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A Carcinoma Espinocelular em cães – Caso “Branca”

Por:   •  11/5/2020  •  Relatório de pesquisa  •  553 Palavras (3 Páginas)  •  500 Visualizações

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Carcinoma Espinocelular em cães – Caso “Branca”

O carcinoma espinocelular (CEC), carcinoma de células escamosas ou carcinoma epidermóide é uma neoplasia epitelial maligna, com origem nos queratinócitos, células diferenciadas que compõem o tecido epitelial, além de serem as células mais abundantes da epiderme, encontrando-se nos cinco estratos que as constituem.

O CEC pode comprometer qualquer parte da pele, como tronco, orelha, pálpebras, região inguinal e axilar. Um trabalho realizado por pesquisadores mostrou que 39 cães com CEC, 17,94% dos casos se localizaram na mama; alguns autores designam a mama como o local mais afetado por CEC. Tende acometer cães com intervalo de idade entre 6 a 10 anos, contudo, não se descarta a possibilidade de ocorrência em cães jovens. Porém, a predisposição é por animais mais idosos, fato explicado por inúmeras causas, entre eles a exposição precoce a fatores de risco, como radiação solar. Acomete animais de ambos os sexos, não apresentando predisposição sexual; porém animais de pelo curto, com pelagem branca ou malhada, pouca pigmentada, ou até mesmo despigmentada, devido a ausência de melanina, têm uma maior predisposição para este tumor.

As lesões de CEC cutâneo podem manifestar-se de forma proliferativa ou erosiva. O CEC proliferativo é caracterizado por lesões de diferentes tamanhos; sua superfície sangra com uma maior facilidade, e geralmente encontra-se ulcerada. Já as lesões características do tipo erosiva, apresentam-se superficiais, crostosas e com o tempo ficam profundas. Estas úlceras podem vir a ter proliferação bacteriana, resultando em um exsudato purulento à superfície da massa tumoral.

Este tumor por norma é localmente invasivo, infiltra a derme e os tecidos subcutâneos subjacentes, metastizante, principalmente nos linfonodos regionais.

O diagnóstico presuntivo é feito com base na anamnese e exame físico. Perguntas como: duração da lesão, rapidez de crescimento, coloração, presença de plurido, entre outras, devem ser feitas ao proprietário. Para o diagnóstico definitivo a biópsia é essencial. As massas devem ser medidas tridimensionalmente; exames como radiografia não se faz necessário, exceto quando a lesão é invasiva ao osso.

O estadiamento do tumor é necessário, pois avalia o tamanho e o grau da infiltração no tecido subcutâneo. Para fazer o estadiamento utiliza-se o sistema de classificação TNM (tumor, linfonodo, metástase). Esse sistema possibilita a descrição detalhada. Com base no estadiamento, juntamente com as informações do animal pode-se decidir o protocolo terapêutico mais adequado.

A excisão cirúrgica é o tratamento de eleição quando as lesões são detectadas precocemente. Recomenda-se excisão com margem de 1 a 3 cm para o controle de recidivas. Em alguns casos deve se associar o ato cirúrgico com radioterapia e/ou quimioterapia.

O prognóstico de CEC cutâneo é variável, depende do grau de diferenciação das células tumorais e de quando é detectado. É uma neoplasia localmente invasiva, mas que tarda em metastizar.

No dia 17 de abril de 2018, foi levado ao Hospital Veterinário da Unipar a “Branca”, SRD, com 8 anos de idade, de pelagem branca, castrada, com vacinação e desparasitação atrasada. A “Branca” apresentava massa na região abdominal, próximas as glândulas

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