A Analise de Alimentos
Por: Thatiana Gouveia • 9/4/2017 • Trabalho acadêmico • 4.378 Palavras (18 Páginas) • 786 Visualizações
Tecnologia de Alimentos
Processos aplicados:
- Composição química
- Propriedade físicas, químicas e funcionais das substâncias que a compõem
- Operações unitárias disponíveis para o processamento dos alimentos
Fases do processamento de produtos alimentícios
- Beneficiamento: etapas iniciais, preparo para o processo
- Elaboração: aspectos nutricionais e tecnológicos, ingredientes, método, público alvo.
- Conservação: método, segurança alimentar
- Armazenamento: embalagens, distribuição, utilização.
Ciências básicas da tecnologia:
Ciências biológicas, nutrição, engenharia de alimentos, ciências físico-químicas.
Estudo da tecnologia envolve:
- Química de alimentos
- Microbiologia
- Operações unitárias
- Processamentos
- Conservação
- Embalagens
- Higiene, limpeza e sanitização
- Controle de qualidade
Fatores que contribuíram para o desenvolvimento da tecnologia de alimentos - ATUALMENTE
Conservação dos alimentos
Disponibilidade
Resíduos da indústria
Alimentação saudável
Alimentos em porções
Necessidades especiais
Industrialização de Alimentos
Vantagens
• Maior tempo de vida útil
• Padronização
• Melhoria das qualidades organolépticas
• Obtenção de sabores especiais
• Expansão de produtos
• Produtos fora da época de safra
• Redução do tempo de preparo
• Acondicionamento adequado (embalagens)
Desvantagens
• Degradação de compostos termossensíveis
• Perdas de substâncias hidrofílicas
• Rancidez Hidrolítica
• Oxidação de compostos
• Formação de radicais livres
• Transformações químicas, físicas, enzimáticas e microbiológicas
• Influência nos valores nutritivos
Alterações nutricionais em alimentos:
Reações químicas
Lipidios: rancidez - deterioração detectável em óleos e gorduras ou alimentos que contenham gordura de composição (carne de sol) ou gordura de formulação (batatas fritas, maionese, etc). A rancidez pode ser hidrolítica ou oxidativa.
A rancidez hidrolítica pode ser enzimática, causada por lipases dos alimentos ou microbianas, e não enzimática, causada por reações químicas como na fritura (liberação de ácidos graxos livres). Na rancidez hidrolítica forma-se ácidos graxos livres, saturados e insaturados. Ela diminui a qualidade das gorduras destinadas principalmente a frituras, alterando especialmente as características organolépticas, como a cor (escurecimento), o odor e o sabor dos alimentos. A presença de água acelera o processo e, além disso, quando as gorduras contendo ácidos graxos livres são emulsionadas em água, proporcionam sabor e odor desagradável. Deve-se evitar o uso prolongado da mesma gordura no processamento de alimentos (frituras), especialmente se estes alimentos forem ricos em água. A rancidez hidrolítica pode ser inibida pela inativação térmica das enzimas e pela eliminação da água no lipídio. Importante em alimentos com ácidos graxos de cadeia curta, como manteiga, leite, coco.
Hidrolitica – enzimatica ou não / forma ácidos graxos livres saturados e insaturados, que alteram as caracteristicas organolépticas / água acelera o processo, gorduras são emulsionadas proporcionando odor e sabor ruim. / pode ser inibida pela inativação térmica e eliminação da água do lipidio
A rancidez oxidativa é a auto-oxidação, diretamente relacionada com ácidos graxos insaturados que, dependendo do comprimento, mudam a reatividade. Existem alguns compostos que atuam como pró oxidantes, como a clorofila, metais (ferro, cobre) e radiações. Os componentes formados na fase inicial da auto-oxidação são os hidroperóxidos. Apesar dos hidroperóxidos serem não voláteis e inodoros, são compostos instáveis e se decompõem espontaneamente ou em reações catalisadas para formar compostos aromáticos voláteis que são percebidos como off flavours (aldeídos, cetonas, ácidos, etc). Os off flavours que se desenvolvem durante a oxidação lipídica normalmente servem de aviso que o alimento já não é mais comestível.
Oxidativa – ácidos graxos insaturados, mudam a reatividade. Fase inicial forma hidroperóxidos que se decompõem em off flavours, são avisos que o alimento já não é mais comestível
Carboidratos
Reação de Maillard: Esta reação é um escurecimento não enzimático que pode ser favorável ou não. É uma reação que ocorre entre os aminoácidos ou proteínas e os açúcares (carboidratos): quando o alimento é aquecido, o grupo carbonila (C=O) do carboidrato interage com o grupo amino (-NH2) do aminoácido ou proteína, e após várias etapas produz as melanoidinas, que dão a cor e o aspecto característico nos alimentos. No caso da reação de Maillard, além da cor tem-se a formação do aroma. Indesejável em suco de laranja, leite e há perda da qualidade proteica e formação de acrilamida em alimentos.
Ocorre entre aminoácidos / proteínas e os açúcares. Sob aquecimento carbonila do carboidrato + amino do aminoácido = melanoidinas, cor e aspecto ao alimento. Perda de qualidade protéica.
Caramelização: Ocorre com açúcares redutores e não redutores pelo aquecimento de açúcares para formar um produto escuro (caramelo). Uso em refrigerante, doces, bebidas alcoólicas, etc.Pela alta temperatura, há a desidratação dos açúcares e com isso a formação do hidroximetilfurfural (HMF), precursor das melanoidinas. Reação controlada por temperatura, pH, teor de água.
Caramelização: aquecimento de açúcares redutores e não redutores .
Proteínas
Desnaturação proteica: alteração reversível ou irreversível da conformação nativa de uma proteína, a partir do rompimento de ligações, alteração de pH e altas concentrações de sais. Pode haver perda de retenção de água, aeração, floculação e geleificação
Oxidação por ácido ascórbico: Reação rápida que ocorre em solução aquosa e escurece sucos cítricos. O ácido ascórbico na presença do pH ácido e temperatura forma furfural, precursor de melanoidinas.
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