UTILIZAÇÃO DAS ESCALAS TTDDII, PEDI E AIMS NA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN
Por: kerolynemorbeck • 13/4/2016 • Artigo • 1.942 Palavras (8 Páginas) • 531 Visualizações
UTILIZAÇÃO DAS ESCALAS TTDDII, PEDI E AIMS NA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN
Franglison M. Taler1, Jéssica S. de Jesus2, Kauan S. Almeida3, Henika Priscila L. Silva4
1Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia/ franglisonmoura@hotmail.com
2 Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia / jessica.sjesus@hotmail.com
3 Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia / fisio.kaualmeida@gmail.com
4 Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia / henikapriscila@unece.br
RESUMO
A Síndrome de Down (SD), também conhecida como trissomia do 21, é uma anormalidade cromossômica caracterizada por uma série de sinais e sintomas. Atualmente, seu quadro clínico é bastante conhecido, sendo as características fenotípicas essenciais para o diagnóstico precoce da síndrome. O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura que tem como objetivo conhecer os aspectos do desenvolvimento neuropsicomotor de portadores da SD, elucidar a importância da intervenção fisioterapêutica ressaltando a utilização das escalas como forma de avaliar as características e habilidades das crianças com SD.
Palavras-chave: Síndrome de Down, Avaliação Fisioterapêutica, Escalas.
Área do Conhecimento: Pediatria
INTRODUÇÃO
A Síndrome de Down (SD) é uma anomalia genética crônica, causada por uma alteração cromossômica (SOBRINHO et al., 2008). Devido à presença de um cromossomo a mais no par 21, pode ser também, chamada Trissomia 21 (DOWN, 2010). Brunoni (1999) define SD como uma cromossopatia, ou seja, doença cujo quadro clínico global é explicado por um desequilíbrio na constituição cromossômica (no caso, a presença de um cromossomo extra), caracterizando assim, uma trissomia simples.[pic 3]
Dados epidemiológicos brasileiros relacionam a incidência de 1:600 nascimentos vivos (GARCIAS et al., 1996), constituindo assim, uma das mais frequentes anomalias cromossômicas e também a mais antiga causa de retardo mental (GONÇALVES, 2003). Foi descrita pela primeira vez, em 1866, pelo médico inglês Down, apresentando o retardo mental e atrasos motores aparentes e os já conhecidos aspectos fenótipos: Hipotonia muscular, cavidade oral pequena, cabeça pequena, pescoço curto e largo, mãos e pés pequenos e quadrados e baixa estatura – figura 1 (GENOMA, 2003).
No tocante ao desenvolvimento neuropsicomotor Down (2010) diz que apresentam inteligência e raciocínio lógicos, porém desenvolvimento físico e mental lentos, quando comparados a crianças não-sindrômicas. Conolly (1984) corrobora a afirmativa de que crianças portadoras de SD demonstram atraso nas aquisições de marco motores básicos, sugerindo que eles surgem em tempo descontínuo. Segundo Down (2010) a presença de maloclusões e hipotonia muscular generalizada podem acarretar em comprometimento articular, principalmente de estruturas mais complexas, como a articulação glenoumeral, temporomandibular e femoropatelar.
Fonte: diga de onde tirou e o ano ex: Silva, 2003.
Os atrasos motores e cognitivos constituem as principais limitações destas crianças (CONOLLY et al., 1984), uma vez que, atualmente, há movimentos sócio-culturais cujo objetivo é estimular a participação ativa dos indivíduos portadores de SD em diferentes contextos sociais (MANCINI, 2003). A busca por um desenvolvimento neuropsicomotor saudável, a partir do nascimento, promove uma melhor adaptação do indivíduo na sociedade, visto que, as alterações apresentadas podem se refletir funcionalmente impedindo estas crianças de desempenhar de forma independente diversas atividades e AVD’s (OMS, 2000).
De acordo com Matos (2005), dentre os problemas congênitos do portador de SD, o que mais prejudica o seu desenvolvimento é a hipotonia generalizada, pois, segundo este, a hipotonia é caracterizada pela flacidez muscular e lassidão ligamentar, o que dificulta a marcha da criança. Segundo Caon (2003), o principal marco de desenvolvimento infantil é a marcha, pois integra o movimento de forma global, sendo assim, o acompanhamento precoce de uma criança portadora de SD é fundamental para o bom prognóstico desta, não somente nas AVDs, mas também, no convívio social.
Portanto, a presente revisão, tem como objetivo, demonstrar a importância de uma boa avaliação fisioterapêutica, utilizando escalas adequadas, em crianças portadoras de SD, em conjunto com uma equipe multidisciplinar, visando promover um bom desenvolvimento mental e motor proporcionando maior longevidade e melhor qualidade de vida.
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão bibliográfica, utilizando como métodos de pesquisa a Biblioteca Virtual em Saúde, a partir das bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed mediante os descritos Síndrome de Down, escalas de desenvolvimento na SD e Atuação da fisioterapia em crianças portadoras da SD, tendo sido selecionados 23 artigos e livros publicados entre 1980 e 2010. Os principais achados são a seguir comentados a fim de elucidar a importância da utilização das escalas de desenvolvimento infantil por parte do fisioterapeuta em crianças portadoras da Síndrome de Down.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Segundo Tani et al ( 1998), desenvolvimento motor é um processo continuo e duradouro, que acontece durante toda a vida do ser humano. Este é ordenado e seqüencial, sendo a seqüência igual para todas as crianças, apenas a velocidade de progressão (ritmo) varia.
Anson (2000) e Volman (2007) relatam que, no que se refere à síndrome de Down (SD), restrições como a hipotonia muscular e a hipermobilidade articular contribuem para o atraso no desenvolvimento motor, o que o torna mais lento que o habitual. Este fato evidencia claramente a diferença entre portadores da síndrome e crianças hígidas.
De modo geral, observa-se que crianças com SD apresentam atrasos motores desde os estágios iniciais do desenvolvimento neuropsicomotor, que incluem habilidades motoras amplas, finas e desenvolvimento da linguagem (BEE, 2003).
De acordo com Vasco et al., (ano), o desenvolvimento motor atrasado acaba dificultando a relação entre o indivíduo e o ambiente. Ambrosano afirma que diferentes métodos de intervenção estão sendo desenvolvidos visando facilitar essa relação. A fisioterapia tenta minimizar o atraso do desenvolvimento na SD, na tentativa de garantir melhores avanços no controle mental e motor destas crianças.
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