CAIXA DE ALIMENTOS PROTÉICOS, ENERGÉTICOS E REGIONAIS E SEU USO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
Por: Pollyanna Freitas • 8/10/2018 • Trabalho acadêmico • 2.899 Palavras (12 Páginas) • 389 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
CAIXA DE ALIMENTOS PROTÉICOS, ENERGÉTICOS E REGIONAIS E SEU USO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
MANAUS
2018
ESTER COSTA DOS SANTOS
INGRA BEATRIZ REBOUÇAS PENALBER
POLLYANNA DA SILVA FREITAS
YULY GUIMARÃES
CAIXA DE ALIMENTOS PROTÉICOS, ENERGÉTICOS E REGIONAIS E SEU USO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
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MANAUS
2018
INTRODUÇÃO
No seguinte trabalho, serão abordados alguns dos diferentes tipos de ingredientes utilizados na formulação de rações para animais, incluindo suas características nutricionais, pontos críticos, alguns processos de obtenção e de controle de qualidade. Não são apresentados e discutidos aqui todos os aspectos e alimentos utilizados na nutrição animal, mas todos aqueles considerados mais importantes, os quais contribuem para formação de técnicos críticos e para o aperfeiçoamento de profissionais que já militam na área.
Farelo de Castanha de Caju
O Farelo de Castanha de Caju (FCC) é um subproduto da castanha, obtido a partir de castanhas impróprias para o consumo humano ou fora dos padrões aceitáveis. É um ótima opção de alimentação animal principalmente por sua abundância em algumas regiões, como o Nordeste. Em comparação a soja e ao milho, que são outros alimentos usando na alimentação animal, o FCC apresenta valores energéticos e proteicos e valores de cálcio e fósforo mais elevado, além de maior valor energético também. Sabendo disso, é possível que o FCC possa substituí-los parcialmente na alimentação de ruminantes, mas com os devidos cuidados em relação a outros fatores, como o excesso de lipídeos que possui.
O farelo de castanha de caju apresenta valor nutricional satisfatório, de 91,0% de Matéria Seca; 22,1% de Proteína Bruta; 35,8% de Extrato Étereo; e 6,9% de Matéria Cinza. A suplementação de FCC junto com rações à base de feno de capim tifton proporcionam maior consumo de PB e EE por parte dos animais, o que acontece, principalmente pelo alto teor de proteínas e lipídeos presentes no FCC.
Apesar de serem encontrados muitos resultados positivos, quanto a indicação do uso do farelo da castanha de caju na alimentação animal, principalmente de aves, ainda se faz necessário um maior aprofundamento no que se diz respeito à nutrição e à influência do alimento na fisiologia digestiva do animal para que assim seja definido o real potencial desse subproduto de baixo custo por se tratar de resíduo da agroindústria.
Farinha de Sangue
A Farinha de Sangue é o produto resultante do processo de cozimento e secagem do sangue fresco. A farinha de sangue convencional é produzida de sangue fresco, sem cerdas, urina e conteúdo digestivo, exceto em quantidades que podem ser admitidas nas boas praticas de processamento. A umidade é removida no cozimento convencional e a secagem em secadores rotatórios. O produto obtido é vermelho escuro tendendo a preto, insolúvel em água. O método de secagem do sangue é provavelmente o fator que mais contribui para a qualidade. Temperaturas mantidas altas no processamento do sangue produzem complexos com a lisina que é indisponível aos animais. É um produto que apresenta problemas de palatabilidade se usado em grandes quantidades. A farinha de sangue pode ser produzida por várias técnicas distintas: spray dry, flash dry, ring dry e drum dry. Destas as mais utilizadas são spray dry e o flash dry. De todos esses, o processo mais rápido e onde se aplica a mais alta temperatura é o flash dry.
Seus valores energéticos são: 80% de Peso Bruto; 2% Extrato Étereo; 4,50% de Matéria Mineral; 0,30% de Cálcio; 0,25% de Fósforo. Com relação ao se uso, deve-se atentar principalmente para a sua qualidade, pois sendo resultante do processamento de resíduos pode deteriorar-se com muita facilidade em condições de estocagem inadequadas. O ingrediente pode ser uma excelente forma de redução nos custos de formulação, principalmente quando os preços do milho e do farelo de soja estiverem elevados.
Farinha de Osso
Trata-se de um produto utilizado na composição de rações, dieta animal de monogástricos, cuja sua maioria destina-se à avicultura, suinocultura e bovinocultura. Seus valores nutricionais são: 45% de Peso Bruto; 8% de Extrato Éterio; 36% de Matéria Mineral; 12,5% de Cálcio; 5,5% de Fósforo.
Existem dois tipos de farinhas de osso: a Farinha de Ossos Calcinada (FOC), que é o produto obtido após a coleta de ossos e processados em graxarias; ou em frigoríficos a partir de ossos oriundos da desossa, moídos, queimados com ar abundante e novamente moídos. Deve conter no mínimo 15% de fósforo. E, também, a Farinha de Ossos Autoclavada (FOA), que é o produto seco e moído, obtido de ossos não decompostos e submetidos a tratamento térmico com pressão em autoclave ou digestor. Os resíduos de proteína e gordura podem o não ser removidos. Além dessas, existem as que são associadas com a carne de alguns animais e outras partes.
No produto final, devem ser feitas análises periódicas para garantir ausência de Salmonella em 25 gramas de produto.
Farelo de Amendoim
O valor nutritivo do farelo de amendoim é comparável ao do farelo de soja, apresentando teores de proteína degradável no rúmem bem maiores. Esta proteína, no rúmem, sofre ação de enzimas, fornecendo um suprimento contínuo de peptídeos, aminoácidos e amônia essenciais para a incorporação e crescimento dos microrganismos e consequente síntese desta proteína microbiana, sendo a principal fonte de proteína metabolizável para o ruminante.
O farelo de amendoim possui grande porcentagem de matéria graxa, ou seja, gordura, o que faz com que ele produza um efeito laxante. Assim, é prudente que ele não deva participar da alimentação com mais de um quarto da mistura concentrada.
O Farelo pode ser de dois tipos: Oriundo da moagem de sementes descascadas, contendo cerca de 45% de proteínas, média de 8,5% de matéria graxa e, no máximo, 9,5% de celulose. E pode ser oriundo da industrialização das vagens inteiras, quando apresenta qualidade inferior, maior teor de celulose e menor teor de proteínas, o que somado ao fato de poder apresentar elevada quantidade de areia aderida à casca, leva-o a ser mais empregado na adubação.
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