Observação à Fresco - Microbiologia

1.0 Introdução

O crescimento microbiano se dá de acordo com o meio em que eles, os micro-organismos, estão inseridos. Para isso, é necessário que tal ambiente forneça constantemente condições favoráveis para o seu desenvolvimento e reprodução, que vão desde temperatura e nível de acidez até substâncias orgânicas e elementos químicos. Levando sempre em conta que tais condições variam para cada espécie. (TORTORA, 2012)

Neste experimento foi utilizado um meio de cultura preparado com o intuito de observar o crescimento de acordo com o tempo de micro-organismos, classificando-os entre ciliados e flagelados.

Os meios de cultura são soluções nutridas, que podem ser feitas a partir de materiais orgânicos ou inorgânicos. Possuem a função de causar o crescimento de microrganismos. Tendo um meio de cultura estéril, desprovido de microrganismos, é possível inocula-lo, pois assim o ambiente está controlado. (MADIGAN, 2010)

Microrganismos ciliados são aqueles que possuem cílios em sua estrutura periférica externa, podendo se encontrar na forma de membranelas, cirros ou cílios. Tais estruturas possuem como principal função a locomoção e o direcionamento de matéria orgânica para o citóstoma (cavidade). (TORTORA, 2012) Ao passo que, flagelos são filamentos longos que possuem movimento serpenteado, igualmente com a função de locomoção para a captura de alimento. (TORTORA, 2012)

Oscillatoria sp. (figura 1) são organismos do agrupamento Cyanobacteria e recebem este nome devido ao seu movimento oscilatório. Sua reprodução se dá por fragmentação e são clorofilados, por isso realizam fotossíntese. (STEWART, 2010)

Figura 1 - Representação de Oscillatoria sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 400x)

Cryptomonas sp. (figura 2) pertencem ao Filo Cryptophyta, são biflagelados, ou seja, possuem dois flagelos que podem ou não possuir o mesmo tamanho, que são responsáveis por sua locomoção. São fotossintetizantes e sua reprodução ainda é pouco conhecida.

Paramecium sp. (figura 3) são organismos ciliados que usam essa estrutura para locomoção. Sua alimentação se dá por alguns tipos de algas, bactérias e leveduras, seja por absorção ou ingestão pelo cistóstomo. (TRABULSI, 2005) Em condições desfavoráveis do ambiente, eles realizam reprodução sexuada por conjugação. Já em condições favoráveis, sua reprodução será assexuada por cissiparidade. (TORTORA, 2012)

Trachelomonas sp. (figura 4) são euglenóides possuidores de lórica, um tipo de carapaça que tem a função de proteção e aumento de flutuabilidade, para que esses organismos se mantenham na superfície e possam realizar fotossíntese de maneira mais eficiente. (LEEDALE, 1975)

Figura 2 - Representação de Cryptomonas sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 400x)

Figura 3 - Representação de Paramecium sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 100x)

Figura 4 - Representação de Trachelomonas sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 100x)

Peranema sp. (figura 5) são euglenóides heterótrofos, que se alimentam por fagocitose de pequenos organismos como bactérias e algas. Sua movimentação se dá por flagelos e sua reprodução é por cissiparidade (BROWN, 1930).

Euglena sp. (figura 6) têm locomoção feita por flagelo e se movimentam em sua direção. Elas são fotoautotróficas quando as condições de iluminação são favoráveis, mas podem sem heterótrofas e se alimentarem por meio de fagocitose. Para se guiarem em direção a luz elas possuem um sistema sensível a luz chamada de mancha ocelar ou estigma. Sua reprodução é assexuada feita por fissão binária (TORTORA, 2012)

Figura 5 - Representação de Peranema sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 400x)

Figura 6 - Representação de Euglena sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 400x)

Diatomacea sp. (figura 7) são algas microscópicas unicelulares, que podem viver isoladas ou em conjunto, são clorofiladas e importantes para a formação do fitoplâncton. Elas são de um grupo de algas que as designa como heterocontófitas, com espécies autotróficas e heterotróficas. Tais algas representam papel importante no ambiente marinho, responsável pela produção alimentícia primária, transferindo energia aos próximos níveis tróficos da cadeia alimentar (TEIXEIRA, 1963).

Phacus sp. (figura 8) são microrganismos flagelados fotossintetizantes do Filo Euglenophyta, a maioria das espécies são planas. Como nas euglenas elas possuem a mancha ocelar e cloroplastos. Geralmente encontram-se solitárias e nunca formam colônias. Sua reprodução pode tanto ser assexuada por cissiparidade, quanto sexuada. (GUIRY, 2014)

Figura 7 - Representação de Diatomacea sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 400x)

Figura 8 - Representação de Phacus sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 400x)

Amoeba sp. (figura 9) são pertencentes ao Reino Protistas e são em sua grande maioria de vida livre, com a exceção da Entamoeba histolytica que é a única patogênica conhecida que pode ser encontrada no estômago humano. (TORTORA, 2012) Elas se utilizam de pseudópodes para se movimentar e alimentar-se. No caso da alimentação, os pseudópodes se projetam para cercar a presa e então os vacúolos alimentares se formam para trazer o alimento para dentro da célula. (TORTORA, 2012) São encontradas no solo e nas águas de lagos e rios e podem se apresentar nas formas: trofozoíticas, que são ativas e alimentam-se de bactérias; cistos, que são encontrados no solo seco ou na poeira; formas flageladas. (PACHECO, 2008)

Trichocerca capucina (figura 10). Pertence ao filo rotífera e são comumente encontradas em água doce. Seu corpo é divido em três partes: cabeça, tronco e pés, mas a superfície do corpo varia muito entre as espécies de rotíferas, no caso da Trichocerca capucina, encontrada nas observações, sua lorica é notável. Sua reprodução pode ser tanto sexuada como por partenogêneses. São organismos heterótrofos que se alimentam principalmente de algas, partículas orgânicas etc.

Figura 9 - Representação de Amoeba sp. através de observação por microscopia de luz (Aumento 400x)

Figura 10 - Representação de uma Trichocerca capucina através de observação por microscopia de luz (Aumento 400x)

2.0