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O PROFESSOR DE BIOLOGIA DIANTE DA INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA: DESAFIOS, LIMITES E POSSIBILIDADES

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Por:   •  3/5/2014  •  12.260 Palavras (50 Páginas)  •  1.150 Visualizações

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1 - INTRODUÇÃO

O objeto de estudo dessa investigação é a prática docente do professor de Biologia diante da inclusão de alunos com deficiência no município de Beberibe. Ao desenvolver na mesma o meu Estágio Supervisionado do Ensino Médio, pude observar a ocorrência da inclusão de alunos com deficiência. Com isso surgiu o interesse por estudar mais sobre esse assunto e também observar se o professor da disciplina de Biologia encontra-se apto para receber esses alunos.

Sabemos que a implementação da Educação Inclusiva faz nascer alterações

importantes na elaboração do ensino, aprendizagem e avaliação. Sabemos que essas alterações

exigem compromisso político de todos os envolvidos no processo educacional, assim como de

investimentos financeiros; profissionais mais capacitados; valorização da carreira docente,

dentre outros. Por esse motivo, deve-se ter um acompanhamento criterioso para a

concretização de tal proposta.

A Educação Inclusiva no Brasil ainda é uma questão que gera muita polêmica,

pois existem discordâncias quanto a sua eficácia para a melhoria da qualidade de ensino e

universalização da educação. De acordo com Libâneo (2002, p. 135-136):

A escola recebe sujeitos muito diferentes entre si, cada aluno é um ser

singular, pertence a uma cultura, atribui significados pessoais à sua

experiência, cada aluno precisa sentir que a situação de ensino –

aprendizagem favorece se aprendizado. Temos, então, a diversidade. Como

chegar ao direito universal de escolarização, à escolarização igual para todos

e, ao mesmo tempo, acolher a diversidade, inclusive para que cada aluno seja

um ser singular? Está aí um desafio imenso às escolas, aos educadores, aos

sistemas de ensino.

A discussão desse tema Inclusão está se propagando no nosso espaço educacional para mais diferentes espaços sociais. Por esse motivo, vem causando muitas dúvidas que dificultam a implantação de políticas públicas e ações em favor de escolas para todos os alunos.

De acordo com Almeida (2007, p. 1):

A educação das pessoas com deficiência se organizou ao longo da história

como atendimento especializado substitutivo ao ensino comum,

evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que

levaram a criação das instituições especializadas, escolas especiais e classes

especiais. Essa organização mostra a educação especial, de caráter caritativo,

fundamentada no conceito terapêutico fortemente ancorado nos testes

psicométricos e definia, por meio dos diagnósticos, as práticas escolares para

os alunos com deficiência.

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Porém, de acordo com o CNE/CEB (BRASIL, 2001, p. 3) a Educação Especial,

como modalidade da educação escolar, deve se organizar de modo a considerar uma aproximação sucessiva dos pressupostos e da prática pedagógica social da educação inclusiva, a fim de cumprir os seguintes dispositivos legais e político-filosóficos:

1.1 - Constituição Federal, Título VIII, da ORDEM SOCIAL:

Artigo 208: III – Atendimento educacional especializado aos portadores de

deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - § 1º - O

acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público e subjetivo. V –

Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um.

Vale ressaltar que, frequentemente nos deparamos com as resistências dos

professores e direções quando se fala de inclusão, que são manifestadas através de

questionamentos e queixas ou até mesmo com expectativas que possam apresentar soluções

mágicas, de aplicação imediata causando certa decepção, pois ela existe.

Os professores por um lado julgam-se incapazes de dar conta dessa demanda, se

sentindo despreparados e impotentes frente a essa realidade que é agravada pela falta de

material adequando, de apoio administrativo e recursos financeiros

Mantoan (2003), a respeito dessa discussão, coloca que educação escolar deve ser

pensada a partir da idéia de uma formação integral do aluno, onde sejam respeitadas suas

capacidades e talentos, assim como suas limitações, dentro de um ensino participativo,

acolhedor e solidário. E para que isso aconteça de forma plena é importante que haja o

exercício diário de cooperação, do conhecimento e do valor das diferenças.

Ainda de acordo com a autora, os professores do ensino regular não estão

preparados para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos com deficiência, e, muitas

vezes, encontram no discurso da “não formação inicial”, uma forma de justificar as lacunas

relacionadas à sua participação na inclusão desse alunado.

Com isso, o corpo

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