Cisto osseo

Descoberto geralmente de forma acidental, em avaliações de rotina, o cisto ósseo traumático, também chamado de cisto ósseo hemorrágico, cisto ósseo solitário ou cisto unicameral, não ocorre frequentemente. É centro de muitas discussões uma vez que apresenta etiologia desconhecida, podendo ser confundido com cisto dentígero, ceratocisto odontogênico, tumor odontogênico adenomatóide, ameloblastoma, granuloma central de células gigantes ou ainda, estar associado com outra patologia como púrpura trombocitopênica. O tratamento cirúrgico consiste na curetagem da cavidade e do seu conteúdo, podendo ser de característica gasosa, liquida ou semi-solida. O presente projeto trará um levantamento bibliográfico, por meio da revista da literatura nacional e internacional, bem como o relato de um caso clínico-cirúrgico. Objetivando, principalmente, chamar a atenção da comunidade acadêmica e clínica sobre tal patologia. Além da participação nas clínicas de Estomatologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de Marília para investigação das radiografias e sinais sugestivos da doença. Seu tratamento é relativamente simples, e seu prognóstico é bom. Contudo, a literatura não é clara quanto à predileção ao gênero e a idade. Em um estudo, a faixa etária mais encontrada foi entre 11 e 20 anos. Em outro, a idade variou entre os 8 e 59 anos. Quanto ao gênero as discordâncias continuam. Alguns autores referem predileção da patologia pelo feminino, já outros autores relataram que dos 204 casos descobertos no trabalho 59% eram homens e 41% mulheres.Quanto à disposição topográfica, o cisto pode ocorrer em regiões de pré-molares, molares e ramo ascendente da mandíbula. Os autores observaram a ocorrência de 25 % na maxila. Este tipo de cisto ocorre predominantemente na mandíbula. No caso apresentado observou-se o cisto na região de corpo mandibular esquerdo, corroborando com a literatura consultada que teve na mandíbula a principal incidência da patologia.No que se refere aos achados clínicos, essa patologia geralmente apresenta-se assintomática, sem sintomas de plenitude ou necrose pulpar.

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