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Instituto de Biologia Departamento de Zoologia e Genética

Por:   •  15/12/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  595 Palavras (3 Páginas)  •  848 Visualizações

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Universidade Federal de Pelotas

Instituto de Biologia

Departamento de Zoologia e Genética


A doença celíaca, também conhecida como enteropatia glúten-induzida, e com outros nomes menos usados atualmente, tais como: espru celíaco e espru não-tropical é uma doença autoimune, sendo causada pela intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, no centeio, na cevada, na aveia e no malte que se expressa por enteropatia mediada por linfócitos T em indivíduos geneticamente predispostos.

Não se sabe ao certo quais são os fatores que desencadeiam a doença. Pesquisas foram feitas e, a partir delas é possível afirmar que alguns fatores aumentam as chances para uma pessoa torna-se celíaca, dentre eles: a carga hereditária, a genética; Síndrome de Down; Síndrome de Turner; Síndrome de Williams; tireoidite; diabete do tipo 1.

Esta enfermidade tem predominância em indivíduos faiodérmicos (cor de pele parda) ainda que existam relatos de sua ocorrência em indivíduos melanodérmicos (cor de pele negra) e pode atingir qualquer faixa etária. Vale ressaltar que em crianças de 6 meses a 5 anos de idade os danos a saúde podem ser maiores em função do glúten agredir e danificar as vilosidades do intestino delgado, prejudicando a absorção dos alimentos que por consequência compromete o desenvolvimento. Ocorre mais comumente em mulheres, na proporção de 2:1.

Existem 3 formas de apresentação da Doença Celíaca: clássica ou típica, não clássica ou atípica e assintomática ou silenciosa

As 3 formas apresentam alguns sintomas diferentes, mas em geral, os sintomas intestinais incluem diarreia crônica ou prisão de ventre, inchaço e flatulência, irritabilidade, e pouco ganho de peso. Os pacientes podem apresentar atraso de crescimento e de puberdade, anemia da carência de ferro, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado. A doença celíaca também pode não apresentar nenhum sintoma.

Importante também citar a dermatite herpetiforme, considerada Doença Celíaca da pele, que também esta relacionada com a intolerância permanente ao glúten e tem como sintoma: lesões cutâneas do tipo bolhoso e intensamente pruriginoso.

O tratamento consiste em uma dieta restritiva, que extingue de forma permanente o glúten. A partir disso, ocorre a normalização da mucosa intestinal e das manifestações clinicas.

É válido destacar que o diagnóstico tardio ou a falta de tratamento pode desencadear a alteração da permeabilidade da membrana intestinal por longo período de tempo e a absorção de macromoléculas poderá gerar quadro de hipersensibilidade alimentar, resultando em manifestações alérgicas. Este quadro deve ser considerado quando o indivíduo não responde adequadamente à dieta sem glúten e apresentar negatividade nos exames sorológicos para Doença Celíaca. Em função da falta de tratamento, o poder de absorção de macronutrientes e micronutrientes ficam comprometidos, como já foi dito anteriormente, devido aos danos às vilosidades do intestino delgado, ocasionando assim deficiências nutricionais (ferro, ácido fólico, vitamina B12, cálcio) que precisam ser diagnosticadas e tratadas. Estes mesmos danos geram deficiência na produção das dissacaridases na dependência do grau do seu acometimento. Sendo assim, a intolerância temporária a lactose e sacarose deve ser diagnosticada, este quadro pode ser reversível com o tratamento da dieta restritiva.

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