Otimizando a sala de vacina
Tese: Otimizando a sala de vacina. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: JACKLOST • 27/9/2013 • Tese • 2.843 Palavras (12 Páginas) • 492 Visualizações
Curso: Cursos do Programa Proficiência Nível Médio - T
Disciplina: Imunologia e o Programa Nacional de Imunização: Estratégias para a Atuação da Enfermagem - M V3
>> Núcleo Temático 2 > Unidade de Estudo 2
Otimizando a sala de vacina
OBJETIVO
Reconhecer o funcionamento do núcleo de vacina.
Caro aluno, é com satisfação que prossigo nessa nossa jornada de conhecimento. Nossos estudos caminham para um momento muito importante, uma vez que os profissionais de enfermagem possuem uma atuação essencial na sala de vacina e o responsável por esse setor é o enfermeiro. É esse profissional que responde pela organização, limpeza e pelo adequado serviço desse setor de saúde. Desta maneira, aprimorar seus conhecimentos é fundamental na prestação de um serviço de enfermagem eficiente e de grande qualidade.
Então? Pronto para seguirmos? Conto com a sua atenção!
Quando falamos de organizar, o que nos vem à cabeça? Talvez arrumar? Colocar no lugar? Em alguns dicionários é definido como “pôr em ordem”. E pergunto: o que isso tem a ver com a sala de vacina?
Antes de qualquer coisa, é importante fazer um planejamento da planta física, da disposição dos móveis, das geladeiras, dos armários para insumos, dos bens permanentes e tudo o que compõe a sala.
É preciso organizar e otimizar o espaço de tal forma que permita o fluxo de guarda, recebimento, de administração, de orientação e tudo o mais que é pertinente à conservação, manuseio e dispensação de imunobiológicos.
Podemos continuar?
A sala de vacina, de acordo com as normas do Ministério da Saúde (MS) é definida como:
O local destinado à administração dos imunobiológicos, cujas atividades devem ser desenvolvidas por uma equipe de enfermagem, com treinamento específico no manuseio, conservação e aplicação dos imunobiológicos. Essa equipe deve ser composta, preferencialmente, por dois técnicos ou auxiliares de enfermagem, contando com a participação de um enfermeiro, responsável pela supervisão e treinamento em serviço.
(MS, 2009)
A sala de vacina é um setor da unidade de saúde, localizada no térreo para facilitar o acesso da clientela, deve ser bem iluminada, com refrigeração do ambiente através de ar-condicionado (não é recomendável o uso de ventiladores), com portas de circulação externa e interna, com espaço destinado aos refrigeradores de estoque mensal e diário, com uma bancada de inox (que facilita a limpeza diária e terminal), pintura lavável e clara que favoreça a iluminação, com pelo menos uma maca para administração das vacinas em bebês e/ou crianças, mesas auxiliares para dispor as caixas térmicas, material descartável, permanente, álcool, extrator e outros materiais inerentes ao serviço de vacinação.
Veja na figura abaixo um modelo de sala de vacina:
Figura 1 – Modelo de sala de vacina.
O ideal para um setor de vacinação, é que seja providenciado um espaço para adultos e outro para crianças, separados. Pode parecer uma bobagem, mas tenha certeza de que a separação dos espaços auxilia no fluxo da sala, além de diminuir o estresse da clientela.
Próximo à mesa da recepção deverá ficar localizado o contra arquivo das crianças e de profilaxia da raiva. Em grandes centros de saúde podemos encontrar arquivos maiores e não de mesa.
O serviço de vacinação está regulamentado pela Portaria nº 1884/94 do MS, a qual você pode conferir a seguir:
O serviço de vacinação deverá dispor de instalações físicas adequadas para as atividades de vacinação, de acordo com as Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, aprovada pela portaria – MS 1.884 de 11/11/94, devendo ser dotada, no mínimo, os seguintes ambientes obrigatórios:
Recepção; Consultório medindo no mínimo 7,5 metros;
Sala de imunização exclusiva para este fim medindo no mínimo 6,0 m;
Sanitários ou banheiros.
(BRASIL, 2004)
Agora que já estudamos sobre as especificações físicas da sala de vacina, passaremos a estudar sobre a rotina de trabalho nesse setor.
Ao iniciar o turno de trabalho, o profissional de enfermagem responsável pela sala de vacina deve, de imediato, verificar a temperatura da geladeira e registrar no mapa de temperatura fixado na porta do refrigerador, conforme foi abordado na unidade de estudo anterior.
Esse mapa é mensal e, ao término do mês, deve ser encaminhado ao setor de epidemiologia da unidade para a coleta dos dados de vacinação e posterior arquivo.
Após a verificação da temperatura dos Imunobiológicos, o profissional de enfermagem irá preparar as caixas térmicas para a demanda daquele dia de trabalho.
Conforme estudamos na unidade de estudo anterior, o profissional deve ainda retirar da geladeira quatro bobinas de gelo recicláveis para cada caixa térmica utilizada. Deixar essas bobinas “descansarem” ou “suarem” por 15 a 20 minutos para retirar o excesso de gelo a fim de evitar o congelamento das vacinas quando armazenadas nas caixas.
Enquanto essas bobinas estão “descansando”, iniciamos o preparo das caixas térmicas, que devem ser limpas com álcool a 70%. Passados os 15 minutos de “descanso”, procede-se a limpeza das bobinas de gelo recicláveis com álcool a 70%, retirando o excesso de gelo e umidade. Elas serão então dispostas em cada uma das faces das caixas térmicas, e não se esqueça de colocar dentro da caixa térmica 1 termômetro linear para que possa ser verificada e controlada a temperatura da caixa. Terminado esse processo, aguardar mais 15 minutos para que as caixas cheguem à temperatura ideal entre +2° e +8°C.
Agora, com a temperatura correta, passamos a dispor as vacinas na caixa térmica. É importante estar atento para a data de abertura dos frascos, uma vez que algumas vacinas podem ser utilizadas por até cinco dias, após sua abertura.
O profissional deve manter a sua atenção também no horário em que as vacinas de vírus vivos ou bacilos foram reconstituídas. Também é importante ficar atento na observação das bobinas de gelo recicláveis durante o avançar do turno,
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