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RELATO DE CASO: CARCINOMA DE CELULAS ESCAMOSA EM UM CANINO

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Por:   •  3/10/2014  •  2.497 Palavras (10 Páginas)  •  512 Visualizações

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RELATO DE CASO: CARCINOMA DE CELULAS ESCAMOSA EM UM CANINO

CASE REPORT: SQUAMOUS CELL CARCINOMA IN A CANINE

RESUMO

O objetivo do trabalho é relatar um caso de carcinomas de células escamosas em um cão da raça boxer, macho, de nove anos de idade, foi encaminhado ao Hospital Veterinário do Centro Universitário da Grande Dourados onde apresentava uma massa amorfa na parte do testículo. Foi realizada a coleta de material e enviado para avaliação histopatológica. Foi observado presença de grupos celulares multifocais aleatórios com aspecto morfológico de células da camada espinhosa e não revestidos por cápsula fibrosa. Carcinomas de células escamosas desenvolvem em locais onde os animais possuem poucos pelos, ou então em áreas com pouca pigmentação ou completamente sem pigmentação. Esses carcinomas se apresentam em dois tipos, sendo por lesões proliferativas e o que se manifesta por lesões erosivas

Palavras-chaves: carcinomas de células escamosas, canino, lesões proliferativas

ABSTRACT

The objective of the work is to tell a case of carcinomas of scaly cells in a dog of the race boxer, male, nine years old, was directed to the Veterinary Hospital of the University Center of the Great Gildings where presented an amorphous mass in the part of the testicle. It was accomplished the material collection and correspondent for histopathological evaluation. Presence of groups cellular random multifoca was observed with morphologic aspect of cells of the thorny layer and no covered by fibrous capsule. Carcinomas of scaly cells develop at places where the animals possess few for the, or then in areas with little pigmentation or completely without pigmentation. Those carcinomas come in two types, being for lesions proliferative and what shows for erosive lesions

Word-key: scaly, canine carcinomas of cells, proliferative lesions

INTRODUÇÃO

O carcinoma de células escamosas (CCE) é definido como uma tumefação dos queratinócitos (DUNN, 2001). É comum em todas as espécies de animais, sendo prevalente em animais jovens. Também chamada de carcinoma de células espinhosas, carcinoma espinocelular ou carcinoma epidermóide. Possui origem epidérmica, e apresenta um tumor diferenciado, isto é, de modo solitário e com superfície ulcerada (FERNANDES, 2001).

A grande incidência de diagnóstico de CCE em animais domésticos ocorrem devido ao aumento da expectativa de vida dos mesmos, que foi conseguido com melhorias adquiridas na nutrição, vacinações e práticas terapêuticas preventivas. Em contrapartida ao avanço da área, é exigida do médico veterinário que atua no atendimento clínico diário, a atualização dos seus conceitos, os quais devem estar sedimentados sobre uma base sólida. É essencial todo conhecimento que envolva desde a formação, classificação, os mecanismos de invasão local e metástase.

O presente trabalho teve o objetivo de relatar um caso de carcinoma de células escamosa diagnosticado em um cão.

REVISAO DE LITERATURA

Os carcinomas de células escamosas se desenvolvem com maior incidência em regiões glabras, isto é, em locais onde os animais possuem poucos pelos, ou então em áreas com pouca pigmentação ou completamente sem pigmentação (SCOTT et al., 2001; MEDLEAU; HINLICA al; 2003). As lesões do CCE podem ser desenvolvidos de modo solitário ou em multiplicidade. O aspecto macroscópico das lesões vai depender da sua etiologia e da fase de evolução em que a doença se encontra (RODASKI; WERNER et al, 2009).

Ainda não existem estudos suficientes para determinação da etiologia dos CCE, porém a causa mais aceita é a da exposição a luz ultravioleta, com conseqüente lesão do ácido desoxirribonucléico (DNA) e mutagenicidade associada (MURPHY et al., 2000).

Em muitos relatos, o animal apresenta feridas que não se cicatrizam, sendo que, em muitas situações, elas permanecem de meses a anos, sem que haja um diagnóstico conclusivo. O desenvolvimento da lesão se inicia pelo desenvolvimento de um eritema (causado por aquecimento e possivelmente também por alterações fotoquímicas) e descamação. Neste período o animal ainda não demonstra nenhum incomodo, apesar da região afetada já se apresentar mais quente, macia e edemaciada que as outras regiões (MOORE; OGILVIE, 2001).

Com o passar dos dias, se a exposição ao sol tiver continuidade começam a se desenvolver crostas, erosões, comedões, alopécia perilesional, placas hiperqueratóticas endurecidas, espessamentos, máculas mal definidas e pápulas. Nesta fase o animal irá apresentar desconforto, começando a desenvolver auto-traumatismo ao se coçar, levando à formação de úlceras. Estas lesões são características de queratose actínica (QA) e podem continuar ativas formando crostas e descamando por muito tempo. Entretanto, estas lesões para chegar ao estágio de neoplasias pode levar de meses anos (GROSS et al., 2005).

Os CCE se apresentam em dois tipos, sendo por lesões proliferativas e o que se manifesta por lesões erosivas (ulcerativas). O CCE proliferativo se caracteriza pela formação de lesões com diferentes tamanhos, podendo se apresentar desde alguns milímetros a vários centímetros, variando de placas firmes e avermelhadas a massas papilares de vários tamanhos, com aparência de uma couve-flor. De modo geral se encontra ulcerada e sua parte superior sangra com facilidade (NORTHRUP; GIEGER, 2010).

As lesões do tipo erosivo (ulcerativo) no inicio se apresentam apenas superficialmente, e possuem crostas ou ulcerações apresentando tamanhos diferentes, e este tipo de lesão são as mais associadas à exposição crônica à radiação UV (SCOTT et al., 2001).

Quando o CCE é causado por dano solar na pele as lesões tumorais pode ser acompanhadas de eritema, descamação seguida de formação de crostas, adelgaçamento da epiderme (lesões pré-neoplásicas) e ainda por outros tumores cutâneos que também sejam induzidos pela radiação solar, como hemangiomas e hemangiossarcomas dérmicos (HARGIS, 1990).

A anamnese é o primeiro passo para se diagnosticar as lesões no animal, mas a confirmação apenas pode ser feita por citologia aspirativa por agulha fina (CAAF) ou biópsia de pele e exame histopatológico (TATIBANA et al., 2011).

O diagnóstico definitivo CCE é confirmado após a observação do aspecto clínico, da cor do animal e da história. A biópsia da

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