O Comportamento Alimentar No Universo Feminino

INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA ALIMENTAÇÃO

COMPORTAMENTO ALIMENTAR NO UNIVERSO FEMININO

Juliana Beatriz Coutinho Pereira¹

Janaina Tavares Fernandes Bitencurt¹

Sabrina Dos Santos Moraes¹

Suzana Greeff¹

Gleice Rubert²

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho consiste em mostrar a relevância e o apoio que as mídias sociais exercem no universo feminino associado ao comportamento alimentar e seus fatores. O comportamento alimentar é um fenômeno complexo, que vai além da atitude de comer, pois está diretamente relacionado com o consumo de alimentos, além disso, devemos considerar os fatores orgânicos, psicológicos e sociais, caracterizado como um conjunto de ações associadas ao alimento, esses fatores exercem grande influência no comportamento alimentar do ser humano. Atualmente a era digital tem uma conexão muito grande nas questões relacionadas a alimentação, especificamente na divulgação de produtos e serviços com foco voltado para as mulheres que além das tarefas e responsabilidades do dia a dia,  elas estão sempre em busca de um padrão imposto pela sociedade (padrões estéticos) e que em geral também é imposto nas redes sociais. Importante salientar que a influência dessas redes aumentam a insatisfação das mesmas com seu próprio corpo, surtindo um grande impacto no comportamento alimentar e na percepção da imagem corporal.  Isso tudo faz com que as mulheres estejam sempre em busca continua do corpo ideal, na maioria das vezes, elas se utilizam de métodos que podem ser prejudiciais à saúde, como: dieta restritivas, chás emagrecedores, medicamentos que reduzem o apetite, podendo trazer consequências clínicas, físicas, emocionais e psicológicas, isto tudo tem sido amplamente divulgado nas redes sociais, repercutindo diretamente na saúde (física e mental) dessas mulheres, muitas vezes, podendo desenvolver algum tipo de transtorno no comportamento alimentar.  Diante do exposto, esta pesquisa tem como finalidade analisar o impacto das redes sociais no comportamento alimentar feminino.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O poder da mídia pela sociedade e pela globalização impõe contradições, através de noticiários, propagandas e publicidades, a mídia conduz ao mesmo tempo o apelo de hábitos de vida saudável e anúncios que estimulam o consumo de alimentos extremamente calóricos.

Com a influência da mídia na área alimentícia, as mulheres, principalmente, sofrem um forte impacto. Essas mulheres buscam alcançar o corpo ideal, e isso pode levar a transtornos alimentares, pois elas têm mais chances de desenvolver tais transtornos, porque sofrem com a insatisfação em relação a sua imagem corporal, em decorrência da cobrança social e a ditadura da beleza imposta pelas mídias sociais (RODRIGUES, 2019).

A concepção de corpo perfeito ou belo vem passando por modificações ao longo dos tempos e os padrões de beleza do passado são bem distintos dos padrões atuais (PEREIRA et al., 2009). Em séculos anteriores, a gordura foi sinônimo de saúde, beleza e sedução. A partir do século XX esse conceito passa por transformações, a magreza representa o novo ideal de beleza e a gordura é relacionada à doença e falta de controle sobre o peso (ANDRADE,2003).

Transtornos alimentares são definidos como distúrbios psiquiátricos, podendo ser desencadeados por diversas causas como biológicas, psicológicas, clinicas e socioculturais, e os principais fatores de risco são: idade, sexo, distorções da imagem corporal e experiências alimentares ruins.

 

Você̂ já deve ter ouvido falar de Anorexia Nervosa (NA) e da Bulimia Nervosa (BN), elas também são transtornos alimentares muito conhecidos tendo impacto direto no comportamento e na autoestima podendo desencadear graves prejuízos clínicos, psicológicos e de convívio social.

 

Na anorexia nervosa acontece ao individuo uma severa perda de peso ocasionada por privação alimentar e praticas excessivas de atividades físicas, sendo o objetivo ficar cada vez mais magra. Já a bulimia nervosa o individuo consome uma grande quantidade de comida e logo após provoca vômito ou utiliza laxantes e diuréticos.

 

Nas redes socias, como no Instagram e o YouTube, pessoas tem acesso a conteúdos sobre alimentos, dietas e emagrecimento, na grande maioria os usuários que não tem formação na área da nutrição, e que acabam promovendo “modismos alimentares”. Temos também as fakes News estas são descritas como informação falsas pois as fontes não são de profissionais em sua área de conduta.

 

A busca pelo corpo ideal leva a pessoas do sexo feminino a se submeter a dietas restritivas com objetivo de se encaixar no padrão imposto pela mídia. Dietas restritivas são quando o individuo se abstém parcialmente ou totalmente do consumo de determinado alimento ou nutriente. Temos também como uma “solução” para alcançar o corpo imposto pela mídia as cirurgias plásticas, que corrigem o que não agrada.

 

Cabe aos profissionais de nutrição contribuírem na desconstrução deste padrão, promovendo à divulgação de informações corretas, sendo um profissional capacitado para este fim, ajudando pessoas a resgatarem autonomia sobre à alimentação para que não sejam escravas de um corpo ideal, juntamente com o conselho federal de nutricionistas denunciando praticas inadequadas.

Citação Direta Curta

“O nutricionista deve estar presente nas redes sociais com o objetivo de propagar informações verídicas sobre nutrição e alimentação, educando a população e promovendo uma alimentação saudável e equilibrada.” (Andrade, 2003, p 9)