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Sae De Adolescente

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Por:   •  13/10/2014  •  1.688 Palavras (7 Páginas)  •  1.071 Visualizações

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1. Introdução

A adolescência apresenta-se como um período muito importante na vida do indivíduo, constituindo etapa decisiva e um processo de transição conflitante, a qual está exposta a muitos agravos, como por exemplo, as doenças sexualmente transmissíveis, o consumo de drogas, do álcool, e uma atividade sexual precoce. Tudo isto pode gerar, de certa forma, crises de alto grau de ansiedade, tornando os adolescentes vulneráveis, acarretando também, a debilidade física e mental dos mesmos (TORRES et. al., 1999).

Um dos grandes conflitos dos adolescentes, é a busca de uma noção coerente de identidade, onde os mesmos não se definem, buscando apoio em grupos ou em qualquer coisa que os identifique, como o andar, o vestir, o falar gíria, fazendo com que os mesmos se sintam seguros e que tudo isto seja comum em sua idade (TORRES et. al., 1999).

A interação entre o enfermeiro e o adolescente, além de confiança, deve se basear na troca e no respeito do modo de ser do adolescente.

A enfermagem, como uma profissão crucial para a construção de uma assistência qualificada em saúde, vem acompanhando profundas e importantes mudanças nas relações sociais e políticas, no campo tecnológico, nas relações interpessoais e principalmente na maneira de organizar os serviços e responder às novas demandas gerenciais e científicas (NASCIMENTO et. al. 2008).

O posicionamento da enfermagem deve estar direcionado para dois campos interdependentes e complementares: um relativo à organização do processo de trabalho de enfermagem e outro às transformações no setor de saúde e sua inserção nesse processo de modo a contribuir para o alcance da sistematização da assistência à saúde do adolescente (SILVA et. al. 2010).

Tendo em vista o movimento dos profissionais de saúde no sentido de operacionalizar os princípios do Programa de Assistência a Saúde do Adolescente — PROSAD (BRASIL, 1996), é fundamental que a categoria de enfermagem se posicione. Este programa aponta para uma assistência de saúde integral cuja natureza exige novos atores em novas funções.

2. Objetivo

Apresentar um modelo de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para o adolescente, a fim de contribuir para uma assistência de enfermagem sistematizada de mais qualidade para esta população.

3. Método

Foram utilizados artigos científicos de enfermagem para que através de uma revisão literária fosse possível o desenvolvimento de um instrumento de sistematização da assistência de enfermagem ao adolescente.

4. Discussão

O processo de enfermagem é o método através do qual é aplicada a prática da enfermagem, com o propósito de contribuir na qualidade da assistência ao cliente; trata-se de uma abordagem deliberativa de solução de problemas que exige habilidades cognitivas, técnicas, interpessoais com dinâmicas de ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando à satisfação das necessidades básicas do cliente/família/comunidade; é fundamental às ações de enfermagem em qualquer âmbito, uma vez que se trata de um método eficiente de organização de processos de pensamento para a tomada de decisões e soluções de problemas (SILVA et. al., 2007).

Os adolescentes constituem importante contingente da população brasileira, aproximadamente um quarto desta, cidadãos do futuro que necessitam de atenção especial em saúde preventiva e promocional, pois esta fase de transição será de maior ou menor risco, dependendo das garantias físicas, psicológicas e sociais traduzidas pelas políticas públicas (HERMIDA et. al., 2006).

O atendimento à saúde do adolescente surgiu, efetivamente, em 1989, com a Divisão Nacional de Saúde Materno Infantil (DISAMI), do Ministério da Saúde, que aprovou o Programa Saúde do Adolescente (PROSAD).

Esse programa define objetivos, diretrizes e estratégias de atendimento em instituições governamentais aos jovens entre 10 e 19 anos.

Além do Programa de Atenção à Saúde do Adolescente, a assistência específica a essa parte da população também é garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que passou a vigorar em julho de 1990, após a promulgação da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. No Capítulo I, artigo 11 dessa lei, assegura-se o atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.

De acordo com o PROSAD (BRASIL, 1996) o adolescente deve ser atendido por equipe multidisciplinar especializada e com capacidade para assistir integralmente o indivíduo em seus aspectos biopsicossocial e em continua interação com seu meio ambiente. A proposta de oferecer atenção integral de qualidade, a esta parcela populacional, implica na atuação harmônica da equipe multidisciplinar.

A enfermeira, como parte integrante da equipe de saúde, é uma profissional fundamental nas ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, sendo uma das responsáveis pela criação do vínculo entre os adolescentes e os serviços. Dessa forma, é imprescindível que ela se integre às questões assistenciais com competência e capacidade, realizando um atendimento mais eficaz, integral e resolutivo, entretanto é indispensável que esse profissional estabeleça um método para guiar a realização da consulta de enfermagem, pois se trata de uma ferramenta importante que lhe permite relacionar-se diretamente com a clientela. A consulta de enfermagem ao ser desenvolvida com a utilização de uma teoria e aplicada por meio do processo de enfermagem proporciona a esse profissional, maior visibilidade de seu paciente, além de individualizar o cuidado prestado, uma vez que ele atende inúmeros pacientes com diferentes patologias e nas diferentes fases do desenvolvimento, desde o neonato até o idoso (MARQUES, 2008).

Nesse sentido, torna-se imprescindível o conhecimento da enfermeira sobre as necessidades dos adolescentes, a fim de prestar uma assistência à saúde com qualidade, principalmente quando esta é embasada à luz de uma teoria.

A partir do momento em que a enfermeira tem conhecimento sobre os níveis de necessidades dos adolescentes, as atitudes direcionadas às intervenções prestadas a eles podem ser facilitadas, pois proporcionar saúde ao adolescente e atender suas necessidades são direitos garantidos, tanto no Programa de Saúde do Adolescente

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