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Incontinencia Urinaria

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Por:   •  29/9/2014  •  9.016 Palavras (37 Páginas)  •  475 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como qualquer perda involuntária de urina. É uma patologia que exerce múltiplos efeitos sobre as atividades diárias, interação social e percepção da própria saúde, principalmente relacionados ao bem-estar social e mental, incluindo problemas sexuais, isolamento social, baixa autoestima e depressão, afetando de modo significativo a qualidade de vida (ALMEIDA e MACHADO, 2012).

A Sociedade Internacional de Continência definiu que bexiga hiperativa (BH) é uma síndrome caracterizada pelos sintomas de urgência urinária com ou sem incontinência de urgência, geralmente acompanhada de aumento na frequência miccional e noctúria, sem causa local ou metabólica (ZERATI FILHO; NARDOZZA JÚNIOR; e REIS, 2010).

Apesar de a BH ser a segunda maior causa de IU na mulher, existe grande dificuldade em se estabelecer a sua real incidência em virtude dos problemas diagnósticos cau¬sados, principalmente, pela vergonha das pacientes em falar sobre a IU e pela falta de investigação clínica aprofundada (FISCHER-SGROTT, Francine O.; MANFFRA, Elisangela F.; BUSATO JUNIOR, Wilson F.S., 2009).

A literatura internacional e nacional, apontam maior repercussão negativa sobre a qualidade de vida (QV) nos casos de urge-incontinência do que nos outros tipos de IU (FRANCO, et. al., 2011).

As duas principais abordagens para o tratamento da BH são o tratamento medicamentoso e a fisioterapia. As terapias com medicamentos baseiam-se na utilização de anticolinérgicos sendo, apenas, parcialmente efetivas (FISCHER-SGROTT, Francine O.; MANFFRA, Elisangela F.; BUSATO JUNIOR, Wilson F.S., 2009)

2. INCONTINENCIA URINÁRIA

O Comitê de Padronização da Sociedade Inter¬nacional de Continência (ICS) considera incontinência uriná¬ria (IU) uma queixa de qualquer perda involuntária de urina objetivamente demonstrada (FISCHER-SGROTT, Francine O.; MANFFRA, Elisangela F.; BUSATO JUNIOR, Wilson F.S., 2009).

Para a International Continence Society, a incontinência urinária é a perda involuntária de urina, demonstrável objetivamente e que constitui um problema higiênico e social. Tem causa multifatorial, sendo elemento gerador de exclusão social, interferindo na saúde física e mental da paciente e comprometendo sua qualidade de vida. (ZERATI FILHO; NARDOZZA JÚNIOR; e REIS, 2010).

2.1 Incontinência Urinária de Urgência

A Sociedade Internacional de Incontinência define como incontinência urinária como a condição na qual a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico e é objetivamente demonstrada (ZERATI FILHO; NARDOZZA JÚNIOR; e REIS, 2010).

A incontinência urinaria de urgência, Bexiga Hiperativa (BH), Instabilidade do detrusor; Hiper-reflexia do detrusor; Bexiga irritável; Bexiga espasmódica; Bexiga instável; Urge-Incontinência. Os Espasmos da bexiga caracteriza-se pela presença de urgência miccional, com urge-incontinência, usualmente acompanhada de noctúria e aumento da frequência urinária, na ausência de fatores infecciosos, metabólicos ou locais (ZERATI FILHO; NARDOZZA JÚNIOR; e REIS, 2010).

A incontinência de urgência é a necessidade forte e repentina de urinar ocasionada por espasmos ou contrações da bexiga e se perde urina durante essa forte necessidade.Incontinência urinária por urgência repentina e involuntária é a perda do controle vesical levando a perda de urina e aumento da frequência urinária mais do que 8 micções num período de 24 horas (ZERATI FILHO; NARDOZZA JÚNIOR; e REIS, 2010).

A denominação mais utilizada sendo sinônima de Incontinência de Urgência é a Bexiga Hiperativa. Isso porque o detrusor, que é o músculo da bexiga está contraindo de forma descontrolada. Está hiperativo- é a chamada hiperatividade detrusora. Ao contrario da bexiga hiperativa, a aplicação de outros termos relacionados a urge-incontinência necessita da confirmação urodinâmica da presença de contrações vesicais involuntárias são os principais fatores determinantes de urge-incontinência (ZERATI FILHO; NARDOZZA JÚNIOR; e REIS, 2010).

A IU é vista como um problema que afeta mulheres multíparas mais velhas, embora existam evidências de que, durante atividades físicas estressantes, seja comum entre mulheres jovens, fisicamente ativas, mesmo na ausência de fatores de risco conhecidos (ALMEIDA e MACHADO, 2012).

O termo bexiga instável relaciona-se à demonstração objetiva de contrações involuntárias vesicais, que podem se espontâneas ou ocorrer em resposta a estímulos provocativos nas fases de enchimento e armazenamento, durante a cistrometria. As contrações devem ser acompanhadas da vontade de urinar. O termo instabilidade detrusora é reservado para os pacientes que apresentam contrações involuntárias documentadas na avaliação urodinâmica e que não apresentam doença neurológica associada. Na presença de fator neurológico desencadeante, devemos usar o termo hiperreflexia do músculo detrusor (ZERATI FILHO; NARDOZZA JÚNIOR; e REIS, 2010).

Dependendo da intensidade das contrações involuntárias e da integridade dos mecanismos de continência a perda involuntária de urina pode ocorrer,sendo chamada de urge-incontinência. A Sociendade Internacional de Continência (ICS) considera como normal urinar de quatro a oito vezes por dia e até uma vez a noite (acordar uma vez durante a noite pra urinar não é considerado incontinência (ZERATI FILHO; NARDOZZA JÚNIOR; e REIS, 2010).

3. ANATOMIA

Antes de sabermos a patologia se faz necessária sabermos a:

3.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA MICÇÃO:

A bexiga funciona como reservatório para armazenamento e eliminação periódica da urina. Para que essas funções ocorram adequadamente, é necessário que a musculatura lisa vesical (detrusor) relaxe e haja aumento coordenado do tônus esfincteriano uretral durante a fase de enchimento da bexiga – e o oposto durante a micção (DANGELO, 2006).

A coordenação das atividades da bexiga e do esfíncter uretral envolve complexa interação entre os sistemas nervosos central e periférico e os fatores regulatórios locais, e é mediada por vários neurotransmissores. As propriedades miogênicas e viscoelásticas da bexiga e da uretra também são muito importantes para manutenção da função adequada de reservatório da bexiga. A seguir, descreveremos aspectos fundamentais da anatomia e fisiologia vesicoesfincterianas (DANGELO, 2006).

3.2

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