Os Parasitoses e Antihelminticos
Por: juliaabcd • 8/12/2020 • Trabalho acadêmico • 2.833 Palavras (12 Páginas) • 220 Visualizações
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Sumário
1. Introdução 2 1.1. Probióticos 2 1.2. Infecção por Toxocara vitulorum 2 1.3 Interação dos microrganismos e helmintos intestinais 3 1.4 Drogas anti-helmínticas 4 1.5 Aspectos socioeconômicos 4
2. Objetivos 5 3. Revisão bibliográfica 5 4. Análise de Mercado 6 5. Metodologia, meios para alcançar os objetivos e cronograma 8 6. Conclusão 10 7. Referências 11
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1. Introdução
1.1. Probióticos
A priori, o termo probiótico foi utilizado para designar substâncias produzidas e secretadas por microrganismos, com capacidade de estimular outros microrganismos. Atualmente, existem diversas definições, que em sua maioria buscam enfatizar os efeitos profiláticos e terapêuticos provenientes de seu consumo. Pode-se, então, entender os probióticos como microrganismos vivos, que, se administrados em doses adequadas, são capazes de proporcionar benefícios à saúde do hospedeiro.
A maioria dos probióticos é formada por bactérias ácido-láticas dos gêneros Lactobacillus, Bifidobacterium, Enterococcus, Lactococcus, Leuconostoc, Pediococcus, Sporolactobacillus e Streptococcus; por bactérias não ácido-láticas das espécies Bacillus cereus, Escherichia coli e Propionibacterium freudenreichii; e pelas leveduras Saccharomyces cerevisae e Saccharomyces boulardii.
Para serem selecionados como probióticos, os microrganismos devem manter a viabilidade celular durante o transporte e estocagem, serem resistentes ao baixo pH do estômago e aos sais biliares, além de serem capazes de permanecer aderidos à parede do intestino, evitando sua expulsão por peristaltismo.
Evidências têm demonstrado que os probióticos são capazes de estimular o sistema imune em homens e animais, o que pode estar relacionado à interação dos microrganismos com as placas de Peyer e com as células do epitélio intestinal, ocasionando na estimulação de linfócitos B produtores de IgA e na migração de linfócitos T, o que favorece a atividade de macrófagos, células NK e produção de interleucinas.
1.2. Infecção por Toxocara vitulorum
A toxocaríase é uma verminose que acomete bovinos e bubalinos, provocada pelo nematódeo Toxocara vitulorum, o qual é transmitido verticalmente, isto é, os bezerros adquirem a parasitose pelo leite e colostro de fêmeas que possuem larvas infectantes e também pela via transplacentária. Sua forma adulta vive na porção
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anterior do intestino delgado dos filhotes, causando danos locais e podendo, até mesmo, causar a morte do animal. Infecções maciças estão relacionadas a retardo do desenvolvimento, enterite catarral, diarreia intermitente e, se a carga parasitária for demasiada, pode haver obstrução intestinal, podendo resultar em peritonite, o que é fatal para o animal.
O bovino adulto adquire a toxocaríase pela ingestão de ovos no ambiente. A fêmea adulta contaminada é um importante reservatório de larvas, as quais estão alojadas em seus tecidos, onde se evoluem do segundo para o terceiro estágio de desenvolvimento. A forma infectante para os bezerros é aquela que está no terceiro estágio de desenvolvimento, no qual a cutícula das duas mudas realizadas é conservada e, ao se alimentar, o bezerro ingere ovos embrionados presentes no leite materno. A presença de ovos do parasito nas fezes dos bovinos jovens pode ser verificada da 2ª a 20ª semana de idade, com maior concentração entre a 3ª e 4ª semanas. Após os quatro meses de idade, uma significativa parcela de nematódeos pode ser expulsa naturalmente, o que leva a uma queda do número de ovos no material fecal.
A larva de T. vitulorum realiza ciclo de Loss e, durante sua passagem pelo pulmão, pode haver pneumonia verminosa. Além disso, a migração dos vermes até a vesícula biliar ou ducto pancreático pode acarretar em obstrução biliar e colangite. Também fazem parte da sintomatologia de bovinos jovens parasitados: inapetência, fraqueza, pelagem áspera, abdome flácido e dilatado, diarreia com coloração escura e odor butírico.
1.3 Interação dos microrganismos e helmintos intestinais
Lactobacillus e Bifidobacterium estão diretamente relacionadas ao estímulo da resposta imune por aumento da produção de anticorpos, ativação de macrófagos, proliferação de linfócitos T e produção de interferon, além de fortalecer o sistema imune pela melhora da digestão de proteínas e aumento da absorção de vitaminas e minerais. Contudo, maiores explicações sobre essas bactérias e sua interação com o sistema imune ainda carecem de informações aprofundadas.
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Os helmintos exercem uma forte imunomodulação; seus mecanismos de escape induzem a tolerância do sistema imune a esses parasitas, a qual leva à diminuição dos prejuízos ao hospedeiro durante a infecção, evitando reações alérgicas, autoimunes e inflamatórias, mas, ao mesmo tempo, reduz as respostas às vacinas, aumentando a suscetibilidade à coinfecção, além de diminuir a capacidade de resposta a tumores.
1.4 Drogas anti-helmínticas
O principal controle das doenças helmínticas consiste no uso de drogas anti-helmínticas. Contudo, ineficácia destes medicamentos agrava a queda da produtividade. A abundância de anti-helmínticos disponíveis no mercado, aliada à utilização destes de modo irresponsável, contribui para o desenvolvimento de parasitas resistentes, o que no futuro resultará principal problema sanitário da produtividade da pecuária.
As principais classes de medicamentos incluem: benzimidazóis, pró-benzimidazóis, imidatiazóis, organofosforados, substitutos fenólicos, salicilanilidas e pirimidinas. A variedade de fármacos vem acompanhada de inúmeros efeitos adversos, dos quais pode-se destacar: efeitos embriotóxicos nos fetos, logo são contraindicados durante a gestação; tremores; convulsões; resíduos na carne e no leite por períodos prolongados; lesões oculares; anorexia; diarreia e até morte do animal.
1.5 Aspectos socioeconômicos
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