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Bioquimica fisiológica

Por:   •  17/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.454 Palavras (10 Páginas)  •  366 Visualizações

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1 - CONCEITO DE IMUNIDADE

Para Abbas e Lichtman (2009), os mecanismos de defesa de um indivíduo são constituídos por uma imunidade inata, responsável pela proteção inicial contra as variadas infecções, e também pela imunidade adquirida, que se desenvolve mais lentamente e está relacionado coma defesa tardia e mais eficaz do organismo contra as infecções. Quando se fala em imunidade inata, se referencia a imunidade natural ou nativa, ou seja, ao fato de que esse tipo de defesa está constantemente presente nos indivíduos saudáveis, e é responsável por bloquear a entrada de microrganismos e eliminar rapidamente os que conseguem penetrar os tecidos dos hospedeiros. Em contra partida, a imunidade adquirida, é o tipo de defesa estimulada pelos microrganismos que invadem os tecidos, e adaptando-se dos invasores microbianos. Benjamini, Coico e Sunshine (2002) explicam que a imunidade inata são elementos que incluem componentes da superfície e componentes internos, como a pele, as membranas mucosas e os reflexos da tosse, os quais formam espécies de barreiras contra agentes nocivos do ambiente, as influencias químicas como pH e ácidos graxos secretados formam barreiras efetivas contra esses invasores. Já a imunidade adquirida, considerada pelos autores como mais especializada, pois se dá a partir do contato especifico com o agente invasores, isto dá início a uma série de eventos em cadeia que levam a ativação das células linfócitos e a síntese de proteínas especificas que irão agir em contato com o agente estranho. No “ANEXO A”, é apresentado um esquema da imunidade inata e imunidade adquirida

2. AIDS, DOENÇA AUTOIMUNE.

Com o surgimento da AIDS no princípio da década de 80, algumas mudanças significativas tiveram que ser tomadas em diversas áreas, principalmente na área da saúde, por se tratar de uma doença sexualmente transmissível. A disseminação da AIDS tem provocado uma serie de preocupações entre os trabalhadores da saúde, e isso se deve a dois fatores: de um lado, as preocupações dos trabalhadores quanto ao risco ocupacional ao HIV, e por outro, o aparecimento do preconceito em relação a doença, que contribuíram para a demora e dificuldade para atendimento dos serviços de saúde aos pacientes portadores do HIV/AIDS (SENNA, GUIMARÃES E PORDEUS, 2005). Para Belman (2002), a Aids é causa pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana), que é transmissível por relações sexuais (orais, vaginais, anais), por agulhas e seringas infectadas e compartilhadas, e pela mãe para seu filho por meio da gravidez, parto e amamentação. Após a contaminação, o indivíduo pode passar por anos de forma assintomática, por tanto nem todos os portadores de HIV tem Aids, à medida que o vírus vai agredindo o sistema imunológico e começam aparecer os primeiros sinais e sintomas de doenças, é indicativa de que a Aids já se instalou.

2.1 VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)

O HIV, é um retrovírus envelopado da família dos lentivírus, existem dois tipos descritos, o HIV-1 (o mais virulento) e HIV-2. A porção central deste vírus contém dois filamentos de RNA genômico e três enzimas: integrase, protease e transcriptase reversa, estas informações em contato com a membrana celular do hospedeiro, que contém glicoproteínas virais, são propícias para a infecção viral. O genoma do HIV apresenta uma longa cadeia terminal de repetições o LTR, este é necessário para que haja a integração viral e irá apresentar locais de ligações para proteínas regulatórias. Quando a célula T (linfócito) é ativada pelo antígeno ocorre uma serie de reações, que resulta na transcrição do pro-virus pelo RNA polimerase do hospedeiro, nisto o RNA mensageiro transcrito é captado em locais alternativos para a síntese proteica. São sintetizadas duas primeiras proteínas, a Tat e Rev, a primeira retorna ao núcleo da célula atuando como um fator de transcrição, ligando-se ao LTR e aumentando a taxa de transcrição viral, já a segunda, também retorna e atua no núcleo ligando-se ao elemento Rev do RNAm transcrito e aumentando a taxa de transporte do RNA para o citoplasma. Quanto maior e mais rápido for o transporte do RNAm, menor recomposições ocorre no núcleo, desta forma mais proteínas são sintetizadas preenchendo componentes estruturais no cerne viral. O HIV apresenta uma incrível taxa de mutações durante o processo de infecção do indivíduo (BENJAMINI, COICO E SUNSHINE, 2002). De acordo com Abbas e Litchman (2009), o HIV é um vírus que causa a destruição progressiva nas células de linfócito T CD4, em resumo o ciclo do HIV consiste na infecção das células, produção do DNA viral e sua integração no genoma do hospedeiro, expressão dos genes virais e produção de partículas virais. Os autores ainda explicam que, as características que culminam uma infecção por este vírus se descreve como uma doença leve e aguda com febre e mal estar, a doença regride em poucos dias, e entra em um período de latência clínica, nesta latência ocorre a perda progressiva de linfócitos T CD4, e a taxa imunológica cai, com isto os pacientes ficam susceptíveis as infecções de diversos agentes invasivos. Conforme Cotran et. al. (2000), a infecção ocorre em três estágios. 1) Fase de infecção aguda inicial: 3 a 6 semanas de infecção o indivíduo apresenta febre, dor de garganta, mialgias, fadigas, etc. Os sintomas regridem em resposta do sistema imune do indivíduo. 2) Fase assintomática: Nesta etapa o vírus permanece em replicação ativa, principalmente nos tecidos linfoides, havendo destruição gradativa dos linfócitos T, esta fase pode durar até 10 anos. 3) Fase Crônica: este período se caracteriza pela degradação do sistema imunológico do paciente, ocorrendo o surgimento de sinais e sintomas como perda de peso, fadiga, diarreia etc., acompanhado de afecções oportunistas, alterações neurológicas, neoplasias. Neste estágio final o paciente já é diagnosticado com a doença da Aids. É possível visualizar um esquema do vírus HIV no “ANEXO B”.

2.2 DISTÚRBIOS METABÓLICOS CAUSADOS PELO HIV

Uma infecção pelo vírus HIV/Aids é claramente associada a distúrbios metabólicos no organismo do indivíduo portador, aumentado um maior risco para doenças cardiovasculares. Dados do Multicenter Aids Cohort Study (MACS), apontam um surgimento quatro vezes maior de Diabetes Melito do tipo 2 em homens portadores do HIV, quando comparados com homens soronegativos. É possível afirmar que alterações nos lipídeos são altamente prevalentes em indivíduos portadores do vírus. O vírus desempenha um papel

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