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INVESTIGAÇÃO MICROSCÓPICA DO ÁPICE DA RAIZ

Por:   •  28/5/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.529 Palavras (11 Páginas)  •  386 Visualizações

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INVESTIGAÇÃO MICROSCÓPICA DO ÁPICE DA RAIZ

A necessidade de um exato e completo conhecimento da anatomia topográfica e microscópica do ápice dentário tem sido reconhecida. O fato de esses estudos não terem sido feitos foi reconhecido por Orban, Blayney, Skillen, Grove, Ono e outros.

Anatomia, é claro, é a fundação da arte e a ciência de curar. A parte terminal do canal radicular e os tecidos que o cercam são o centro da maior parte da atividade e a maior preocupação no tratamento e o preenchimento do canal radicular. Os trabalhos de Preiswerk, Fischer, Hess, Barrett e Davis e outros que datam do fim do último século e do começo do século presente, tem como o seu exclusivo centro de interesse o número de canais radiculares e suas divisões.

Até o presente, o endodontista tem trabalhado com informação extremamente pobre. A radiografia do ápice raramente oferece uma visão clara da parte terminal do canal, assim sendo, uma pessoa é obrigada a usar informação não provada cientificamente. A maioria da informação disponível foi obtida de um número limitado de estudos, a maioria macroscópico, de ápices principalmente em secções transversais da raiz.

A ideia predominante de anatomia topográfica e microscópica do ápice, isso é, a direção, forma, diâmetro e assim por diante da parte terminal do canal, a localização do forame, seu tamanho e a expessura do cemento, é completamente errônea. Blayney, Grove e muitos outros autores compartilham essa mesma opinião. As asserções extremistas sobre o ápice feitas pelos oponentes de Grove só produziram uma confusão maior.

MATERIAL E MÉTODO

Duzentos e sessenta e oito dentes foram obtidos, noventa e cinco por cento desse foram extraídos de cadáveres. Alguns dos dentes tinham cárie superficial. Todos os dentes não tinham doenças periapicais e estavam em oclusão normal.

Apenas dentes de cadáveres que a idade era conhecida foram usados. Uma série de dentes eram de cadáveres entre 18 e 25 anos e as outras séries eram de cadáveres de 55 anos e mais velhos.

Após os dentes terem sido limpos, as raízes foram cortadas, e a polpa foi extraída com uma broca farpada que alcançava apenas o terço apical. Uma gota de tinta foi imediatamente posta na abertura do canal e conduzida para dentro com uma broca fina e suave até a tinta aparecer no forame ou nos forames. Com uma lupa, foi determinado que o forame (quando se tinha apenas um) era encontrado no fim ou no centro do ápice. Neste exemplo, as raízes eram igualmente utilizáveis para secção, seja no sentido mesio-distal ou vestíbulo-lingual. Se o forame era encontrado um pouco em direção ao lado distal ou mesial do ápice, o corte era feito no sentido mesio-distal, se era em direção ao lado vestibular ou lingual, a secção era feita conformemente. Se houvesse dois ou mais forames, a secção era no mesmo plano de forma que incluísse ambos ou todos eles.

A secções eram obtidas pela moagem (ato de moer) inicial com a pedra do motor de duas superfícies paralelas da raíz (apenas no últimos 4 ou 5 mm do ápice) com o canal colorido com tinta aparecesse. Com a ajuda da lupa, rodas e discos de diamantes afinavam a raíz. O polimento final então era completado com discos de lixa. Muitas da raízes eram desperdiçadas ou quebradas no processo de afinamento, Em outros era impossível obter informação em todos os 21 fatores a serem investigados.

As raízes eram submergidas num pequeno poço com eosina e estudados com um microscópio com uma ampliação de 21 diâmetros, ou de 56 diâmetros quando necessário. As medições das raízes foram feitas com micrômetro ocular de 37,5 diâmetros. A informação obtida destas medições foram anotadas em colunas especiais, e médias aritméticas foram computadas (Tabelas 1 e 2). Todas as preparações foram esboçadas e classificadas (Figura 1).

A faixa etária de 18 à 25 foram escolhidos pois o ápice é completamente formado neste estágio, até mesmo em terceiros molares. Foi estimado que quando um dente oclui com seu antagonista (Tabela 3), 3 anos são necessários para a formação de seu ápice. Poucos dentes foram discartados quando observados com a lupa e ápices incompletos ou forames eram notados, especialmente terceiros molares. O segundo grupo incluías dentes de pessoas com 55 anos e mais velhas.

Aproximadamente uma metade das secções eram vestíbulo-linguais. A outra metade era mesio-distal, o único aspecto visto na radiografia.

Na maior parte dos exemplos, oito dentes de cada tipo foram obtidos, isto é, oito incisivos centrais superiores, oito incisivos laterais superiores e assim por diante.

Esta pesquisa foi realizada para ajudar a melhorar o tratamento de canais de raízes; assim sendo, o canal principal, o mais central e vertical, ou o de maior calibre, isto é, o qual o instrumento endodôntico iria seguir, parecia mais interessante. O canal lateral, secundário e canais acessórios menores, embora esboçados e notados, não forame estudados pois na maioria dos casos eles não apresentam problemas clínicos. Nas bifurcações e deltas dos canais onde a maioria se aproximava do eixo principal eram estudados, isto é, aqueles que ofereciam as maiores possibilidades do instrumento endodôntico entrar e assim o forame principal poderia ser alcançado.

O forame neste estudo é entendido sendo uma linha circunferencial do canal que forma um ângulo acima da superfície do canal, ou, em outras palavras, a circunferência linear do fim do canal.

RESULTADOS

Em 32% das raízes dos dentes da primeira série ( os de 18 à 25 anos), o centro do forame principal foi localizado no vértice apical ou central e geralmente seguido do eixo do canal. Na segunda série de dentes (os de 55 anos ou mais velhos) a coincidência do centro do forame e o vértice ou centro do ápice foi encontrado em 20%. As 68% raízes restantes da primeira série tinham o centro do forame um tanto para fora ou em direção a algum lado do centro do vértice do ápice, enquanto que na segunda série, 80% eram localizados para fora do centro ou vértice do ápice.

A distância média entre o vértice ou centro apical e o centro do forame foi 495 mícrons na primeira série e 607 mícrons na segunda série.

O diâmetro médio do forame da primeira série foi de 502 mícrons e aqueles da segunda série foi de 681 mícrons.

O diâmetro do forame é raramente verificado sendo perpendicular ao eixo do canal apical; mesmo assim, exemplos dessa situação eram anotados. Um diâmetro era medido o qual a linha partia de uma ponta do forame mais próximo do eixo do canal, cruzava o eixo do canal perpendicularmente e terminava na outra ponta dentro do canal; assim sendo, o diâmetro perpendicular era menor que o diâmetro do forame. O diâmetro médio dos forames perpendiculares para o eixo do canal apical na primeira série foi de 375 mícrons e na segunda série foi de 425 mícrons. Com o resultado da separação destes dois diâmetros, a base triangular é formada. Esta base media 255 mícrons na primeira série e 287 mícrons na segunda série.

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