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Cirurgias Urologicas

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Por:   •  22/11/2014  •  3.007 Palavras (13 Páginas)  •  412 Visualizações

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2 DOENÇAS E CIRURGIAS DO SISTEMA UROLÓGICO

2.1 Fimose - Postectomia

A fimose é um estreitamento da pele do prepúcio que dificulta, ou mesmo impede a exposição da glande. Ao nascer, cerca de 90% dos meninos apresentam prepúcio aderido à glande e não retrátil é a fimose fisiológica, como uma forma de proteção natural da glande. Aos 3 anos, os números se invertem, pois desaparecem 90% das fimoses fisiológicas. Por esta razão, o prepúcio imaturo (antes de 3 anos) não deve ser retraído para realizar a higiene ou por qualquer outra razão.

Existem vários graus de fimose, desde o estreitamento mais leve, no qual é possível expor a glande, embora com dificuldade e dor, até o grau em que há impossibilidade total de retração. Quando o prepúcio é forçado a deslizar sobre a glande em pessoas com fimose, pode ser difícil fazê-lo voltar à posição anterior. A glande então aumenta de volume pela constrição, o que dificulta ainda mais o retorno do prepúcio. O quadro chamado de parafimose pode exigir, inclusive, tratamento cirúrgico de emergência, se houver risco de necrose da glande.

Segundo alguns autores, a fimose possui uma relação estreita com câncer de pênis.

Sinais e sintomas:

 Acumulo de secreção na região da glande;

 Dificuldade de urinar;

 Infecções locais repetidas.

 Postectomia

Quando os sintomas se tornam persistentes, a cirurgia, postectomia, é o tratamento mais tradicional para o problema.

Em adultos, a postectomia pode ser feita sob anestesia local, ambulatorialmente. Já em crianças, precisa ser realizada sob anestesia espinhal ou geral, em hospital. Essa cirurgia não requer cuidados específicos de pré- operatório.

2.1.1 Cuidados específicos de enfermagem no pós-operatório

 Orientar o paciente no sentido de que o curativo após a alta seja feito com gaze vaselinada e trocado com freqüência e que guarde repouso relativo por 1 a 3 dias;

 As crianças deverão evitar jogar bola, lutar e andar de bicicleta durante o primeiro mês, e os adultos só poderão manter relações sexuais após 1 mês;

A única complicação dessa cirurgia é a hemorragia.

2.2 Hipertrofia benigna da próstata e câncer de próstata – Prostatectomia

Essas duas doenças, por suas características e procedimentos terapêuticos comuns, serão abordadas em paralelo.

A hipertrofia benigna da próstata é a doença mais comum do homem, principalmente a partir dos 50 anos, sendo caracterizada pelo crescimento da glândula. Quando a próstata aumenta de tamanho, a uretra fica comprimida, o que causa obstrução mecânica do fluxo da urina e conseqüentemente dificuldade para urinar.

Já o câncer de próstata é a multiplicação sem controle das células que constituem os tecidos da próstata, formando um tumor. As células cancerígenas podem se espalhar para outras partes do corpo (metástase), especialmente nos ossos e linfonodos. Felizmente, na maioria dos casos, o tumor apresenta crescimento lento, levando aproximadamente 15 anos para atingir 1 centímetro cúbico, segundo informações do Inca 2010.

Assim como a hipertrofia, o câncer de próstata acomete homens acima de 50 anos. Sua origem é desconhecida, mas presume-se que alguns fatores possam influenciar seu desenvolvimento.

Entre eles podemos citar:

 Idade, responsável tanto pela incidência quanto pela mortalidade, que aumentam muito após os 50 anos;

 Historia familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos;

 Hábitos alimentares inadequados.

Os sinais e sintomas da hipertrofia benigna da próstata são estes:

 Sintomas decorrentes da obstrução ao fluxo urinário, tais como: diminuição da força do jato urinário, esforço para urinar, interrupção do jato durante a micção, gotejamento e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;

 Sintomas devidos a irritabilidade da bexiga: urgência para urinar, dor no baixo ventre, nictúria; diversas micções em um curto espaço de tempo, com saída de pequena quantidade de urinar em cada uma delas;

 Sangramento junto com a urina;

 Infecção urinaria recorrente;

 Retenção urinaria e insuficiência renal;

 Sintomas gerais como fadiga, anorexia, náuseas, vômitos e desconforto epigástrico.

O câncer da próstata em sua fase inicial tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não têm nenhum sintoma ou apresentam sintomas semelhantes aos da hipertrofia benigna da próstata. Quando o tumor é suficientemente grande, pode ocasionar obstrução urinaria e volume urinário reduzido. Numa fase mais avançada da doença, os sintomas são decorrentes das metástases e incluem: dor nas costas e no quadril, desconforto perineal e retal, anemia e perda de peso.

 Prostatectomia

A prostatectomia, cirurgia em que se retira parcialmente ou totalmente a próstata, pode ser indicada como uma forma de tratamento tanto para o paciente com hipertrofia benigna da próstata quanto para o que tem diagnostico de câncer de próstata. No primeiro caso, em geral, só é retirado o tecido obstrutivo. Já no câncer, o cirurgião remove a próstata e dependendo do quadro, também as vesículas seminais e linfonodos pélvicos.

A cirurgia da próstata pode ser fechada ou aberta. É chamada de fechada quando o instrumento cirúrgico é introduzido diretamente na próstata através da uretra. Nesse caso, a cirurgia é chamada de prostatectomia transuretral. Quando há a necessidade de uma incisão cirúrgica no abdome, a cirurgia é aberta. A escolha da técnica a ser utilizada depende do problema, da idade e do estado físico do paciente.

Existem várias outras maneiras de tratar as duas patologias. A hipertrofia benigna da próstata pode ser tratada, por exemplo, utilizando-se o laser orientado por ultrassom. Esse tipo de tratamento pode ser feito em

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