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O Abuso Sexual

Por:   •  13/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.126 Palavras (9 Páginas)  •  329 Visualizações

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                              Introdução

Ecologia é um ramo de Biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente onde vivem.

A palavra "Ökologie" deriva da junção dos termos gregos “oikos”, que significa “casa” e “logos”, que significa “estudo”. Foi criada pelo cientista alemão Ernst Haeckel para designar a ciência que estuda as relações entre seres vivos e meio ambiente. A princípio um termo científico de uso restrito, caiu na linguagem comum nos anos 1960, com os movimentos de caráter ambientalista.

O conceito de Ecologia Humana designa o estudo científico das relações entre os homens e o meio ambiente, incluindo as condições naturais, as interações e os aspectos econômicos, psicológicos, sociais e culturais.

Procurando tornar-se uma ponte sistémica entre a Sociologia Urbana e a Ecologia, a Ecologia Humana nasce no âmbito da Ecologia Urbana do conjunto de autores, suas teorias e obras conhecidos como “A Escola de Chicago”. Este grupo de urbanistas e sociólogos - onde se destacam Robert Ezra Park, Ernst Burgess e Robert D. McKenzie – reagia, nos anos 20 do século passado, às crescentes pressões demográficas daquela cidade americana, caracterizadas por inéditos fluxos migratórios e inédita rotação de habitantes. O seu objetivo inicial, estudar as mal conhecidas relações sociais no seio de uma população condicionada pela nova realidade – era conservador e visava manter a estrutura e o equilíbrio urbanos originais, neutralizando ou evitando a mudança não planeada e não desejada. No seu contexto, Burgess comparava o crescimento urbano aos processos de organização e desorganização análogos aos processos anabólico e catabólico do metabolismo corporal, enquanto MacKenzie imputou à Ecologia Humana a responsabilidade de estudar as ligações interespaciais e temporais dos humanos “urbanos”, afetados por mecanismos de seleção, distribuição e de adaptação ao Ambiente

                             Desenvolvimento

2.1 Relação do Homem- Natureza: Historial e contribuição para o surgimento e desenvolvimento da Ecologia

   A relação homem-natureza é tão antiga quanto a própria existência humana na Terra.

   No princípio as relações do homem com a natureza eram permeadas de mitos, rituais e magia, pois se tratava de relações divinas. Para cada fenómeno natural havia um deus, uma entidade responsável e organizadora da vida no planeta: o deus do sol, do mar, da terra, dos ventos, das chuvas, dos rios, das plantações, etc. O medo da vingança dos deuses era o moderador do comportamento dessas pessoas, impedindo uma intervenção desastrosa, ou, sem uma justificativa plausível ante a destruição natural.

   Para cortar uma árvore, por exemplo, havia a necessidade de uma justificativa que assegurasse, no mínimo, a sobrevivência- como a construção de uma casa ou de um barco. Rituais eram utilizados para “se desculpar” pelo ato tão cruel que estava sendo cometido. Natureza e homem era a mesma coisa.

   Foi na Grécia antiga que o olhar do homem se dirigiu a natureza de maneira racional, não utilizando mais as explicações e justificativas míticas. Os primeiros filósofos- como são chamados os pensadores da natureza, os pré-socráticos- buscaram uma explicação racional para a origem de todas as coisas a partir da natureza, uma vez que a considerava genitora de todo o universo, ou seja, eles queriam saber qual era o primeiro elemento (a arqué), a partir da qual se compõem e decompõem as demais coisas.

   Tales de Mileto (623-546 a.C.), considerado o primeiro filósofo da cultura ocidental e um dos sete sábios gregos, concebia a água como princípio do cosmos, a arqué de tudo é a água. Anaxímenes (588-524 a.C.) elege como substância primordial o ar que, de acordo com um maior o menor grau de condensação e pela oposição friocalor (advinda dessa condensação), transforma-se em outros elementos (fogo, terra, pedras, água etc.).

Um destaque merece ser dado a Heráclito de Éfeso (540-480 a.C. – descendente do fundador da cidade e, portanto, pertencente à realeza), que concebe o cosmos e tudo o que nele existe como devir e movimento, isto é, ele percebe a realidade do mundo como algo dinâmico, em constante modificação. É dele a famosa máxima “não se pode entrar duas vezes num mesmo rio”, pois entendia que nem o rio seria o mesmo, nem a pessoa que nele mergulhasse.

Do pensamento de Heráclito e dos eleáticos surge a filosofia mecanicista e o atomismo, com a concepção de que tudo o que existe no Universo nasce, ou da necessidade, ou da contingência, isto é, nada nasce do nada, nada retorna ao nada. Tudo tem uma causa. Dessa concepção podemos destacar Empédocles (490-430 a.C.) que considerava a existência de quatro substâncias originais que seriam as raízes de todas as coisas: o fogo, o ar, a água e a terra. Algumas partículas dessas substâncias se combinam (graças à força do amor – eros) ou discordam (força do ódio – neikos), gerando todas as demais coisas que existem.

   Com o surgimento das cidades-Estado gregas, a natureza é deixada de lado nas principais discussões, sendo substituída pela temática do homem (ética, política, costumes, enfim, o comportamento humano – período antropológico). Platão traz a discussão dicotômica dos mundos inteligível e sensível, onde o primeiro (mundo das ideias) deveria opor-se ao segundo, da natureza sensível, que era considerado como uma cópia imperfeita do original. Com Aristóteles esta dicotomia não permanece, pois para esse filósofo a natureza é o mundo real e verdadeiro cuja essência é a multiplicidade e a mutabilidade. Ao contrário de seu mestre Platão, Aristóteles aceitava como forma de conhecimento tudo o que se vê, e tudo o se sente para a compreensão da realidade sensível. O período helenístico (última fase da filosofia grega, coincidente com o desaparecimento da polis como centro político, em que a Grécia se encontra sob o poderio do Império Romano) é marcado pela elaboração de grandes sistemas filosóficos sobre a natureza e o homem, com destaque entre ambos e deles com a divindade.

   Para o estoicismo o Universo é um sistema vivo, no qual Deus está sempre presente na matéria (imanência), de forma a ser a alma do mundo. O mundo e todas as coisas do mundo nascem de uma matéria-substrato qualificada, através do logos imanente que, em si, é uno, mas capaz de diferenciar-se nas infinitas coisas. O logos é como o sêmen de todas as coisas e Deus é a razão seminal do cosmos. “Dado que o princípio ativo, que é Deus, é inseparável da matéria e como não existe matéria sem forma, Deus está em tudo e Deus é tudo. Deus coincide com o cosmos”

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