Plantas Transgênicas
Artigo: Plantas Transgênicas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Alinecms • 27/5/2014 • 541 Palavras (3 Páginas) • 393 Visualizações
Nos últimos vinte e cinco anos, descobertas científicas que ocorreram principalmente nas áreas de biologia celular e molecular, combinadas com avanços nas áreas de química e microeletrônica produziram novas tecnologias que, já na década de oitenta, modificaram todos os setores tecnológicos e industriais relacionados com a biologia, entre os quais, a agricultura.
Pela tecnologia do DNA recombinante, genes de praticamente qualquer organismo, podem ser isolados, caracterizados, modificados e transferidos para qualquer outro organismo onde, sob o comando de promotores adequados, se expressam em quantidades desejadas em células e tecidos específicos, sob preciso controle temporal. Foram, assim, eliminadas as barreiras biológicas que isolaram os genomas, como conseqüência de milhões de anos de evolução.
A transformação genética de vegetais permite a introdução de genes específicos no genoma de cultivares comerciais. Esta tecnologia vem auxiliar os programas de melhoramento, permitindo o fluxo de genes para plantas, os quais seriam impossíveis de serem transferidos através de cruzamentos sexuais ou fusão de gametas. As plantas obtidas no processo de transformação genética devem ser introduzidas em um programa de melhoramento para o desenvolvimento de novas cultivares.
O uso de plantas geneticamente modificadas tem gerado uma séria polêmica em diversos países, inclusive no Brasil, no que diz respeito à biossegurança e a rotulagem dos produtos comercializados. As empresas de biotecnologia, por sua vez, buscam associar os cultivos transgênicos ao novo paradigma agrícola, capaz de resolver os problemas mundiais de alimentação e saúde. Porém, a sociedade já começa a perceber que a pressão e a urgência para a introdução dos cultivos geneticamente modificados nada têm a ver com a solução da fome e da pobreza dos países do Terceiro Mundo, nem com a proteção ambiental. Mas, sim, com o retorno imediato dos vultuosos investimentos feitos por estas grandes companhias, prevalecendo, então, os interesses comerciais. A biotecnologia não pode isoladamente resolver todos os problemas da fome, podendo fazer parte de um programa de crescimento global da agricultura, baseado no desenvolvimento econômico e educacional.
Segundo dados da Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas, (AENDA), a biotecnologia vai afetar alguns mercados importantes, em particular o de agroquímicos, que movimenta em todo o mundo US$ 30 bilhões, e o de fertilizantes, que representa US$ 50 bilhões. O Brasil consome 6,2 % dos agroquímicos mundiais, representando um faturamento anual de US$ 2 bilhões.
As empresas químicas estão adquirindo as produtoras de fármacos e de sementes, numa clara evidência da fusão desses setores, agora denominados "Ciências da Vida". Os programas de pesquisa em melhoramento vegetal estão sendo integrados às novas técnicas biotecnológicas, a fim de solucionar problemas oriundos do processo usual de seleção. Mas, os reflexos desses negócios estão sendo questionados pela sociedade, especialmente pela centralização das coleções de germoplasmas por poucos grupos econômicos multinacionais.
Os países em desenvolvimento estão relativamente atrasados na pesquisa e emprego de plantas transgênicas. No Brasil só agora os primeiros cultivares de soja serão liberados para os agricultores. Recentemente, a atuação dos
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