Leucemia Mielóide Crônica
Monografias: Leucemia Mielóide Crônica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GABIJONA • 12/9/2014 • 1.749 Palavras (7 Páginas) • 541 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA DE TAGUATINGA
GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
GENÉTIA
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
ROSANGELA RODRIGUES BONIFACIO
BRASÍLIA
2014
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
A leucemia mieloide crônica (também chamada de leucemia mielogênica crônica) é um tipo de câncer que afeta as células mieloides (subtipo de glóbulos brancos) presentes na medula óssea. A medula óssea é responsável pela produção de todas as células do sangue do nosso corpo, subdivididas em glóbulos vermelhos (hemoglobina), plaquetas e glóbulos brancos. Os três principais tipos de glóbulos brancos são granulócitos, monócitos e linfócitos e, no caso específico deste tipo de leucemia, as células anormais (malignas) se desenvolvem nas que dão origem aos granulócitos e monócitos, também conhecidas como células mieloides.
Essa alteração no DNA das células mieloides proporciona uma vantagem às células malignas em termos de crescimento e sobrevivência, pois as células doentes passam a ter maior sobrevida do que os glóbulos brancos normais, que continuam em produção. Diferente da leucemia mieloide aguda, a leucemia mieloide crônica permite o desenvolvimento de outras células normais na medula óssea, sendo essa a explicação para a progressão menos severa da doença.
Essa doença acomete principalmente adultos. A frequência da doença aumenta com a idade, passando de aproximadamente um caso a cada 1 milhão de crianças nos primeiros dez anos de vida, um caso em cada 100 mil indivíduos aos 50 anos e a um caso em cada 10 mil indivíduos acima de 80 anos. O comportamento da doença em crianças e adultos é similar, no entanto, o resultado de um transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é melhor em indivíduos mais jovens.
A LMC distingue-se de outras leucemias pela presença de uma anormalidade genética nas células doentes, denominada cromossomo Philadelphia. As alterações que fazem com que esse cromossomo venha a “causar” a leucemia mieloide crônica têm sido estudadas intensivamente. Em 1960, dois médicos que estudavam cromossomos em células cancerígenas notaram que um dos cromossomos em pacientes com leucemia mieloide crônica era mais curto que o mesmo cromossomo em células normais. Eles o denominaram cromossomo Philadelphia (Ph), porque o fato foi observado na faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia.
Estudos estabeleceram que dois cromossomos, os de número 9 e 22, são anormais, isto é, os segmentos rompidos dos cromossomos das células sanguíneas de pacientes com leucemia mielóide crônica se 22 se prende à extremidade do cromossomo 9. Esse intercâmbio anormal de partes dos cromossomos é denominado translocação. Essa translocação ocorre somente nas células sanguíneas derivadas dessa célula doente. Os cromossomos das células nos outros tecidos são normais.Na leucemia mieloide crônica, a proteína produzida pelo gene BCR-ABL (gene translocado) é uma enzima anormal denominada tirosino quinase. Evidências consideram essa proteína anormal, a causa intercambiam e a porção destacada do cromossomo 9 se prende à extremidade do cromossomo 22, e a porção destacada do cromossomo da conversão leucêmica da célula-tronco hematopoética. Essa proteína mutante é o alvo de tratamentos m.edicamentosos específicos (terapia alvo), que visam bloquear seus efeitos
FASES EVOLUTIVAS
A evolução da LMC apresenta as seguintes fases, podendo ser o diagnóstico dado em qualquer uma delas:
Fase Crônica (FC): a FC, benigna, é caracterizada por marca da hiperplasia medular e capacidade de maturação das células mielóides, e
tem suas manifestações no sangue periférico facilmentes controladas pela terapia medicamentosa convencional.
Fase Acelerada ou de Transformação (FA): a LMC em FA é resistente à terapia medicamentosa, tendo por características a evolução clonal e, no sangue periférico, ≥ 15% de blastos, ≥ 30% de blastos e pró-mielócitos, ≥ 20% de basófilos e, não relacionado à quimioterapia, < 100.000 plaquetas/mm.
Fase Blástica ou Aguda (FB): a LMC em FB, também resistente à terapia convencional, é agressiva, com quadro clínico da leucemia aguda e permitindo ao doente uma sobrevida muito curta. Essa fase se caracteriza seja por ≥ 30% de blastos no sangue periférico ou na medula óssea, seja por infiltrado extramedular de células blásticas.
DIAGNÓSTICO:
Anamnese e exame físico; hemograma e plaquetometria; morfologia de sangue periférico; fosfatase alcalina dos neutrófilos no sangue periférico; mielograma; citoquímica e imunofenotipagem (apenas na FB); citogenética da medula óssea; PCR qualitativo: pesquisa do marcador molecular BCR/ABL no sangue periférico ou na medula óssea; Biópsia de medula óssea incluindo determinação de fibrose medular.
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AVALIAÇÃO AO DIAGNÓSTICO
Avaliação da função renal; Avaliação da função hepática incluindo Desidrogenase Lática; ácido úrico; amilase; triglicerídios e colesterol; exames sorológicos ( HIV 1 e 2, hepatite B e C, HTLV 1 e 2, e sífilis ); radiografia de tórax; Outros exames são solicitados de acordo com a indicação clínica.
Evolui de forma lenta, mas progressiva. Com frequência o diagnostico é feito em média, cerca de 12 meses após a doença ter se instalado,com queixas de fraqueza progressiva e desconforto abdominal devido ao aumento do baço e a hepatomegalia . Para que o diagnóstico da doença seja estabelecido, o sangue e (na maioriados casos) as células da medula devem ser examinados. A contagem de glóbulos brancos aumenta invariavelmente, frequentemente chegando até níveis muito altos.
TRATAMENTO
Exceto pelos casos de indicação de transplante, o tratamento da LMC continua
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