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Parasitose intestinal

Relatório de pesquisa: Parasitose intestinal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  8.447 Palavras (34 Páginas)  •  626 Visualizações

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PARASITOSES INTESTINAIS:

O que são?

As parasitoses intestinais são muito frequentes na infância. São consideradas problema de saúde pública, principalmente nas áreas rurais e periferias das cidades dos países chamados subdesenvolvidos, onde são mais frequentes. As parasitoses são a doença mais comum do mundo, atingindo cerca de 25% da população mundial (1 em cada 4 pessoas!). Sua transmissão depende das condições sanitárias e de higiene das comunidades. Além disso, muitas dessas parasitoses relacionam-se a déficit no desenvolvimento físico e cognitivo e desnutrição.

São infecções causadas por parasitas intestinais e constituem um importante problema de saúde pública mundial, bastante relacionado às condições de saneamento básico, educação e habitação.

Exemplos de parasitoses

AMEBÍASE (ameba)

A ameba é um parasita do intestino grosso, onde ela se aloja causando diarreia. Ela pode invadir a parede do intestino e causar diarreia com sangue, o que já é um caso grave. Também pode ir até o fígado, pulmão ou cérebro, causando doença nesses locais.

GIARDÍASE (giárdia)

A giárdia fica no intestino delgado do homem, onde podem se juntar e cobrir toda a parede do intestino, impedindo a absorção dos alimentos e causando diarreia, chegando até a dar perda de peso e anemia.

ASCARIDÍASE (lombriga)

O áscaris é também conhecido como lombriga e também fica no intestino do homem, mas também passa pelo pulmão. Por isso, em casos mais graves, ocorre a saída de vermes pela boca ou pelo nariz das pessoas, além de obstrução do intestino, tendo às vezes até que operar o intestino para retirar os vermes.

ANCILOSTOMÍASE (amarelão)

O ancilóstomo ou também amarelão entra pela pele das pessoas, podendo causar irritação, até chegar no intestino, passando também pelo pulmão. Ele suga o sangue pela parede do intestino, podendo causar diarreia pela inflamação e também anemia importante.

TENÍASE (tênia)

A tênia é o maior parasita do homem, podendo ocupar todo o intestino do homem, ou seja, chegar a medir até 12 metros! A principal complicação da teníase é a neurocisticercose, que é quando os cistos da tênia vão até o cérebro das pessoas, podendo causar epilepsia em pessoas que nunca tiveram antes Esse quadro também é conhecido pela sua transmissão pela carne do porco, quando mal passada.

Benevides B. Parasitoses Intestinais. http://www.sbmfc.org.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&PaginaId=516

HELMINTÍASES:

ASCARIDÍASE

Agente etiológico: Ascaris lumbricoides.

Localização: luz do intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo). Eventualmente pode se localizar em colédoco, vesícula biliar, canal de Wirsung, apêndice, etc.

Transmissão: ingestão de ovos.

Quadro clínico: as manifestações clínicas mais comuns são cólicas, náuseas, vômitos, diarréia, anorexia e desconforto abdominal. Durante a fase larval migratória podem ocorrer pneumonite aguda transitória (síndrome de Loeffler) associada a febre e eosinofilia acentuada.

Complicações: oclusão intestinal, peritonite, apendicite, obstrução de vias biliares e pancreatite hemorrágica por obstrução do canal de Wirsung. Os vermes adultos podem ser eliminados pela boca e pelo nariz.

Diagnóstico: clínico; laboratorial: parasitológico de fezes (técnica qualitativa, tais como Hoffman, Pons e Janer, ou técnica quantitativa como Kato-Kats); hemograma (eosinofilia); radiografia simples de abdome: imagens sugestivas de bolo de áscaris.

Tratamento: mebendazol; albendazol; pamoato de pirantel; levamizol.

Tratamento da oclusão intestinal: dieta zero; aspiração gástrica contínua; piperazina introduzida pela sonda gástrica; óleo mineral; hidratação venosa.

ANCILOSTOMÍASE

Agentes etiológicos: Ancylostoma duodenale e Necator americanus.

Localização: intestino delgado.

Transmissão: através das larvas, pela pele.

Quadro clínico: prurido na fase aguda; pneumonite aguda transitória durante a fase larval migratória associada a febre e eosinofilia (síndrome de Loeffler); náuseas, vômitos, diarréia, anorexia ou bulimia e, o que é muito característico, perversão de apetite (geofagia); anemia microcítica e hipocrômica, podendo ser intensa, levando a fadiga, sonolência, edema de membros inferiores e manifestações cardiovasculares (insuficiência cardíaca).

Diagnóstico: clínico; laboratorial: parasitológico (método quantitativo como Kato-Kats e método qualitativo como Hoffman, Pons e Janer); hemograma (anemia microcítica e hipocrômica, eosinofilia).

Tratamento: mebendazol; albendazol; pamoato de pirantel.

ESTRONGILOIDÍASE

Agente etiológico: Strongyloides stercolaris.

Localização: intestino delgado.

Transmissão: através das larvas pela pele; em imunodeprimidos, por auto-endoinfecção (migração das larvas através da mucosa intestinal), realizando o ciclo pulmonar, e auto-exoinfecção (migração das larvas da região perianal para os pulmões).

Quadro clínico: prurido cutâneo; sintomas broncopulmonares na dependência da passagem das larvas pela árvore respiratória; desconforto abdominal, diarréia, crises desinteriformes, vômitos, etc.; irritabilidade, astenia, insônia, inapetência e emagrecimento.

Diagnóstico: clínico; laboratorial: parasitológico (técnica de Baerman Moraes); hemograma (acentuada eosinofilia); radiografia de duodeno, jejuno e eventualmente colo: alterações morfológicas e funcionais que lembram a possibilidade de estrongiloidíase; pesquisa de larvas em líquido duodenal, escarro, urina, etc; biópsia jejunal.

Tratamento: tiabendazol; albendazol e irvermectina.

TENÍASES

Agentes etiológicos: Taenia solium (tênia do porco) e

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