A SEGURANÇA DO PACIENTE
Por: Bárbara Arêas • 4/4/2017 • Dissertação • 790 Palavras (4 Páginas) • 363 Visualizações
Segurança do paciente
Ao fazer uma pesquisa no google sobre “erros de medicações” pode-se observar que há muitos casos. Os erros cometido com medicações são considerados evitáveis.
Segundo a OMS: o erro é rotina durante os cuidados à saúde e ocorre em cerca de 10% das internações hospitalares. Em alguns casos, o dano causado é grave e até fatal. É estimado que no Brasil ocorra 8mil mortes por ano por erro de medicações.
Fatores contribuintes
Multifatorial: cadeia de acontecimentos que levam ao erro, isto é, acidentes são causados por múltiplos fatores e não fatores únicos e isolados.
Fatores do paciente: Pacientes vulneráveis que podem usar muitos fármacos (polifarmácia) ou até mesmo gestantes que possuem uma farmacologia própria pois o organismo é todo alterado durante a gestação modificando a farmacocinética (analise do processo de administração, absorção, metabolismo e excreção do medicamento).
Fatores do staff (do profissional):pessoa inexperiente, pressa, emergência, fadiga, várias tarefas ao mesmo tempo, falta de vigilância, má comunicação, letra ilegível...
Fatores do local de trabalho: Falta de uma cultura de segurança de medicação; ausência de auxílios de memória disponíveis para a equipe (é muito difícil saber todos os nomes comerciais de medicamentos); armazenagem inapropriada (drogas diferentes com nomes similares em locais próximos).
Fatores do projeto de medicação:Medicamentos facilmente confundidos por aparência e nome parecidos; Liberação prolongada (LA, XL, XR, CC, CD, ER, AS, CR, XT e SR); Rótulos muito pequenos (dificultando a leitura).
Fatores técnicos:um catetercateter venoso de uma subclávia ou jugular as vezes tem o mesmo conector que um cateterintratecal(na coluna do paciente), podendo promover erros.
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O modelo queijo suíço é que para que ocorra o erro ele ocorre em vários níveis como fatore latentes (ex: prescrições com letras ilegíveis), fatores indutores de erros (ex: enfermaria cheia, falta de supervisão) até culminar no erro.
Obs: A morfina que é aplicado no espaço subaracnóideo (Raqui), isto é dentro do sistema nervoso centra perfurando a meninge, é numa dose muito menor do que se fosse fazer IV ou VO. Por conta disso existe a morfina 0,2mg usada em anestesia, já a morfina usada para analgesia de pacientes com dor é a morfina de 10mg. 10mg = 10.000 e 0,2mg = 200µg. Suas ampolas são idênticas, portanto deve-se prestar atenção antes da administração.
Em relação ao uso das medicações os fatores envolvidos podem ser:grande variedade disponível (aumenta a chance de trocar os medicamentos); uso complexo (fármacos com horários assimétricos); ações variadas (curta/ prolongada); mesma formulação com diferentes nomes comerciais (ex: dipirona, a bayer chama de novalgina, mas em cada laboratório diferente terá um nome); uso de múltiplos fármacos (maior risco de interação, efeitos adversos e erros de administração).
Etapas no uso de medicações:
Prescrição: escolher o fármaco mais apropriado levando em consideração fatores individuais (alergias, gestante, amamentando...) e selecionar via de administração mais adequada, dose e horário.
Dispensação: quem dispensa o fármaco normalmente é o farmacêutico e deve-se conferir a prescrição.
Administração: muitas vezes implica em calcular, misturar, rotular e identificar o fármaco.
Monitoramento: acompanhar o paciente para ver se causa alguma reação adversa como alergia.
Erros na prescrição:Conhecimento inadequado sobre indicações, contra-indicações e interações entre as drogas; Falhas em levar em consideração fatores físicos, cognitivos, emocionais e sociais (gravidez, comorbidades...); Comunicação ambígua (abreviações, letras ilegíveis, má interpretação); Erros matemáticos em concentração, quantidades, volumes (Exemplo: μg por mg -resulta na multiplicação por mil – a diferença entre o remédio e o veneno é a dose); Prescrição para paciente errado ou com dosagem errada, drogas erradas, vias de administração erradas e em horário errado.
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