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ESTUDO E SILENCIAMENTO DO GENE TRYPANOSOMA CRUZI TRYPAREDOXIN PEROXIDASE EM Trypanosoma Cruzi

Relatório de pesquisa: ESTUDO E SILENCIAMENTO DO GENE TRYPANOSOMA CRUZI TRYPAREDOXIN PEROXIDASE EM Trypanosoma Cruzi. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/2/2015  •  Relatório de pesquisa  •  6.456 Palavras (26 Páginas)  •  342 Visualizações

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ESTUDO E SILENCIAMENTO DO GENE TRYPANOSOMA CRUZI TRYPAREDOXIN PEROXIDASE (Tryp) EM Trypanosoma cruzi

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Resumo: O Trypanosoma cruzi (T cruzi) está exposto a espécies reativas de oxigênio (EROs) produzidas pelo sistema imunológico do hospedeiro, assim como pelo metabolismo de drogas e pelo seu próprio metabolismo. Este parasita apresenta uma capacidade limitada em lidar com esse estresse oxidativo, sendo esta área de grande interesse para fins terapêuticos. Uma cascata enzimática para detoxificação de hidroperóxidos foi descrita para T cruzi, sendo diferente de qualquer sistema análogo no organismo hospedeiro. O estudo deste sistema e das enzimas envolvidas, incluindo a triparedoxina peroxidase (TXNPx), poderão levar ao desenvolvimento de agentes tripanossomicidas mais específicos e portanto menos tóxicos para o hospedeiro. Por meio das técnicas de silenciamento gênico pode-se tentar um método para inibir ou diminuir a expressão de algumas enzimas oxidantes que auxiliam no mecanismo de defesa do T. cruzi, entre elas a TXNPx.

Abstract: Trypanosoma cruzi (T cruzi) is exposed to reactive oxigen species (ROS) produced by the host immunological system, drugs metabolism and its own metabolism. This parasite has a limited capacity to cope with oxidative stress, which is of great interest to terapeutic. A hydroperoxide detoxification cascade, different any similar system in the host organism, was described for T.cruzi. The study of this system and the involved enzymes, inc1uding tryparedoxin peroxidase (TXNPx), can lead to the development of more specific trypanosomicid agents less toxic to the host.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E OBJETIVOS 5

Doença de Chagas 5

Trypanosoma cruzi 6

Genoma do Trypanossoma cruzi 7

Quimioterapia da doença de Chagas 8

Defesa antioxidante do T. cruzi 9

Triparedoxina peroxidase (TXNPx) 11

siRNA e silenciamento gênico 12

Objetivos 13

METODOLOGIA 14

Desenho de Primers 14

Desenho de siRNA 14

RESULTADOS E DISCUSSÃO 15

Desenho de Primers 17

Desenho de siRNA 23

CONCLUSÃO 27

REFERÊNCIAS 28

INTRODUÇÃO

A doença de Chagas é uma zoonose que ocorre nas Américas, com maior incidência na América Latina. O agente etiológico é o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. O ciclo de vida do parasito alterna entre várias ordens de vertebrados e insetos triatomíneos vetores hematófagos (principais gêneros: Triatoma, Panstrongylus e o Rhodinius), com diferenças principais nos estágios de desenvolvimento em cada hospedeiro e formas intra (amastigotas) e extracelulares (epimastigota e tripomastigota). O parasita é muito heterogêneo e as populações apresentam diversidade morfológica, comportamento biológico distinto, alta variabilidade genética e diferentes cursos clínicos. Tais fatores auxiliam na resistência ao medicamento. Por isso, a dificuldade na busca por novos fármacos contra T. cruzi.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E OBJETIVOS

Doença de Chagas

Estima-se que cerca de 8 a 11 milhões de pessoas estão infectadas com o T. cruzi e mais de 100 milhões vivem em regiões endêmicas, sendo que 3 a 5 milhões destas pessoas vivem no Brasil. O impacto da doença de Chagas não está limitado apenas às áreas rurais da América Latina em que ocorre a transmissão pelo inseto vetor. Movimentos da população em grande escala de regiões rurais para áreas urbanas e outras regiões do mundo está expandindo a distribuição geográfica e alterando a epidemiologia da doença de Chagas. Descoberta há mais de cem anos e descrita pela primeira vez em 1909, a doença de Chagas envolve o parasito T. cruzi, animais domésticos como reservatórios e hospedeiros humanos em áreas rurais e peri-urbanas do México, América Central e do Sul. O T. cruzi, normalmente, é transmitido pelo inseto triatomíneo da família Reduviidae, podendo também ocorrer transmissão congênita, através de transfusão sanguínea ou transplante de órgãos e pela ingestão de alimentos ou fluidos contaminados.

Trypanosoma cruzi

O Trypanosoma cruzi é um flagelado da ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, caracterizado pela existência de um único flagelo e do cinetoplasto, uma organela contendo DNA e localizada na mitocôndria. Em seu ciclo, o T.cruzi apresenta três formas evolutivas, as quais são identificadas morfologicamente pela posição do cinetoplasto com relação ao núcleo da célula e à emergência do flagelo. No tripomastigota (estágio infectante do parasito) o cinetoplasto situa-se na parte posterior do flagelado, em posição terminal ou subterminal, e o flagelo emerge da chamada bolsa flagelar, de localização próxima ao cinetoplasto; nos epimastigotas (formas de multiplicação do parasita no vetor ou em cultura) o cinetoplasto e a bolsa flagelar estão em posição anterior ao núcleo; por fim, os amastigotas (estágios evolutivos que se multiplicam dentro das células hospedeiras) são organismos arredondados que apresentam inconspícuos flagelos (DIAS, J. C. P., and COURA, J. R).

O T.cruzi não é uma população homogênea e está constituída por diferentes cepas que circulam, na natureza, entre o homem, vetores, animais domésticos e reservatórios silvestres. Os tripanossomos sanguíneos, por exemplo, apresentam fenômeno de polimorfismo, caracterizado pela existência de formas delgadas e largas que, respectivamente, predominam em diferentes cepas do T.cruzi. Essas populações possuem comportamento diverso no que se refere a curvas de parasitemia, interação com células hospedeiras e resposta imune do hospedeiro -(DIAS, J. C. P., and COURA, J. R).

Aspecto interessante da biologia celular do T.cruzi é sua capacidade de produzir enzimas que participam do processo de infecção das células. Parcela significativa

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