Biosegurança Na Área Da Saúde

BIOSSEGURANÇA NA ÁREA DA SAÚDE

Biossegurança é constituída por um conjunto de normas que visam nortear os trabalhadores, usuários, pacientes e clientes quanto à realização de procedimentos cada vez mais seguros, orientando-os ainda quanto às medidas profiláticas e de emergência a serem tomadas em caso de acidentes.

A sua ampliação vem se dando de forma gradativa, especialmente na área de saúde que é onde a maioria dos acidentes envolve material biológico, os quais apresentam um elevado potencial na transmissão de doenças, principalmente as de caráter letal (como a AIDS) e as zoonoses (na Medicina Veterinária).

As atividades desenvolvidas em laboratórios, clínicas, consultórios, blocos cirúrgicos, salas de necropsia, entre outras áreas que exijam a utilização de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs representam alguns dos maiores riscos de acidentes/infecção a profissionais, uma vez que o seu uso é, na maioria das vezes, negligenciado, acreditando-se quase sempre no fator sorte ou até mesmo menosprezando o risco que aquele procedimento apresenta, podendo trazer-lhes muitas vezes um prejuízo parcial ou total à sua saúde e/ou a de outras pessoas.

Uma das principais práticas, por sinal extremamente erradas e que são vistas quase que de forma corriqueira, é o uso indevido do jaleco. Várias são as instituições de saúde nas quais em seu entorno, especialmente em horários de refeições são vistos profissionais (dos mais diversos níveis e classificações funcionais) utilizando jalecos e até mesmo roupas específicas de determinados setores (esterilização, sala cirúrgica, expurgo, etc.) fora do local a que se destinam.

Dado a esse tipo de ocorrência, Ministério Público de alguns Estados da Federação já se manifestaram contrários a esse tipo de prática e, com isso, expediram termos de ajuste de conduta visando a adequação de tais instituições o mais rápido possível. Outra prática utilizada por diversos profissionais da saúde é o transporte do jaleco nos bancos do carro, pendurado no braço ou até mesmo vestido quando se transita pelas vias públicas. Em ambas as ocasiões, o transporte é feito fora de embalagens as quais evitariam a contaminação dos diversos ambientes.

Os que incidem neste tipo de erro se esquecem que, muitas vezes, as maiores vítimas são seus próprios familiares. Geralmente esses profissionais que ignoram as normas de segurança em saúde não são desconhecedores, mas sim descompromissados com a sua segurança e a de terceiros. E, portanto, contribuem não só para com a disseminação de agentes em locais indevidos como também para o surgimento de cepas de micro-organismos super-resistentes, dificultando a utilização de agentes antibióticos, antifúngicos, dentre outros, promovendo o fechamento de instituições de assistência à saúde, além de causar a morte de várias pessoas.

Considerando a necessidade e importância de adequação de determinados procedimentos de forma que se tornem biosseguros, algumas medidas preventivas têm sido publicadas em legislação específica elaborada por órgãos ligados ao governo federal, no entanto, a falta de fiscalização aliada à ausência do bom senso de uma grande parte dos profissionais de saúde contribui para que os riscos de acidentes