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A FISIOPATOLOGIA

Por:   •  6/5/2015  •  Seminário  •  9.655 Palavras (39 Páginas)  •  450 Visualizações

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DISPNÉIA

- Corresponde a sensação experimentada quando o ato de respirar passa à esfera consciente como um esforço desagradável.

- Sensação subjetiva de desconforto respiratório, que consiste de sensações qualitativamente distintas, variáveis em sua intensidade.

- A sensação pode ser percebida de diferentes maneiras como: aperto no peito, sufocamento, falta de ar, incapacidade de encher o pulmão de ar, entre outras.

Para a avaliação da intensidade: Classificação do órgão Britânico MRC (Medical Research Council).

[pic 1]

FISIOPATOLOGIA

Receptores

- VA + parede torácica + vasos pulmonares

Receptores Vasculares Pulmonares

- Respondem a aumento de pressão ou fluxo

- São ativados na dispnéia associada à hipertensão pulmonar ou TEP

Quimiorreceptores

- Estimulados pela hipóxia e  CO2 + acidose

- Periféricos → localizados no corpo carotídeo + arco aórtico

- Centrais → localizado na medula

Mecanorreceptores

- VAS + VAI + parede torácica

- Face e VA = nervo trigêmio → quando estimulado pode diminuir a sensação de dispnéia

1. Lenta adaptação ou estiramento (Pulmonar): respondem ao aumento do volume pulmonar e inflamação parenquimatosa

2. Resposta rápida ou irritativos: respondem a rápidas alterações de volume e partúculas irritativas ou substâncias químicas como a histamina.

3. Fibras – C (alvéolos e pequenas VA): respondem a estímulos químicos e mecânicos e a congestão intersticial principalmente

Impulsos Aferentes

- Receptores pulmonares recebem aferências vagais

- Bloqueio vagal → pode melhorar a dispnéia associada ao exercício físico

Integração e processamento de informações no SNC

- Córtex motor + neurônios do tronco cerebral

  • Transmite informações para o córtex cerebral sensorial que contribuem para a sensação de esforço respiratório

Impulsos Eferentes

- Receptores pulmonares possuem eferência frênica

- N.frênico → diafragma → aumenta esforço respiratório

- Fraqueza dos músculos respiratórios, ou sua ineficiência mecânica em responder aos estímulos dos centros respiratórios superior parece explicar a dispnéia associada a doenças neurológicas

ETIOLOGIA

2/3 dos casos de dispnéia são causados por doenças respiratórias ou cardiovasculares.

Pulmonares:

- Asma:

  • Contração da musculatura brônquica
  • Edema de mucosa e submucosa
  • Secreção excessiva de muco que levam ao estreitamento da luz brônquica (resultando em aumento do trabalho respiratório e utilização da musculatura acessória)

- DPOC:

  • Semelhante a asma
  • Alterações anatômicas irreversíveis
  • Alteração da relação ventilação/perfusão - hipoxemia e hipercapnia crônicas

- Pneumonia

- Tromboembolismo pulmonar:

  • Receptores de pressão na vasculatura pulmonar e no AD são ativados

- Doença intersticial pulmonar:

  • Diminuição da complacência pulmonar
  • Infiltrado pulmonar ativa receptores pulmonares

- Câncer

Cardíacas:

- ICC:

  • Aumento do fluído intersticial ou intra-alveolar
  • Diminuição da complacência pulmonar

- Arritmias cardíacas

- Doença arterial coronária

- Doença valvar

Causas Diversas:

- Descondicionamento físico:

  • Incapacidade de aumentar DC em condições que isso é necessário
  • Baixa capacidade de extração do oxigênio pelos tecidos periféricos
  • Pacientes obesos possuem uma menor complacência pulmonar

- Psicogênica:

  • Ansiedade
  • Transtorno do pânico
  • Transtorno pós traumático - hiperventilação associada        

- Neuromuscular:

  • Diminui drive ventilatório
  • Diminuir função muscular - aumento da sensação de esforço respiratório e dispnéia

- Anemia

  • Diminuição da entrada de O2 nos tecidos
  • Aumento do DC para compensar
  • Mecanismo exato desconhecido

- Hipertireoidismo

- Obstrução de VAS

- Metabólicas – uremia e acidose

- Gestação

- Obesidade

- ICC de alto débito

- Obstrução VAS

- Condições metabólicas

- Cirrose hepática

ACHADOS CLÍNICOS

Ortopnéia: dispnéia que apresenta piora com o decúbito, aparece minutos após deitar, o paciente ainda esta acordado. Não é específico de ICC.

Dispnéia paroxística noturna: dispnéia que ocorre horas após o paciente deitar-se. Relativamente específica para o diagnóstico de ICC.

Trepopnéia: dispnéia causada ao deitar em decúbito lateral. Ex: derrame pleural unilateral

Platipnéia: dispnéia que aparece ao se sentar e melhora ao deitar. Ex: pacientes com shunts causados por doenças cardíacas congênitas

Asma (tríade clínica):

  • Dispnéia
  • Opressão torácica
  • Sibilância

 

DPOC:

  • Tosse crônica produtiva
  • Dispnéia ao esforço e progressiva
  • Sibilos
  • Roncos
  • Presença de hiperressonância
  • Tórax em barril

Doença intersticial pulmonar:

  • Dispnéia ao esforço
  • Estertores inspiratórios
  • Baqueteamento digital

Dispnéia psicogênica:

  • Sufocamento
  • Presença de parestesias
  • Sensação de bolo na garganta

ICC:

  • Dispnéia a esforço usualmente é o 1º sintoma de insuficiência cardíaca
  • Presença de: galope com B3, ictus globoso, distensão venosa, jugular aumentada

TEP:

  • Apresentação variável
  • Taquicardia + dor torácica
  • Mortalidade em pacientes não tratados é de 30%

EXAMES COMPLEMENTARES

- Em 80% dos pacientes a história e o exame físico são suficientes para realizar o diagnóstico!!!

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