na semana, fisioterapia 2 vezes na semana, médico, nutricionista e terapeuta ocupacional). Durante a anamnese houve as seguintes observações:
Observações dos Sentidos:
• Visão, audição e tato aparentemente preservados.
Comunicação:
• Através da fala, gestos e expressões faciais.
Observações do Tônus:
• Hipertonia em membros superior e inferior direitos.
Órteses:
• Tutor curto articulado;
• Faixa Elástica favorecendo a rotação externa do membro inferior direito
Observações das Condições Músculo-Esqueléticas:
• Não apresenta contraturas;
• Encurtamento de isquiotibiais e tríceps sural em membro inferior direito;
• Escoliose com convexidade no lado esquerdo
Observações da Habilidade dos MMSS:
• Realiza atividades bimanuais, porém negligencia o membro superior direito;
• Realiza preensão, pinça fina e rosca com membro superior parético sem muita limitação.
Na avaliação funcional foram observadas as posições de prono e sentado que deram os seguintes resultados:
Prono:
• Postura não funcional;
• Bom controle de tronco e cabeça;
• Se arrasta realizando dissociação de cinturas.
Sentado:
• Em long-sitting apresenta pobre controle de tronco;
• Sentado em 90°/90° apresenta bom controle de tronco e maior estabilidade.
Na posição de supino não foi realizada a avalição por não ser funcional para a criança.
Quatro apoios, ajoelhado e semi-ajoelhado:
• Utiliza o membro superior esquerdo para apoio e o membro superior direito para alcance;
• Se transfere para semi-ajoelhado e ajoelhado sem necessidade de auxílio externo.
De pé:
• Permanece em flexão e rotação lateral de tronco para o lado direito;
• Rotação interna de quadril no membro parético;
• Descarga de peso no membro inferior esquerdo;
Marcha (membro inferior parético):
• Flexão de quadril não é realizada;
• Ativação do quadrado lombar;
• Quadril em rotação interna;
• Tornozelo em flexão plantar;
• Choque de calcanhar não ocorre.
Marcha (membro superior parético):
• Abdução e rotação interna de ombro;
• Flexão de cotovelo;
• Flexão de punho.
Após a avaliação foi montado um plano de tratamento a curto, médio e longo prazo com o objetivo de corrigir e prevenir as deformidades dos membros inferiores e superiores para auxílio na locomoção e para que este paciente seja inserido nas suas atividades de vida diária se tornando mais independente dentro dos seus padrões.
Curto prazo
Objetivo: Conduta:
Fortalecimento de extensores de quadril Exercícios de extensão de quadril: Paciente em DV com bola terapêutica, a terapeuta segura e apoia com uma mão a parte anterior do fêmur do paciente e com a outra a estabiliza as nadegas para prevenir movimentos, movimentos pélvicos e alonga o iliopsoas e estende o quadril.
Estimular
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