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A OBESIDADE INFANTIL: O PAPEL DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL FRENTE A ESTA PROBLEMÁTICA

Por:   •  21/12/2017  •  Artigo  •  2.862 Palavras (12 Páginas)  •  792 Visualizações

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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

NÁDIA RAMOS SILVA

OBESIDADE INFATIL: O PAPEL DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL FRENTE A ESTA PROBLEMÁTICA

IRECÊ – BA

2017

UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

NÁDIA RAMOS SILVA

OBESIDADE INFATIL: O PAPEL DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL FRENTE A ESTA PROBLEMÁTICA

Artigo científico apresentado à Universidade Cândido Mendes – UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Nutrição Clínica e Esportiva.

IRECÊ – BA

2017

OBESIDADE INFATIL: O PAPEL DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL FRENTE A ESTA PROBLEMÁTICA

Nádia Ramos Silva

RESUMO

A obesidade na infância é marcada por causas multifatoriais, relacionadas principalmente a quantidade de energia consumida e a energia gasta. A educação alimentar e nutricional é uma estratégia de promoção à saúde que não se baseia em proibições, mas em contribuir para o indivíduo a alimentar-se de forma responsável, respeitando as quantidades. Com tais considerações o objetivo deste trabalho foi caracterizar as estratégias de educação nutricional na prevenção e tratamento da obesidade infantil. Foi realizado um levantamento bibliográfico e os dados foram coletados a partir da análise dos seguintes critérios: a educação em saúde como um cuidado na prevenção e tratamento da obesidade infantil; o impacto de atividades lúdicas na orientação quanto à importância da alimentação saudável; a importância da alimentação saudável no crescimento e desenvolvimento infantil. Constata-se que as ações de educação alimentar e nutricional durante a infância facilita o aprendizado quanto a práticas alimentares saudáveis e quando realizada de forma lúdica aumenta o interesse dos participantes em tais intervenções.

Palavras-chave: Educação alimentar e nutricional. Obesidade infantil.  Alimentação saudável.

Introdução

O presente trabalho tem como tema o papel das estratégias de educação nutricional na prevenção e tratamento da obesidade infantil.

Nesta ótica, construíram-se questões que nortearam este trabalho:

  • Qual a importância da alimentação saudável no desenvolvimento e crescimento infantil?
  • De que forma as ações educativas realizadas por nutricionistas podem contribuir para prevenção e tratamento da obesidade infantil?
  • Quais os impactos gerados em crianças após as atividades de educação nutricional?

A obesidade infantil tem como parâmetros o acúmulo excessivo de gordura no organismo, causando prejuízos à saúde. É considerada uma doença genética e multifatorial (ambientais, psicossociais, culturais, hereditários, alimentares, hormonais e metabólicos) que interligados resultam em um balanço energético no qual a retenção crônica é maior que a perda diária (DOMINGUES; OLIVEIRA, 2006).

A inquietude com a patologia ultrapassa a questão estética, a grande preocupação surge dos conhecimentos já adquiridos dos efeitos da obesidade, principalmente relacionados a níveis cardiovasculares, ortopédicos e respiratórios, além de ser um preditivo de obesidade na vida adulta (SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008).

Por este motivo o tratamento da obesidade infantil visa, não somente o cuidar da parte estética, mas principalmente, permitir uma maior qualidade de vida, superior à conseguida com a manutenção ou agravamento do estado obeso. O tratamento para a obesidade infantil é baseado em três aspectos: a orientação alimentar, a estimulação a atividade física e os aspectos psicológicos da obesidade (DAMIANI; CARVALHO; OLIVEIRA, 2002).

Nesse contexto surge o nutricionista, profissional capacitado para trabalhar com a alimentação em todas as fases da vida, cabendo ao mesmo à utilização da educação alimentar e nutricional (EAN), incentivando os hábitos alimentares saudáveis que, desde a infância, além de prevenir a obesidade pode ainda evitar o surgimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) (CRN2, 2011).

É notório que a EAN tem um importante papel em relação ao processo de transformação, recuperação e promoção de hábitos alimentares saudáveis. Como proposta dietética, defende que é possível emagrecer e manter o peso comendo diversos alimentos, já que a sua base não é a proibição e sim o respeito às quantidades estabelecidas previamente. Além de ser um método sensato, saudável e seguro, volta-se para a formação de valores, para o prazer, a responsabilidade, a atitude crítica, assim como para o lúdico e a liberdade (BUENO et al, 2011).

Para atender os objetivos propostos, este estudo foi realizado através da pesquisa bibliográfica. Foi realizado um levantamento, seleção e documentação dos materiais já publicados sobre o assunto em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses e dissertações.

O texto foi baseado nas ideias dos seguintes autores: Costa et al (2009), Gemelli; Mendes (2007), Martinez; Pereira; Soar (2010), Oliveira; Costa; Rocha (2011), SILVA et al (2014) e Silveira; Andrade; Guimarães (2009).

Desenvolvimento

No Brasil, até o século passado, as publicações envolvendo a nutrição eram concentradas nos aspectos da desnutrição. Entretanto, era evidenciada uma situação característica de "transição epidemiológica nutricional", marcada por uma diminuição de doenças transmissíveis e aumento nas doenças crônicas não transmissíveis. Neste contexto, são observados dois extremos de má alimentação: Desnutrição pela carência e obesidade pelo excesso. Desta forma, a obesidade caracteriza-se, na atualidade, um importante problema de saúde pública, pelas suas elevadas taxas de prevalência, não somente em adultos, mas principalmente em crianças (LAMOUNIER, 2009).

Para Silva e Polubriaginof (2012) a obesidade pode ser compreendida como um agravo de caráter multifatorial, englobando questões biológicas, econômicas, sociais, culturais e políticas.

Dentre as causas apontadas para o surgimento ou agravo da patologia, pode ser incluído o convívio escolar. A escola é, depois do ambiente familiar, o local em que as crianças passam por uma intensa fase de socialização. Novas influências serão sofridas, e assim, existe uma maior inclinação para a repetição de comportamentos, bons ou ruins, de professores e outras crianças.

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