Trabalho de bioquimica
Por: Joao Ricardo Aretuza Castro • 24/2/2017 • Relatório de pesquisa • 1.610 Palavras (7 Páginas) • 563 Visualizações
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CURSO: BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
SEMESTRE: II
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA II
PROFESSOR (A): ANA RAQUEL OLIVEIRA MANO
RELATÓRIO – SABOR E ABSORÇÃO
Acadêmica: THAYLA GUTIHELLEN
Limoeiro do Norte
Setembro de 2016
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O termo digestão significa o fracionamento de grandes moléculas dos alimentos em substâncias mais simples, as quais podem ser assimiladas pelo corpo, o que engloba diversas funções tais com (1) absorção dos produtos finais da digestão pelos líquidos corporais, (2) transporte desses produtos para as células onde serão utilizados e (3) modificação química de alguns deles para formar outras substâncias que são particularmente necessárias para diversos propósitos. Logo, a função desses processos é a de suprir nutrientes para as reações químicas do metabolismo, sendo de natureza tanto física quanto química (GUYTON, 2011).
O sentido do paladar, por exemplo, é um sentido químico e os receptores gustativos são excitados por substâncias químicas presentes nos alimentos que são ingeridos. Dessa forma, as sensações gustativas, obviamente, participam da regulação da dieta, pois a agradabilidade determina o que tende a ser escolhido ou rejeitado, e por sua vez é determinada pelo estado nutricional do alimento. Haja vista, se uma pessoa passou algum tempo sem consumir sal, a sensação salgada torna-se extremamente agradável, e vice-versa. Assim, a qualidade da dieta é variada automaticamente de acordo com as necessidades do corpo. Isto é, a falta de um tipo particular de nutriente, muitas vezes, intensifica uma ou mais sensações gustativas e faz com que a pessoa escolha os alimentos que tenham o gosto característico do nutriente deficiente. No entanto, grande parte do considerado paladar, na verdade, é olfato, porque os alimentos que são introduzidos na boca exalam odores que chegam até o nariz, o qual diferencia os sabores característicos de cada um (GUYTON, 2011).
Após o início da digestão na boca e sua continuação no trato gastrintestinal, o alimento chega ao intestino delgado, mais especificamente no duodeno, pré-digerido e finalizando o processo de digestão, enquanto inicia o processo de absorção. O intestino delgado é a parte crítica do trato intestinal para absorção de nutrientes. Nesse local, o alimento é misturado a diversas secreções que permitem sua digestão e absorção, e as funções de motilidade servem para garantir a mistura adequada e a exposição do conteúdo intestinal (quimo) à superfície de absorção. Os estímulos que regulam os processos são mecânicos e químicos e incluem a distensão da parede intestinal e a presença de prótons, osmolaridade elevada e nutrientes no lúmen intestinal (KOPPEN & STANTON, 2009).
O segmento mais distal do trato gastrointestinal é chamado intestino grosso, composto pelo ceco, pelas porções ascendente, transversal e descendente do cólon; pelo reto e pelo ânus. As funções primárias do intestino grosso são a de digerir e de absorver os componentes da refeição, que não podem ser digeridos ou absorvidos, mais proximalmente, reabsorver o fluido remanescente, que foi utilizado durante o movimento da refeição ao longo do trato gastrointestinal, e armazenar os produtos que sobraram da refeição, até que possam ser convenientemente eliminados do corpo. Para a execução dessas funções, o intestino grosso utiliza padrões de motilidade característicos e expressa mecanismos de transporte que impulsionam a absorção dos fluidos, eletrólitos e outros solutos. O intestino grosso também contém ecossistema biológico único, consistindo em muitos trilhões das chamadas bactérias comensais, comprometidas em processo de simbiose, por toda a vida, com seu hospedeiro humano. Essas bactérias podem metabolizar componentes da refeição que não são digeridos pelas enzimas do hospedeiro e tornam seus produtos disponíveis para o corpo, via processo conhecido como fermentação. As bactérias colônicas também metabolizam outras substâncias endógenas como ácidos biliares e bilirrubina, influenciando, dessa forma, sua disposição. Existem novas evidências de que a microbiota colônica está, criticamente, envolvida na promoção do desenvolvimento do epitélio colônico normal e em estimular suas funções diferenciadas (KOPPEN & STANTON, 2009).
2 OBJETIVO
O propósito do experimento foi observar os processos químicos e físicos relacionados com a identificação dos sabores pelo paladar e as etapas que envolvem a absorção de nutrientes no trato gastrintestinal, bem como a formação de excretas.
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS UTILIZADOS
Para realizar o experimento foram empregados os seguintes materiais:
- Colheres descartáveis;
- Copos descartáveis;
- Solução de açúcar (1-2% de água potável);
- Solução de sal (1-2% de água potável);
- Suco de tamarindo sem açúcar (concentração de 80%);
- Suco de limão sem açúcar (concentração de 80%);
- Fralda descartável;
- 2 esponjas secas;
- Béqueres de 250 mL;
- Batata;
3. 2 PROCEDIMENTO
O procedimento foi realizado por etapas e com base nos seguintes passos:
A. Sentindo os sabores
- Adicionou-se uma colher de cada amostra de solução acima destacadas em um copo plástico;
- Respingou-se uma gota de cada uma das soluções em regiões diferentes da língua, mantendo-a seca antes de gotejar a solução;
- Anotou-se as conclusões.
B. Absorção 1
- Colocou-se 150 mL de água num béquer de 250 mL;
- Adicionou-se uma esponja seca;
- Anotou-se as observações.
C. Absorção 2 e osmose 1
- Retirou-se os flocos de gel absorvente presentes no interior da fralda descartável;
- Recolheu-se uma colher do gel, depositando-o num béquer de 250 mL e acrescentando-se 50 mL de água;
- Esperou-se 5 minutos;
- Virou-se o recipiente de cabeça para baixo e conferiu-se se o gel estava molhado ou seco;
- Separou-se um pouco do gel com água em outro recipiente e acrescentou-se sal;
- Anotou-se as observações.
D. Osmose 2
- Pegou-se duas rodelas de batata;
- Adicionou-se sal a uma delas;
- Observou-se.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao término do experimento foram obtidos os resultados listados a seguir:
Na etapa A, observou-se processo análogo ao de percepção dos sabores, sob o qual faz-se algumas considerações. A ingestão do alimento pela boca permite que seja possível diferenciar tipos gerais de sabores, baseado na recepção de fatores químicos característicos, como ilustrado na Figura 1, criando a falsa premissa de que regiões da língua são responsáveis por perceberem um determinado sabor, porém, existem outros fatores envolvidos nessa função, a qual é exercida em conjunto com o nariz (olfato) e o córtex cerebral (centro integrador do SNC), os quais diferenciam os sabores específicos de cada alimento, e aquele último gera uma resposta que permite a consciência do que foi ingerido (GUYTON, 2011).
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