O controle proposto pelo Programa Nacional de Controle da Dengue
Pesquisas Acadêmicas: O controle proposto pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: pietroblume • 7/11/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.104 Palavras (5 Páginas) • 447 Visualizações
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.
No Brasil, para incrementar o controle da dengue, foi criado o PNCD, programa que viabiliza um controle específico e, consequentemente, mais eficaz do vetor da doença, o Aedes aegypti.
O controle proposto pelo Programa Nacional de Controle da Dengue trouxe mudanças efetivas em relação aos modelos anteriores. O controle da transmissão do vírus da dengue se dá essencialmente no âmbito coletivo e exige um esforço de toda a sociedade. Por isso, é prioritário para o PNCD:
1. A elaboração de programas permanentes, uma vez que não existe nenhuma evidência técnica de que a erradicação do mosquito seja possível, a curto prazo;
2. O desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização das pessoas, de maneira a se criar o envolvimento da sociedade na manutenção do ambiente doméstico livre de potenciais criadouros do vetor;
3. Fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica(estudo dos insetos) para ampliar a capacidade de predição e de detecção precoce de surtos da doença;
4. Melhoria da qualidade do trabalho de campo de combate ao vetor;
5. Integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programas de Saúde da Família (PSF);
6. utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas etc;
7. atuação multissetorial por meio do fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e a utilização de recursos seguros para armazenagem de água;
8. desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios.
Considera-se que as ações do PNCD, desenvolvidas em parceria com Estados e Municípios, tenham contribuído para uma redução significativa da dengue.
Sintomas
A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.
O vírus causador da doença possui quatro sorotipos( antígenos diferentes, porém, oriundos de uma mesma espécie microbiana): DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte.
TRANSMISSÃO
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de 10 a 14 dias, contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias.
A transmissão da doença raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C
Dengue Clássica
Febre alta com início súbito• Forte dor de cabeça• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos• Perda do paladar e apetite• Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores• Náuseas e vômitos• Tonturas• Extremo cansaço• Moleza e dor no corpo • Muitas dores nos ossos e articulações.
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