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A Anemia Falciforme

Por:   •  27/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  743 Palavras (3 Páginas)  •  157 Visualizações

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ANEMIA FALCIFORME

Doenças Com Maior Incidência Na População Negra

Rio de Janeiro

2020

ANEMIA FALCIFORME

Doenças Com Maior Incidência Na População Negra

Trabalho apresentado no curso de graduação de nutrição

da Faculdade. Para obtenção de nota

 na disciplina de Hist. Da Cultura Africana e Afro-brasileira.

Orientado pela Prof.ª

Rio de Janeiro

2020

Anemia falciforme

A anemia falciforme é considera uma doença predominante na população negra e devido a isso não ganha o olhar adequado pelas políticas de saúde pública. Mesmo que em 2009 tenha sido instituído como lei a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra não foi possível derrubar o racismo presente no SUS. O que faz a prática ser distinta da realidade no Sistema Único de Saúde onde pesquisas e medidas precisam de preção popular pelo movimento negro para ganhar força e adequação.

Anemia falciforme é uma doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Sua causa é uma mutação do gene da globina beta da hemoglobina, originando uma hemoglobina anormal, denominada hemoglobina S (HbS), que substitui a hemoglobina A (HbA) nos indivíduos afetados. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. A hemoglobina, que transporta o oxigênio e dá a cor aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo. Essa condição é mais comum em indivíduos da raça negra. No Brasil, representam cerca de 8% dos negros. (BVMS, 2015)

A doença originou-se na África, estendeu-se para a Península Arábica, sul da Itália e Índia, chegando às Américas pela imigração forçada de cerca de 3 – 4 milhões de africanos trazidos ao país como escravos. No Brasil, distribui-se heterogeneamente, sendo mais frequente onde a proporção de antepassados negros da população é maior. Como por exemplo na Bahia onde “segundo o IBGE a cada 650 nascidos, um tem anemia falciforme e o percentual do traço falciforme nos nascidos vivos está entre 7% e 10%.” (SESAB,20017)

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A patologia pode se manifestar de forma distinta em cada individuo desde sintomas leves até crises dolorosas. Esses sintomas podem aparecer na segunda metade do primeiro ano de vida da criança sendo eles: “as crises de dor, principalmente nas articulações e nos ossos longos; o acidente vascular cerebral; a doença renal; o desenvolvimento ósseo deficiente; o priapismo; a dactilite; e complicações na visão. A redução da quantidade de hemoglobina, pela destruição das hemácias falciformes pelo sistema imunológico, acomete todo o organismo provocando, além de uma deficiência na oxigenação dos tecidos, uma anemia crônica que leva a complicações do sistema cardiovascular. A condição debilitada de muitos dos órgãos do doente compromete também a sua resposta imunológica que o torna susceptível a diversas infecções” (COC,2007)

Ainda que a anemia falciforme não seja uma patologia nutricional a intervenção do profissional de nutrição é indispensável para melhorar a qualidade de vida do portador. Os nutricionistas da Atenção Primária à Saúde (APS) estão de forma mais próxima e influenciadora junto as famílias e pacientes o que otimiza o tratamento com orientações básicas e educação alimentar direcionada a “recuperação do estado nutricional, cicatrização de feridas, crescimento e desenvolvimento adequados e prevenção de sinais e sintomas da doença falciforme” (UFMG,2019).

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