ORTODONTIA LINGUAL (APARELHO INVISÍVEL)
Por: Livia Nicia • 11/5/2019 • Artigo • 575 Palavras (3 Páginas) • 321 Visualizações
ORTODONTIA LINGUAL (APARELHO INVISÍVEL)
Nas duas últimas décadas, a procura de adultos por um tratamento ortodôntico teve um aumento considerável. Atualmente em algumas clínicas, o tratamento de adultos chega a ultrapassar 50% dos pacientes em tratamento.
Os motivos se devem ao envelhecimento da população e a melhoria do status social da mesma. E indubitavelmente a estética do sorriso e uma correta oclusão influenciam notavelmente na vida social das pessoas.
Muitos autores consideram um paradoxo que um paciente que, em sua maioria, consulta o ortodontista para otimizar seu sorriso e estética, deva ser portador de bráquetes durante um período de 1 a 2 anos, os quais afetam notavelmente sua aparência estética.
A ortodontia lingual surge como uma alternativa completamente invisível para satisfazer esta demanda. A ortodontia lingual não foi conseqüência de uma demanda estética, pois foi iniciada no Japão por Kinja Fujita para proteger os pacientes praticantes de artes marciais de um possível impacto contra os bráquetes
Segundo alguns autores, as mais importantes vantagens dos aparelhos linguais são:
1) É o tratamento ortodôntico mais estético possível;
2) Maior eficiência nos casos de sobremordida profunda;
3) utiliza o efeito do “bite plane” no tratamento das desordens têmporo-mandibulares;
4) evita perda de bráquetes nos casos de mordida cruzada anterior;
5) qualquer descalcificação em razão da associação do aparelho e a má higiene acontecem por lingual, não comprometendo faces vestibulares e;
6) melhor ancoragem.
7) Pode-se avaliar completamente a estética do resultado mesmo antes da remoção do aparelho.
Também não altera o perfil dos tecidos moles durante uma avaliação final.
As desvantagens seriam:
1) A técnica requer maior tempo de cadeira ao paciente;
2) Tratamento com o custo bem superior ao convencional;
3) Pode ocorrer auto-rotação mandibular em razão do “bite plane” nos bráquetes ântero-superiores e;
4) Controle vertical e transverso necessitam maior conhecimento e técnica profissional.
Autores afirmam que quatro situações distintas são mais efetivas na técnica lingual que a labial, por causa de sua mecânica característica única, isto inclui a intrusão de dentes anteriores; maior facilidade na expansão maxilar; combinação da terapia do reposicionamento mandibular com os movimentos ortodônticos e distalização de molares superiores.
Fujita, no ano de 1971, propôs utilizar arcos contínuos, aplicados sobre os dentes da arcada superior sobre suas superfícies palatinas e por lingual sobre os dentes da arcada inferior. Para isso foram desenvolvidos brackets especiais que permitem encaixar o arco desde oclusal ou lingual. Os arcos, que chegam até o primeiro molar, têm uma forma parecida ao perfil de uma seta. Em geral se utilizam arcos seccionais por vestibular do primeiro e segundo molares, especialmente quando no segundo molar superior for inserido um arco facial (A,B arco extra-oral).
O aparelho utilizado sobre a superfície lingual é praticamente invisível do exterior. Esta vantagem estética melhora a atitude do paciente com respeito ao tratamento. Com isso se motiva suficientemente, uma vez que desfruta de um sorriso mais bonito a medida que o tratamento evolui. Outra vantagem é a de manter tal aparelho na boca com fins retentivos, sem que o paciente se sinta afetado em sua estética. Pelo contrário, com a utilização de aparelhos vestibulares tem que enfrentar-se frequentemente com o desejo do paciente de livrar-se o quanto antes possível do aparelho visível, uma vez terminado o tratamento.
Tanto o ortodontista como o paciente têm que aceitar algumas condições de trabalho desagradáveis por causa das manipulações intra-orais que devem ser feitas. Ao princípio do tratamento podem aparecer dificuldades na fala e irritações na mucosa da língua.
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