Humanização Na Saúde

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 1

HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO DOS PACIENTES 2

CONCLUSÃO 6

BIBLIOGRAFIA 7

Introdução

Estamos caminhando cada vez mais para um avanço, uma evolução científica e técnica dos serviços da saúde, e com isso vem a necessidade de falar sobre “Humanização no atendimento à saúde”. Pois com muita pena, podemos visualizar que esses avanços científicos não estão sendo acompanhados por um avanço correspondente na qualidade do contato humano.

Costumamos ver, em muitos ambientes hospitalares, o diagnóstico e os procedimentos de tratamento, assim como a autoridade do médico e de alguns profissionais da área dispensam, definitivamente, qualquer iniciativa para melhorar o contacto interpessoal, o conforto e qualidade de vida do paciente.

Muitas dificuldades enfrentadas pelos usuários da saúde poderiam ser evitadas quando se ouve, compreende, acolhe, considera e respeita suas opiniões, queixas e necessidades, ao contrário do que tem sido feito em alguns serviços de saúde, nos quais os usuários são, basicamente impedidos de se manifestar, e de participar dos procedimentos necessários a eles próprios.

Humanizar é também investir em melhorias nas condições de trabalho dos profissionais da área, é alcançar benefícios para a saúde e qualidade de vida dos usuários, dos profissionais e da comunidade.

Humanização no Atendimento dos Pacientes

O termo humanização deriva da palavra humanizar, que, segundo Ruth Rocha (1996), significa “tornar humano, educado, afável, civilizado” é fundamental para compreender as políticas e programas de humanização da assistência em saúde. Quando falamos humanizar, queremos caracterizar como: colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desenvolvido, entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com ciência e paciência as palavras e os silêncios. O relacionamento e o contato direto nos fazem crescer, e é neste momento de troca, que humanizamos, porque assim podemos nos reconhecer e nos identificar como gente, como ser humano.

A humanização da atenção em saúde permeia a relação entre sujeitos de forma responsável, compromissada e acolhedora, respeitando direitos e deveres de cada um. Embora atualmente as relações estabelecidas entre os sujeitos nos espaços de saúde e doença carecem de tais conceitos. De modo que, torna-se relevante procedimento humanizados da gestão, assistência e produção do cuidado em saúde para o aprimoramento da qualidade dos recursos humanos e do acesso aos serviços.

Eu acredito que a importância do conceito de humanização no geral, pode estar atrelado ao baixo índice de aprendizagens em muitas escolas devido ao problema de desumanização na sala de aula, que dificulta a constituição de condições pedagógicas apropriadas para construção de conhecimentos, saberes.

Humanizar é como um processo sociológico, antropológico que precisa ser constituída no homem desde o nascer, para que ele seja realmente ser humano, na verdadeira acepção do termo. Tem todo um procedimento, uma educação, tanto em casa quanto na escola. Deve se reconhecer como sujeito, como um ser sócio-histórico-político-cultural, que se faz pela história; que se reconhece como um ser condicionado, mas não determinado; um ser inconcluso, aprendendo a ser autor de seu saber e de seu processo de humanização.

Somos o ser mais complexo dentre as espécies animais e o único ser dotado da capacidade e necessidade de aprender a ser homem e/ou mulher. Diferentemente das demais espécies animais, o ser humano precisa aprender a ser, precisa humanizar-se; precisa, por isso mesmo, aprender a conviver, a se relacionar, a interagir, a dialogar com outros seres que irão contribuindo na sua própria constituição de pessoa, de gente, que vive num eterno e contínuo processo de vir-a-ser. O humano é um ser de relações plurais, por meio das quais se supera, humaniza-se, faz-se mais, e nessas relações o diálogo se faz existencial.

Esse contato com as pessoas, que se estabelece através das relações, do entrelaçamento de diversas dimensões é que vai constituindo o humano, valorizando-o em toda sua pluralidade (dimensões afetivas, cognitivas, biológicas, sociais, dialógicas, etc.), ou seja, por um conjunto de dimensões e aspectos que, entrelaçados complexamente, vão constituindo uma totalidade caracterizada como pessoa humana.

Estamos vivendo um momento de transformação no sistema de saúde brasileiro, com mudanças sobre conceitos arraigados sobre a importância das relações humanas na promoção de saúde. A humanização da assistência não é apenas o investimento em equipamentos e tecnologias, um hospital pode ser excelente tecnologicamente e mesmo assim ser desumano no atendimento. A humanização envolve uma discussão complexa e profunda e implica em pensar o que seja uma relação de qualidade no atendimento ao usuário, seja ele publico ou privado.

Nas visitas que fazemos em hospitais, quando vamos levar nossos familiares, ou até nós mesmos podemos ver os problemas causados pela falta de humanização. O número considerável de consultas, procedimentos, exames complementares e internações são despendidos ano a ano pelo SUS em função de deficiências na relação profissional-usuário dentro das instituições e da insuficiente comunicação entre os gestores dos equipamentos que compõem o sistema de saúde.

Este geralmente é um sistema no qual o usuário está insatisfeito, o profissional com dificuldades na realização do seu trabalho, o gestor com baixa comunicação e interação com outras instâncias, acaba por demandar maior número de consultas e exames complementares, produzir encaminhamentos desorganizados, assim como dificuldades e desigualdades para o acesso dos usuários. A atenção, o respeito e a cortesia no tratamento a ser dispensado aos usuários; as prioridades a serem consideradas no atendimento; o tempo de espera para o atendimento; os prazos para o cumprimento dos serviços; os mecanismos de comunicação com o usuário; os procedimentos para atender às reclamações; as formas de identificação dos servidores; o sistema de sinalização visual e as condições de limpeza e conforto de suas dependências compõem os quesitos a serem observados pelos órgãos e entidades públicas federais no