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Resumo Bioquímica Obesidade

Por:   •  30/6/2019  •  Resenha  •  1.589 Palavras (7 Páginas)  •  305 Visualizações

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  1. OBESIDADE: VISÃO GERAL

É o distúrbio dos sistemas reguladores do peso corporal e caracteriza-se por armazenamento de excesso de gordura corporal. Na antiguidade devido a escassez de alimentos, o corpo via uma necessidade de armazenar o excesso de calorias em gordura, hoje o estilo de vida é sedentário e estamos expostos a uma ampla variedade de alimentos extremamente calóricos, contribuindo para a epidemia da obesidade, crianças e adolescentes se apresentam mais vulneráveis atualmente. Estados Unidos lidera ranking como maior taxa de população obesa, cerca de 25%.

  1. DETERMINAÇÃO DE OBESIDADE

A quantidade de gordura corporal é difícil de se medir diretamente, em geral utiliza-se o IMC (Índice de Massa Corporal). É um dos índices utilizados para determinação de gordura corporal, assim como a utilização de uma fita métrica.

  1. IMC (Índice de Massa Corporal)

O IMC ([peso em kg]/[altura em metros]²) fornece uma medida do peso relativo à altura. Após fzer a conta e chegar no valor, nós temos as seguintes classificações: Valor saudável entre 19,5 e 24,9. Valor de sobrepeso situa-se entre 25 a 29,9 e valor de risco igual ou superior a 30, sendo que o valor 40 é alarmante. Qualquer indivíduo com sobrepeso de mais de 45 kg é considerado gravemente obeso.

  1. DIFERENÇAS ANATÔMICAS NA DEPOSIÇÃO DA GORDURA

A disposição anatômica da deposição da gordura no corpo possui grande influência no risco para a saúde, predominantemente possuímos dois tipos:

Formato de maçã: cintura e quadril mais de 0,8 para mulheres e 1,0 para homens, onde há maior deposição de gordura no tronco do que no quadril, maior disposição em homens e mais nociva a saúde.

Formato de pêra: cintura e quadril menor que 0,8 para mulheres e menor que 1,0 para homens, onde há maior deposição de gordura no quadril do que na cintura. Se apresenta menos perigoso que o formato de maçã, é mais comumente visto em mulheres.

Depósitos subcutâneos e viscerais: Cerca de 80 a 90% da gordura humana é localizada subcutaneamente, logo abaixo da pele, na região abdominal e gluteofemoral. Cerca de 10 a 20% da gordura localizada nos depósitos viscerais, que aumenta os riscos à saúde.

  1. DIFERENÇAS BIOQUÍMICAS NOS DEPÓSITOS LOCALIZADOS DE GORDURA

Especialmente nas mulheres, as células adiposas subcutâneas da região gluteofemoral são maiores, mais eficientes para armazenar gordura e tendem a mobilizar ácidos graxos mais lentamente que os adipócitos subcutâneos abdominais. Adipócitos viscerais são mais ativos metabolicamente. É observado maior índice de risco em indivíduos com maior adiposidade abdominal.

Função endócrina: o adipócito é uma célula endócrina que secreta diversos hormônios, como a leptina, que regula o apetite e o metabolismo. A adiponectina, uma citocina produzida pelos adipócitos, reduz os níveis de ácidos graxos livres no sangue e tem sido associada a melhora do perfil lipídico e do controle glicêmico e redução da inflamação em pacientes diabéticos.

Importância da circulação porta: Os depósitos viscerais de gordura podem ter uma grande influência sobre desequilíbrios metabólicos relacionados à obesidade, citocinas secretadas pelo tecido adiposo, assim como ácidos graxos livres liberados da gordura abdominal, entram na veia porta e, assim, têm acesso direto ao fígado. Ácidos graxos e citocinas inflamatórias liberadas do tecido adiposo visceral são captados pelo fígado, o que pode levar à resistência à insulina e ao aumento na síntese de triacilgliceróis, liberados como lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL), que contribuem para a hipertrigliceridemia. Em contraste, os ácidos graxos livres originários de depósitos subcutâneos de gordura entram na circulação geral, de modo que podem ser oxidados pelo músculo, alcançando o fígado em menor concentração.

  1. TAMANHO E NÚMERO DE CÉLULAS ADIPOSAS

Pequenas perdas ou ganhos de peso em pessoas não obesas afetam principalmente o tamanho, mas não o número de adipócitos, quando so adipócitos atingem seu tamanho máximo, ganhos de peso posteriores são conseguidos por recrutamento e proliferação de novos pré-adipócitos, a perda de peso ocorre principalmente pela redução do tamanho do adipócito. O tecido adiposo pode sofrer remodelação e adipócitos podem ter vida média de 10 anos. Quando o excesso de calorias não é suportado pelo tecido adiposo, acaba vazando ácidos graxos para órgãos como fígado e músculo, podendo causar uma resistência à insulina, vinda da gordura ectópica. O obeso que consegue perder peso não diminui o n° de adipócitos, mas sim o seu tamanho, o que faz com que o indivíduo ganhe peso novamente.

  1. REGULAÇÃO DO PESO CORPORAL

Há uma crença acerca do ponto fixo, que é uma estabilidade de peso nos indivíduos. Se o peso cai, há a adição de tecido adiposo, visto que o apetite aumenta e o gasto de energia dimui. Se o peso aumenta, há perda de tecido adiposo, visto que há a perda de apetite e aumento de gasto de energia, porém aparentemente fatores do ambiente como disposição de alimentos pode criar uma espécie de ponto ajustado, onde o peso parece flutuar ao redor desse “ponto ajustado”.

CONTRIBUIÇÕES GENÉTICAS À OBESIDADE: crianças adotadas possuem peso correlacionado com os pais biológicos. Gêmeos idênticos possuem IMC mais semelhantes do que gêmeos dizigóticos não idênticos. Algumas mutações, que são raras, podem ocorrer em alguns genes, como no gene do hormônio leptina, hormônio produzido pelas células adiposas que mantem o controle do apetite, mutações ocorrem nas células adiposas ou em seu receptor, aumentando o apetite e consumo de alimentos, que é denominada hiperfagia. Indivíduos obesos apresentam níveis elevados de leptina e resistência aos efeitos reguladores.

  1. CONTRUBUIÇÕES AMBIENTAIS E COMPORTAMENTAIS

Hoje nós possuímos estilos de vida onde não há grande esforço físico ao longo do dia, consequentemente não há um dispêndio calórico, aliado a isso temos fácil acesso a alimentos extremamente calóricos e baratos, o tamanho das porções, número de refeições entre outros, são fatores que estão contruibuindo para o aumento de obesidade. Porém existem pessoas que mesmo expostas a isso tudo não apresentam obesidade, assim deduz-se que obesidade pode ser explicada como a interação dos genes do indivíduo com o ambiente.

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