As Instalações para Gado de Leite
Por: Soraya Barbosa • 20/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.665 Palavras (7 Páginas) • 411 Visualizações
Universidade Federal do Piauí[pic 1][pic 2]
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Morfofisiologia Veterinária
COMPORTAMENTO ANIMAL
Prof: Dr. Amilton Paulo Raposo Costa
Raphael Briseno (Mestrando)
CINOMOSE EM CÃES
Soraya Nunes Barbosa
TERESINA – 2018.2
CINOMOSE EM CÃES
INTRODUÇÃO:
A cinomose em cães é uma doença infecciosa, viral e que atinge vários órgãos, ou seja, é sistêmica, podendo atuar em todo o organismo. Em casos mais severos, chega a afetar os neurônios e o sistema nervoso central. É uma doença que acomete, geralmente, cães mais jovens em seu primeiro ano de vida (os mais atingidos são filhotes de 3 a 6 meses de vida. Esse período coincide com a perda dos anticorpos maternos presentes no corpo do filhote), mas pode também infectar animais mais velhos que por alguma razão não tenham sido imunizados anteriormente com vacinas próprias, ou que por estresse ou alguma doença seu sistema imunológico se encontra debilitado.
É altamente contagiosa entre os cães, sendo causada por um vírus da família paramixoviriadae e gênero morbilivírus. É um vírus bastante agressivo, oportunista e resistente que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio, nessas condições dura em média três meses no ambiente após a retirada do portador. Porém é um vírus muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns, durando menos de um mês em local quente e úmido. Algumas raças tem mais chances de contrair cinomose, como Greyhound, Husky Siberiano, Weimaraner, Samoieda e Malamutes do Alaska. Mas nenhuma raça de cachorro está livre de contrair o vírus, inclusive vira-latas. Entre os profissionais veterinários há, ainda, a crença de que cachorros de raças braquicéfalas (de focinho curto) apresentem uma resistência maior ao problema; no entanto, não há comprovações para essa suspeita.
A transmissão se dá através de animais que se contaminam por contato direto com outros animais já infectados (secreção do nariz e boca é a principal fonte de infecção) ou pelas vias aéreas quando respiram o ar já contaminado ou por fômites, que são objetos que já tiveram contato com o portador da cinomose.
Alguns animais doentes podem ser assintomáticos, ou seja, não apresentarem sintomas, porém estão disseminando o vírus para outros animais ao seu redor através de secreções oculares, nasais, orais ou pelas fezes, sendo que a principal fonte de transmissão é através de espirros, pois quando o animal espirra, elimina gotículas de água pelo nariz e estas gotículas estão contaminadas com o vírus. Este ato de espirrar pode contaminar cães sadios que estiverem por perto ou até um humano mesmo não sendo contaminado, pois não é uma zoonose, pode carregar o vírus nas suas roupas ou sapatos, indo até um animal sadio, onde será depositado. Portanto, o cão pode se infectar por via respiratória ou digestiva, através de contato direto ou fômites (um humano, por exemplo) e até por água e alimentos que contenham secreções de animais contaminados.
A taxa de mortalidade da cinomose é de 85%, ou seja, apenas 15% conseguem sobreviver à doença. Muitas vezes o cão não morre da doença, mas fica com sequelas neurológicas tão graves que precisa ser sacrificado. As sequelas mais comuns entre os animais que conseguem sobreviver e não precisam necessariamente ser eutanasiados, são: Tiques nervosos, Tremores musculares, Bambeza generalizada (dificuldade de andar), Paralisia de um membro ou todos.
Com uma população canina de mais de 37 milhões, o Brasil conta com, apenas, cerca de 7 milhões de cães vacinados anualmente; o que significa que a maior parte dos cachorros do País permanecem suscetíveis à contaminação da doença. Embora, periodicamente, haja campanhas especiais para conscientizar a população que tem bichinhos de estimação como parte da família – oferecendo, inclusive, a vacina para os cães de maneira gratuita - o número de vacinações no País ainda deixa muito a desejar; levando em conta que, além da cinomose, há uma série de outras doenças contagiosas e bastante prejudiciais para os animais, que seguem sem proteção.
SINTOMAS:
Depois que o animal foi infectado, ocorre um período de incubação de 3 a 6 dias ou até 15 dias, que é o tempo que o vírus leva para começar a agir dentro do organismo e fazer com que o cão apresente os sintomas. Após isso, o animal apresenta febre que pode chegar até os 41º C com perda de apetite, apatia (ficar quieto demais), vômito e diarreia, corrimento ocular e nasal. Estes sintomas iniciais podem durar até 2 dias.
Após isso, o animal pode se apresentar com o comportamento normal, como se estivesse curado, passando uma ideia de que poderia ter sido acometido apenas de um mal-estar temporário. Essa falsa ideia de que está tudo de volta ao normal pode permanecer por meses.
Após isso, surgem os sinais patognomônicos (específicos), da cinomose e a intensidade destes sinais dependerão do sistema imune de cada animal.
Dentre estes sinais típicos podemos citar vômito e diarreia, novamente o corrimento ocular e nasal e sinais de alteração do sistema nervoso como falta de coordenação motora (o animal parece estar “bêbado”), tiques nervosos, convulsões e paralisias.
De acordo com o estado do sistema imunológico do animal como um todo, ele pode vir a óbito diante de apenas um só sintoma ou pode sobreviver desenvolvendo todos os sintomas, a todas as fases com prognóstico desconhecido.
Pela ordem geralmente, os primeiros sintomas da segunda fase (aquela após meses em estado normal) são a febre, falta de apetite, vômitos, diarreia e dificuldade de respirar (dispnéia). Posteriormente, conjuntivite com muita secreção ocular, secreção nasal acentuada e pneumonia. Passada uma ou duas semanas, os sintomas neurológicos são apresentados. Diante destes sintomas, o cão pode ficar agressivo, tendo dificuldade em reconhecer seu dono, pois ocorre uma inflamação no cérebro. Pode ocorrer também uma paralisia dos músculos da face e diante disso o cão não consegue beber água, pois a paralisia não permite que ele abra a boca. As lesões cerebrais e medulares devido ao vírus podem causar paralisia no quarto posterior como se o animal estivesse “descadeirado”, ou apresentar incoordenação motora. Os sintomas tendem a piorar conforme os dias se passam, de forma lenta ou rápida, dependendo de cada animal, porém não regridem depois do vírus já estar devidamente instalado no organismo.
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