AS TÉCNICAS DIETÉTICA
Por: Brianna Martins • 24/11/2020 • Trabalho acadêmico • 2.240 Palavras (9 Páginas) • 184 Visualizações
ANÁLISE DA COBERTURA DE CONSULTAS PRÉ-NATAL DA REGIÃO NORTE DO BRASIL, NO PERÍODO DE 2007 A 2015.
Brianna Freitas Martins1
Flávia da Silva e Silva2
Jadson Oliveira de Alcântara3
Maria do Carmo Gomes Viana4
Victoria Chaves Lima5
Vanessa Christina Costa da Silva6
RESUMO
Introdução: Embora a gestação possa ser vivida de maneira tranquila por muitas mulheres, em alguns casos, a ocorrência de complicações clínicas pode colocar em risco a saúde da gestante e do bebê, daí a importância da assistência pré-natal como primeiro passo para um parto e nascimento saudável. Este artigo objetivou analisar a cobertura de consultas pré-natal na região norte do Brasil no período de 2007 a 2015. Método: Foi realizado um estudo epidemiológico retrospectivo, utilizando dados quanto ao número de consultas de pré-natal de nascidos vivos notificados ao Ministério da Saúde, disponíveis no DataSus. As categorias para análise foram número de consultas e proporção de nascidos vivos por região. Resultados: No ano de 2007, em 5% dos nascimentos ocorridos na região norte, a mãe não tinha realizado nenhuma consulta pré-natal; e 32% realizaram 7 ou mais consultas pré-natais. No ano de 2011, em 5% dos nascimentos, a mãe não tinha realizado nenhuma consulta pré-natal; e 40% realizaram 7 ou mais consultas. No ano de 2014, em 0,8% dos nascimentos, a mãe não tinha realizado nenhuma consulta pré-natal; e em 40,4% foram realizados 7 ou mais consultas. No ano de 2015, em 0,6% dos nascimentos ocorridos nessa região, a mãe não tinha realizado nenhuma consulta pré-natal; e em 42,3% foram realizados 7 ou mais consultas. Conclusão: Os dados disponíveis mostraram uma cobertura pré-natal em que ainda persistem desigualdades no cuidado adequado, necessitando de estratégias essenciais e favoráveis facilitando o acesso e o contato efetivos de assistência pré-natal, especialmente na região norte.
Palavras chave: Epidemiologia. Cuidado pré-natal. Gestação.
ABSTRACT
Introduction: Although pregnancy can be lived in a peaceful way by many women, in some cases, the occurrence of clinical complications can put the health of the pregnant woman and the baby at risk, hence the importance of prenatal care as the first step towards delivery and healthy birth. This article aimed to analyze the coverage of prenatal consultations in the north region of Brazil in the period from 2007 to 2015. Method: A retrospective epidemiological study was carried out, using data regarding the number of prenatal consultations of newborns reported to the Ministry of Health, available on DataSus. The categories for analysis were number of consultations and proportion of live births by region. Results: In 2007, in 5% of births in the north region, the mother had not attended any prenatal consultations; and 32% had 7 or more prenatal consultations. In 2011, in 5% of births, the mother had not attended any prenatal consultations; and 40% had 7 or more consultations. In 2014, in 0,8% of births, the mother had not attended any prenatal consultations; and 40,4% had 7 or more consultations. In 2015, in 0,6% of births, the mother had not attended any prenatal consultations; and 42,3% had 7 or more consultations. Conclusion: The available data showed prenatal coverage in which inequalities in adequate care still persist, requiring essential and favorable strategies facilitating effective access and contact with prenatal care, especially in the northern region.
Key words: Epidemiology. Prenatal care. Pregnancy.
INTRODUÇÃO
A qualidade da assistência pré-natal segue sendo um grande desafio no atendimento à gestante. Embora a gestação possa ser vivida de maneira tranquila por muitas mulheres, em alguns casos, a ocorrência de complicações clínicas pode colocar em risco a saúde da gestante e do bebê. De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000), a assistência pré-natal é o primeiro passo para um parto e nascimento saudável, ou seja, ele fez a promoção e a manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento, além de trazer informações e orientação sobre a evolução da gestação e do trabalho de parto a parturiente. Recomenda-se que o pré-natal seja de preferência o mais precoce possível, a fim de permitir o acompanhamento médico dessa gestante de forma integral fornecendo-a informações de como realizar a manutenção de uma gestação saudável e permitindo uma assistência periódica adequada. Assim, a captação precoce das gestantes, periodicidade de consultas, cobertura integral e qualidade no atendimento são alguns indicadores que auxiliam na avaliação da eficácia deste serviço, que deve ser prestado de forma individualizada às gestantes (BRITO et al, 2019).
O Ministério da Saúde preconiza que o cuidado pré-natal deve ser realizado com mínimo de 6 consultas, de forma regular e completa (BRASIL, 2012). Neste ínterim, o principal objetivo do atendimento pré-natal é promover a diminuição da taxa de morbimortalidade materno-infantil, contribuindo decisivamente desde o conforto da mulher durante o período gestacional, bem como durante o parto onde ocorrem as complicações que podem levar ao aumento da morbimortalidade neonatal. Na região norte pela constatação de menor adequação, cobertura e pior desempenho os níveis se tornam elevados da falta de pessoas da área da saúde, pobreza e sem cobertura assistencial que acentua uma desigualdade social e sanitária (ANJOS e BOING, 2016).
A análise da distribuição de indicador de cobertura pré-natal, segundo áreas geográficas, é um instrumento valioso na pesquisa em saúde materno-infantil por contribuir para o entendimento dos processos envolvidos na determinação das condições de saúde da mulher e do recém-nascido (FARIAS, 2014). Sob esta perspectiva, este artigo objetivou analisar a cobertura de consultas pré-natal na região Norte do Brasil, entre os anos de 2007 a 2015.
DESENVOLVIMENTO
O acompanhamento do pré-natal e da atenção ao parto é reconhecido como importante estratégia para prevenir ou reduzir o risco de mortalidade, tanto para a gestante como para a criança (ANJOS e BOING, 2016; FARIAS, 2014).
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