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Alzheimer. ASPECTOS GERAIS DAS DOENÇAS DE ALZHIMER

Projeto de pesquisa: Alzheimer. ASPECTOS GERAIS DAS DOENÇAS DE ALZHIMER. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.993 Palavras (20 Páginas)  •  321 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O Alzheimer é uma doença degenerativa que destrói progressivamente as células do cérebro do idoso. O tipo mais comum da doença de Alzheimer é a demência, não se manifesta por si só, porém gera um conjunto de alterações, que modificam o funcionamento das capacidades intelectuais que acompanham a dificuldade de raciocínio, habilidades matemáticas, linguagem e alterações de comportamento. A população idosa no Brasil apresenta um crescimento considerável do número de idosos demenciados, o que demonstra ser alarmante e preocupante. Os ambulatórios de neurologia de hospitais têm notificado os diferentes casos que tem chegado às clínicas e os desconfortos dos familiares por não saberem lidar com a demanda emergida dessa doença. De todas as demências, a doença de Alzheimer é a mais freqüente, caracterizada por um declínio cognitivo considerável, no qual o portador perde algumas atividades volitivas, psicomotoras como apraxias. O paciente sente dificuldades para realizar atividades diárias como higiene e refeições. A memória é a função psíquica mais comprometida, repercutindo em outras funções e favorecendo o comprometimento no comportamento geral do portador. O cuidador é a pessoa que está diretamente ligada ao portador, auxiliando-o em suas tarefas que é impossibilitado de realizar. Com isso, a necessidade de se pensar e olhar a relação entre o portador de Alzheimer e o cuidador, visando destacar os aspectos emocionais e psicológicos dos familiares cuidadores. O cuidador precisa ter conhecimento da doença que acomete seu parente, já que quase sempre o cuidador é alguém da família, a fim de compreender como a doença se manifesta, quais são os seus sintomas, como será a sua evolução e saber como agir em determinadas situações. Os aspectos psíquicos e suas mudanças precisam ser entendidos para melhor compreensão das alterações de comportamento. A inserção do portador em trabalhos grupais impossibilita a exclusão social, além de os grupos de apoio e intervenções terapêuticas só favorecem um prognóstico menos sofrido. Nesses momentos existe, também, a oportunidade de esclarecer a importância de planejar o trabalho diário do cuidador. Esse deve ser entendido como sendo alguém que tem o pleno direito de receber ajuda de todos os familiares, de descansar, de receber afeto e carinho, podendo compartilhar seus problemas e sobrecargas com todos. Mostrar a importância da qualidade de vida do cuidador é primordial para a qualidade de vida do idoso, portador da doença de Alzheimer.

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Desse modo, esta pesquisa traz contribuições acadêmicas para que, no acervo bibliográfico, a sociedade tenha acesso às informações concernentes a doença de Alzheimer, desmistificando tabus e se conscientizando de princípios que serão norteadores e facilitadores para a convivência e o tratamento do portador dessa doença. A relevância social dessa leitura justifica-se mediante o crescente número de idosos na sociedade brasileira e, conseqüentemente, o aumento das demências com prevalência, Alzheimer. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica que se deu mediante investigação em livros e artigos científicos acerca da temática sugerida (GIL, 2002). O principal objetivo dessa pesquisa foi realizar um estudo bibliográfico da doença de Alzheimer, destacando os fatores psíquicos da relação portador e cuidador. Dentre outros objetivos estão identificar os aspectos gerais da doença de Alzheimer, pontuar a relação entre portador de Alzheimer e o cuidador e destacar os aspectos psíquicos da doença de Alzheimer.

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CAPITULO I

ASPECTOS GERAIS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

1.1 Conceito

A Doença de Alzheimer (DA) está enquadrada nas síndromes demenciais que são caracterizadas pela presença de déficit progressivo na função cognitiva. A função psíquica mais comprometida, possivelmente, é a memória, interferindo nas atividades sociais e ocupacionais. O diagnóstico diferencial deve, primeiramente, identificar alterações metabólicas, intoxicações, infecções e deficiências nutricionais, por exemplo. (SOUSA, 2007). Segundo a Classificação Internacional das Doenças (2003, p. 45),

Demência é uma síndrome decorrente de uma doença cerebral, usualmente progressiva, na qual há perturbação, incluindo memória e compreensão. Os comprometimentos na função cognitiva são comumente acompanhados e percebidos por deterioração no controle emocional e comportamento social. Esta síndrome ocorre na doença de Alzheimer.

Demência, palavra de origem latina, cujos significados são „mente distante‟ ou „estar fora da própria mente‟, é também compreendida como a ausência das funções cognitivas, com comprometimento suficiente para interferir nas atividades sociais e ocupacionais da vida diária do portador (FALCÃO E DIAS, 2006). Para os referidos autores a demência não se manifesta por si só, a síndrome gera um conjunto de alterações que ocorrem no cérebro modificando o funcionamento das capacidades intelectuais. Sintomas como dificuldade de raciocínio, habilidades matemáticas, linguagens e alterações de comportamento, podem acompanhar certas síndromes demenciais. Segundo Cruz e Hamdan (2008), a incidência mais frequente das demências é a DA, com perceptível perda progressiva da memória; além do declínio cognitivo, o comprometimento da consciência interfere na vida social. Segundo Sousa (2007) na doença de Alzheimer o cérebro do paciente, quando observado macroscopicamente, após a morte, encontra-se atrofiado difusamente, mais acentuado em regiões temporais, frontais e parietais. Já na observação microscópica, a perda de neurônios e degeneração sináptica cortical é perceptível (CAPOVILLA, 2004).

A DA se caracteriza pela presença de placas senil e emaranhada neurofibrilares nas regiões do hipocampo e córtex cerebral. Atualmente, o

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diagnóstico definitivo da doença só é possível mediante exame anatomopatológico. Desta forma, a definição de critérios clínicos para o seu diagnóstico provável torna-se fundamental.

Alzheimer supõe ser uma doença degenerativa que destrói lenta e progressivamente as células do cérebro, caracteriza-se por início gradual e declínio contínuo da cognição. O nome Alzheimer presume-se ser uma homenagem feita ao médico alemão, psiquiatra e neuropatologista Dr. Alois Alzheimer (1864-1915), que no ano de 1906 foi o primeiro especialista a descrever os sintomas da doença (LUZARDO E CAYTON, 2006). Para os referidos autores, no

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