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O que é obesidade?

Por:   •  4/11/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  10.755 Palavras (44 Páginas)  •  543 Visualizações

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INTRODUÇÃO

 O que é obesidade?

A obesidade não é um fenômeno recente. Sabe-se da existência de indivíduos obesos já na época paleolítica, há mais de 25.000 anos. A sua prevalência, no entanto, nunca atingiu proporções tão epidêmicas com as atuais. A obesidade vem aumentando em praticamente todos os países em que há acesso a alimentos. Os termos sobrepeso e obesidade geralmente são utilizados de maneira igual, mas tecnicamente possuem significados diferentes. O sobrepeso denota um peso corporal acima do padrão, peso por estatura de uma população. Entretanto a palavra obesidade é um termo mais específico que se refere ao grau de gordura, que é o real problema da saúde.

O fenômeno da obesidade é descrito, como um desequilíbrio entre as calorias ingeridas e sua queima pelo organismo. Quando a quantidade calórica ingerida é maior que a necessidade (balanço calórico positivo), o excedente se acumula no organismo na forma de gordura.

A origem e a manutenção de tal distúrbio se relacionam a fatores internos externos ao sujeito, os quais estão interligados. Portanto é uma questão multifatorial complexa que congrega aspectos de ordem psicofísica e social, requer, como tal, uma abordagem interdisciplinar para sua compreensão, diagnóstico e tratamento.

Do ponto de vista conceitual obesidade não deveria ser considerada uma doença, mais sim, uma síndrome, ou seja, um estado mórbido caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas atribuíveis a mais de uma causa. Dessa síndrome pode-se dizer genericamente que a obesidade resulta de um desbalanceamento entre a energia gasta e a energia consumida, redundando em um armazenamento excessivo de energia, sob a forma de triglicérides no tecido adiposo.

A obesidade é o resultado da acumulação excessiva de gordura capaz de gerar doenças. Contudo, nem toda a gordura é da mesma maneira prejudicial para a saúde. A gordura quando visceral, isto é, a que se encontra dentro da cavidade abdominal junto dos órgãos, é a verdadeiramente perigosa, porque é aquela que se acompanha de co-morbilidades.

Doença crônica

 As doenças crônicas acompanham o indivíduo durante um tempo relativo da sua vida e, em muitos casos não há cura, apenas tratamentos periódicos, tornando-se assim um agravante no bem-estar e qualidade de vida do indivíduo.  

As doenças crônicas podem ser classificadas em duas categorias: transmissíveis ou infecto contagioso e não transmissíveis. Entre as doenças transmissíveis estão: AIDS, hepatite B e C e tuberculose. Já entre as não transmissíveis estão às doenças cardiovasculares como o câncer, doenças respiratórias ex: asma, bronquite, Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC) e doenças metabólicas como a obesidade, diabetes, hiper e hipotireoidismo, dislipidemia, entre outras.

As doenças crônicas não transmissíveis não têm causas específicas e podem ser decorrentes de múltiplos fatores relacionados, principalmente, à condição de saúde (obesidade, doenças congênitas ou genéticas, ocorrência de outras doenças crônicas, co-morbidades) e aos hábitos de vida (sedentarismo ou excessos físicos, estresse, alimentação inadequada, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas). Fatores genéticos também contribuem e são considerados importantes em algumas das doenças crônicas.

A primeira complicação da obesidade esta intimamente relacionada ao excesso de tecido adiposo, porém nem sempre se resolve de imediato, com o emagrecimento: a aparência física e as alterações da estima.

Isto é, quem uma vez foi obeso, mesmo que emagreça e volte ao peso normal, é sempre potencialmente obeso. E, mais cedo ou mais tarde, pode novamente engordar.

É enorme a probabilidade de se verificar um aumento de peso após prévios tratamentos de emagrecimento com sucesso.

Quem emagrece consegue se curar de muitas doenças relacionadas ao excesso de peso, mas a obesidade é diferente. Obesidade é considerada uma doença crônica. Doença crônica é aquela que não tem cura, tem controle. Não é possível curar a obesidade, mas é possível controlar e prevenir a obesidade.

Na maioria das doenças crônicas a prevenção ocorre, principalmente, por meio da adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, prática de atividades físicas, além da realização de consultas e exames clínicos de rotina, permitindo assim uma vida melhor e mais longa.

As doenças crônicas aparecem com maior prevalência em idosos a partir dos 60 anos, e de forma ainda mais evidente em pessoas acima dos 80 anos. Este predomínio decorre principalmente do processo de envelhecimento natural do ser humano e pode ser acelerado pelo estilo de vida de cada um. Porém, o estresse e hábitos de vida inadequados podem desenvolver doenças crônicas precocemente, impactando na vida pessoal e profissional. As doenças crônicas causam limitações, reduzem a qualidade de vida e podem ocasionar morte precoce.

Fatores socioeconômicos para a obesidade

Estes fatores influem fortemente na obesidade, sobretudo entre as mulheres. Em alguns países desenvolvidos, a frequência da obesidade é mais do dobro entre as mulheres de nível socioeconômico baixo do que entre as de nível mais alto. O motivo pelo qual os fatores socioeconômicos têm uma influência tão poderosa sobre o peso das mulheres não se compreende completamente, mas sabe-se que as medidas contra a obesidade aumentam com o nível social. As mulheres que pertencem a grupos de um nível socioeconômico mais alto têm mais tempo e recursos para fazer dietas e exercícios que lhes permitem adaptar-se a estas exigências sociais.

A prevalência da obesidade está a aumentar em alguns países desenvolvidos, tendo-se registrado um aumento muito considerável na última década. Por exemplo, nos Estados Unidos, de acordo com estudos estatísticos de saúde, a percentagem de pessoas obesas atinge 33 % para os homens e 35 % para as mulheres. A variação torna-se mais evidente com a idade e a origem étnica, sendo duas vezes mais frequente entre as pessoas de idade avançada do que entre os jovens e mais acentuada entre as mulheres de meia-idade de etnia negra do que entre as brancas da mesma idade. Por exemplo, os valores oscilam em torno de 60 % nas primeiras e 33 % nas últimas. Contudo, não existe muita diferença entre os homens, qualquer que seja a sua origem étnica.

Sedentarismo  Obesidade

O excesso de peso e a obesidade aumentam o risco do desenvolvimento de doenças crônicas (hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, câncer), o que é agravado ainda mais pelo sedentarismo. Ainda, por mais contraditório que possa parecer, a obesidade pode ocorrer junto com um quadro de desnutrição, em função de uma dieta pobre em vitaminas e minerais.

O ato de jogar games é tradicionalmente uma atividade sedentária. Contudo, provavelmente a maioria das situações passa pela troca de atividades físicas saudáveis, como esportes e brincadeiras ativas, por ficar sentado na frente do jogo. Assim, não há gasto de energia suficiente para evitar o aumento de peso. Em alguns casos pode até haver uma relação direta com a obesidade, na medida em que ao jogar a pessoa se sinta mais ansiosa ou irritada e isso acabe levando a um comportamento alimentar mais compulsivo e desregrado.

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