Revisão Bibliográfica Sobre Ciclo Estral de Égua
Por: tarifil • 11/5/2017 • Bibliografia • 453 Palavras (2 Páginas) • 479 Visualizações
O conhecimento e a manipulação da duração do ciclo estral equino e suas fases têm-se tornado muito importante com a crescente utilização de técnicas de inseminação artificial e transferência de embriões na espécie, por isto tem-se procurado conhecer melhor a duração dos componentes do ciclo estral, bem como o momento exato de ovulação e a época ideal de inseminar a égua. (ROMANO; MUCCIOLO; SILVA, 1998, p.1).
Entretanto na espécie equina, a fase folicular é altamente variável e inconsistente, o que torna difícil a determinação do final do estro, dificultando a predição do momento da ovulação (iRoig et al., 2005; BOWMAN, 2006). Contudo o exame contínuo, com quatro ou seis horas de intervalo, durante o período do estro poderá predizer, com relativa confiabilidade, o momento da ovulação em éguas (KLOPPE et al., 1988). O intervalo entre palpações frequentes gera grandes desgastes aos animais e aos médicos veterinários responsáveis pelo manejo reprodutivo. [...] (JACOB et al. 2000)
Segundo Lindeberg; Kuntsi e Katila (1992), a maioria das ovulações ocorre 24 a 48 horas antes do final do estro. Esta ovulação é marcada ‘’por um período de receptividade sexual bem característico, mas em algumas éguas só é perceptível através do acompanhamento folicular “per rectun”, uma vez que as manifestações psíquicas não são demonstradas (cio silencioso)’’. (ADAMS; BUSO, 1988; NELSON et al, 1985).
O ciclo estral é definido como o período entre duas ovulações subsequentes, acompanhadas por estro e concentrações plasmáticas de progesterona abaixo de 1ng/ml (Hughes et al., 1975), podendo ser dividido em fase folicular (processo ovulatório) e luteal ou diestro (BAIN, 1957; HUGHES et al., 1975; BLANCHARD et al., 1998).
A regularidade do ciclo estral é determinada pelo balanço dos hormônios produzidos pela glândula pineal, hipotálamo, hipófise, ovários e endométrio. O hipotálamo, considerado ponto chave do comando reprodutivo, produz um hormônio decapeptídeo (GnRH), liberado no sistema porta hipotalâmico-hipofisário, afim de estimular a síntese e a liberação de gonadotrofinas: hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), responsáveis pela maturação folicular, produção de estrógeno, ovulação e luteinização do corpo lúteo (CL) (ALJARRAH, 2004).
Durante o estro, uma substância aquosa, um pouco translúcida e relativamente pegajosa pode ser vista saindo do trato reprodutor feminino, este foi um dos sinais reconhecidos, antigamente como o começo da receptividade sexual. (ABUSINEINA, 1962; Pommerenke, 1962) Tal secreção, conhecida como muco cervical, exerce diversas funções fisiológicas que são importantes para o desenvolvimento do processo reprodutivo. (CORTÉS; GONZALES; VIGIL, 2014).
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