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Diabetes Tipo I

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Por:   •  10/11/2014  •  1.173 Palavras (5 Páginas)  •  617 Visualizações

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Introdução

O Diabetes melito tipo 1 é uma doença metabólica caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas, resultando em deficiência da secreção de insulina e subsequente hiperglicemia. A destruição das células beta costuma resultar de um processo autoimune. As causas incomuns de diabetes tipo 1, nas quais não há evidência de atividade autoimune e para as quais não podem ser encontradas outras causas para a destruição das células beta pancreáticas (p. ex., fibrose cística) são classificadas como tipo 1 idiopáticas.

Constitui 5 a 10% de todos os casos de diabetes; o tipo 2 é responsável pela maioria dos casos restantes. Caracteriza-se por deficiência absoluta de insulina, tornando os pacientes dependentes da reposição de insulina exógena para a sobrevivência. A deficiência de insulina resulta da destruição ou desaparecimento das células beta produtoras de insulina que constituem 60 a 70% das ilhotas pancreáticas. O diabetes clínico ocorre quando 90% das células beta tiverem sido eliminadas.

PATOGÊNESE

Fatores Autoimunes:

Existem fortes evidências de que um processo autoimune mediado por células está envolvido na destruição de células beta na maioria dos casos de Diabetes melito tipo 1.Em vários casos em que a morte ocorreu por um acidente ou por uma doença que não a diabetes logo após o paciente ser diagnosticado com Diabetes melito tipo 1, foram encontrados infiltrados de linfócitos mononucleares nas ilhotas. A distribuição de células T em tais casos é marcada por um aumento nas células T supressoras-indutoras CD8+ e uma diminuição nas células T auxiliares indutoras CD4+.7 Uma resposta imunocelular semelhante tem sido encontrada em modelos animais de diabetes insulino-deficientes espontâneo.9 Em algumas situações, manipulações experimentais que evitam as respostas dos linfócitos T também evitam o desenvolvimento de diabetes. Além disso, também foi descrita a transferência de diabetes de animais afetados para animais não afetados por meio de linfócitos. Tem sido demonstrado que interleucinas e outras citocinas exibem efeitos tóxicos sobre as células beta e inibem a secreção de insulina.

Autoanticorpos contra uma série de antoantígenos de ilhotas e células beta estão presentes no soro de pacientes com Diabetes melito tipo 1 no momento do diagnóstico.10Os autoantígenos incluem as enzimas descarboxilase do ácido glutâmico (DAG), carboxipeptidase H, uma proteína tirosinafosfatase rotulada ICA512 ou IA-2 e a própria insulina.

Alguns estudos têm demonstrado que os autoanticorpos contra as ilhotas são capazes de inibir a secreção de insulina in vitro ou mesmo de causar a lise das células beta. Outras evidências sustentam a importância de fenômenos autoimunes na patogênese do Diabetes melito tipo 1. Por exemplo, estudos em gêmeos idênticos que eram discordantes para Diabetes melito tipo 1 mostraram que, na ausência de terapia imunossupressora, o gêmeo idêntico diabético irá rejeitar um transplante de pâncreas do gêmeo não diabético; presume-se que os autoanticorpos do receptor reconheçam antígenos nas ilhotas pancreáticas do gêmeo doador, os quais são idênticos aos do receptor. Se o tratamento do Diabetes melito tipo 1 com o agente imunossupressor ciclosporina for iniciado dentro de duas a seis semanas após o início clínico do diabete, a dependência da insulina pode ser eliminada ou a dose de insulina pode ser grandemente reduzida, mas apenas enquanto for mantido o tratamento imunossupressor. A toxicidade associada com a ciclosporina e outros agentes imunossupressores impede o uso dessa forma de terapia na prática clínica.

Atualmente, está claro que os fenômenos autoimunes iniciam muito antes do início da doença clínica. Autoanticorpos contra ilhotas ou células beta podem ser encontrados em 2 a 4% dos parentes em primeiro grau de pacientes com Diabetes melito tipo 1, o que é 10 a 20 vezes a prevalência em sujeitos-controle. Estudos longitudinais têm mostrado que o Diabetes melito tipo 1 tem muito mais chance de ocorrer em parentes não acometidos com altos títulos de autoanticorpos em relação a parentes sem tais anticorpos, e a doença irá se desenvolver em tais pacientes dentro de poucos anos. A resistência à insulina, avaliada

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