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TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL

Por:   •  26/9/2016  •  Artigo  •  1.801 Palavras (8 Páginas)  •  388 Visualizações

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PUC Minas

Disciplina – MPS 1.

Professor Henrique Guerra

Exercícios 1: Medidas de ocorrência de doenças e outros eventos relacionados à saúde -  Prevalência e incidência.

Introdução:

Nestes exercícios iremos nos basear os dados de uma pesquisa realizada pelo Serviço Social da Indústria -  SESI, em 2006, quando foi estudada uma amostra representativa dos trabalhadores da indústria no Brasil[1]. Um dos objetivos deste estudo era determinar a prevalência de doenças não-transmissíveis e seus fatores de risco entre trabalhadores da indústria.

Algumas definições e observações que não existiam na publicação original, serão introduzidas nos enunciados do exercício para que os objetivos pedagógicos da atividade sejam atingidos.

Para cumprir seu objetivo, o estudo pretendia detectar as seguintes prevalências:

  • Hipertensão arterial
  • Obesidade
  • Obesidade central
  • Tabagismo atual
  • Diabetes mellitus

A partir destas informações, o SESI pretendia desenvolver e implementar um programa de educação para a saúde do trabalhador da indústria que incluía:

  • Modificações no estilo de vida a fim de prevenir os vários fatores de risco cardiovasculares (tabagismo, obesidade, obesidade central, hipertensão, diabetes mellitus)
  • Controle adequado da hipertensão arterial e do diabetes mellitus
  • Estímulo ao desenvolvimento de atitudes e comportamentos saudáveis entre os trabalhadores da indústria brasileira

Os estudos de prevalência são uteis nestes casos porque permitem conhecer o número de pessoas que apresentam um determinado diagnóstico ou que estão expostos a algum fator de risco. Conhecendo o número de casos e sua distribuição podemos planejar as ações, definir quais são as prioridades e identificar grupos mais vulneráveis.

Para calcular as prevalências é necessários que estejam definidas a população, o período e os eventos nos quais estamos interessados. Neste estudo realizado pelo SESI a população é constituída pelos trabalhadores da indústria no Brasil no  ano de 2006. Esta população foi ainda  estratificada por sexo (masculino e feminino) e idade (faixas etárias: 18-24 anos, 25-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos, 50 e mais).        

Para a definição dos eventos cujas prevalências estamos interessados em conhecer foram utilizados os seguintes critérios:

Hipertensão arterial, estabelecida por valores iguais ou superiores a 140 mmHg de pressão sistólica ou 90 mmHg de pressão diastólica, ou valores inferiores a estes, para trabalhadores em uso de medicamentos anti-hipertensivos.

Obesidade, a adequação do peso em relação à altura do indivíduo foi estabelecida utilizando-se o índice de massa corporal (IMC), calculado pela divisão do peso (quilogramas) pelo quadrado da altura (metros). Empregaram-se os pontos de corte do IMC para definir baixo peso (< 18,5 kg/m2), eutrófico ou normal (18,5-24,9 kg/m2), sobrepeso (25,0-29,9 kg/m2), obesidade ( 30,0 kg/m2).

Obesidade central foi detectada através da circunferência da cintura, medida no ponto médio entre a crista ilíaca e o rebordo da última costela, utilizando-se como ponto de corte circunferência igual ou superior a 102 cm para homens e igual ou superior a 88 cm para mulheres.

Tabagismo, caracterizaram-se como tabagistas os trabalhadores que mantinham o hábito de fumar cigarros, independentemente da quantidade.

Diabetes mellitus foi identificado pelo diagnóstico médico prévio, informado pelo trabalhador, ou pela determinação da glicemia após um período de 12 horas de jejum, considerando-se  126 mg/dL ( 7,0 mmol/l) como critério diagnóstico. Glicemia de jejum alterada foi caracterizada por glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL.

Na tabela 1, é apresentada a distribuição da população do estudo SESI segundo a idade e o sexo. Na tabela 2 é a presentada a distribuição dos casos de hipertensão arterial também por idade e sexo. Com base nos dados de população e do número de casos complete a tabela 3 com a prevalência de hipertensão arterial referente a cada uma das células da tabela.

Da mesma forma como feito para a tabela 3, calcule as prevalências e preencha as respectivas tabelas referentes a obesidade, obesidade central, tabagismo e diabetes.

 

Tabela1. Estudo SESI, população do estudo por idade e sexo.

Idade

Masculino

Feminino

                                                    Total

18-24

633

327

960

25-29

537

283

820

30-39

948

432

1380

40-49

810

304

1114

50e+

410

76

486

Total

3338

1422

4760

Tabela 2. Estudo SESI, nº de casos de hipertensão segundo a faixa etária e o sexo.

Idade

Masculino

Feminino                                              

                              Total

18-24

95

10

105

25-29

83

13

96

30-39

232

44

276

40-49

297

82

379

50e+

253

33

286

Total

960

182

1142

Tabela 3. Estudo SESI, prevalência da hipertensão segundo a faixa etária e o sexo.

Idade

Masculino

Feminino

Total

18-24

 95/633= 0,15=15%

10/327= 0,03= 3%

 105/960=0,109=10,9%

25-29

 83/537=0,154=15,4%

 13/283=0,04=4%

 96/820=0,117=11,7%

30-39

 232/948=0,245=24,5%

 44/432=0,10=10%

 276/1380=0,2=20%

40-49

 297/810=0,367=36,7%

 82/304=0,269=26,9%

 379/1114=0,34=34%

50e+

 253/410=0,617=61,7%

 33/76=0,434=43,4%

 286/486=0,588=58,8%

Total

 960/3338= 0,287= 28,7%

 182/1422=0,128=12,8%

 1142/4760=0,2399=24%

...

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