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A INTERERÊNCIA E MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO FEIJÃO

Por:   •  23/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  6.006 Palavras (25 Páginas)  •  144 Visualizações

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UNIVERSIDAD ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”[pic 1][pic 2]

CAMPUS BOTUCATU

DISCIPLINA DE BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

INTERERÊNCIA E MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO FEIJÃO

Docente

Prof. Dr. Caio Antonio Carbonari e Edivaldo Velini

Discente

Marina Luiza Cuchi

Botucatu- SP Julho/2022[pic 3][pic 4]

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SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO        3
  2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.        4
  1. Origem e características das plantas de feijão        4
  2. Plantas daninhas x cultura        7
  1. Períodos de interferência        9
  1. Manejo        11
  1. Manejo Preventivo        11
  2. Manejo cultural        12
  3. Manejo Mecânico        13
  4. Manejo Químico        14
  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS        15
  2. REFERÊNCIAS.        16

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  1. INTRODUÇÃO

O feijão (Phaseolus vulgaris) juntamente com o arroz, compõe um dos principais pratos consumidos pelos brasileiros, com elevada composição nutricional, rico em proteínas, fibras, carboidratos complexos, vitaminas e micronutrientes (Souza et al. 2013; Deral, 2018). A cultura abrange uma área de 27 milhões de hectares cultivados mundialmente, no Brasil foram 2,86 milhões de hectares semeados na safra 2021/2022 (CONAB, 2017; CONAB, 2021). A produção brasileira ocupa o terceiro lugar no ranking mundial, detendo 11% da produção total (DERAL, 2018).

Devido a ampla adaptação da maioria das cultivares e das variadas condições edafoclimáticas do Brasil, a produção está dividida em três safras anuais (“safra das águas”, “safra da seca” e a “safra de outono/inverno”) (DERAL, 2018).

Existem 14 tipos de feijão cultivados no país, sendo os principais o carioca, preto e o tipo cores (Coêlho, 2017). Na safra 2020/21 o feijão caupi representou 46,2% do volume total produzido, o tipo comum cores 41,4% e feijão preto 12,4% (CONAB, 2022). Os maiores produtores são os estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Bahia. A região Nordeste se destaca na soma de maior área produzida em relação ao Sul, Sudeste e Centro-Oeste (1,46 milhão de hectares contra 1,38 milhão de hectares), entretanto, a produtividade obtida é muito inferior em relação aos demais estados produtores (Coêlho, 2021).

A agricultura familiar é responsável por grande parte do cultivo do feijão, representado 62% do feijão comum (preto + de cor) produzido (Posse et al. 2010). O produtor familiar, que geralmente produzem sob baixo nível de tecnificação ou em consórcio com outra cultura, associados a baixos investimentos no sistema, reduzindo os índices médios produtivos da cultura (Bini e Canever, 2015). A produtividade média do feijoeiro no Brasil é de aproximadamente 1.060 kg ha-1(CONAB, 2021).

A interferência imposta pelas plantas daninhas pode ser outro fator que contribui na redução da produtividade, principalmente nos estádios iniciais de desenvolvimento. O feijão não tolera a competição com plantas daninhas, as perdas chegam à 90% na produtividade de grãos sob interferência durante todo o ciclo da cultura (Oliveira et al. 2010).

A capacidade competitiva está atrelada a fatores fisiológicos e morfológicos intrínsecos das plantas, essas características estão relacionadas a captação e exploração

dos recursos disponíveis no meio (Swanton et al. 2015). O feijão apresenta crescimento inicial lento, baixa estatura, reduzida interceptação de radiação solar, metabolismo do tipo C3 e menor sombreamento do solo (Cury et al. 2013).

O grau e a intensidade da interferência entre as plantas daninhas e a cultura é determinado através dos períodos críticos de interferência, os quais apresentam variações de acordo com as condições edafoclimáticas de cada região e com as características das plantas daninhas e da cultura (Borchatt et al. 2011). Para delinear estratégias de manejo e controle eficiente das plantas daninhas presentes no sistema produtivo se faz necessário informações referentes aos períodos de convivência da cultura.

Os métodos de controle que podem ser utilizados para o manejo de plantas daninhas são: cultural, preventivo, mecânico e químico (Embrapa, 2013). No feijão, a utilização de herbicidas para o controle de plantas daninhas apresenta maior relevância dentre os demais métodos de manejo, devido à eficácia, rapidez e menor custo quando comparado a outras formas de controle (Galon et al. 2017). Entretanto, diante dos crescentes casos de resistência das plantas daninhas a diversos mecanismos de ação utilizados é necessário ferramentas alternativas de controle dessas espécies que auxiliem na redução da pressão de seleção, evitando reduções significativas na produtividade ocasionadas pela matocompetição.

Com base nessas informações, o objetivo da revisão é fornecer informações relevantes a interferência e manejo das plantas daninhas na cultura do feijão, para o controle eficiente das espécies infestantes visando altos índices produtivos.

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  1. Origem e características das plantas de feijão

O feijão (Phaseolus vulgaris) é classificado botanicamente como pertencente à ordem Rosales, família Fabaceae (Leguminosae), subfamília Faboideae (Papilionoideae), tribo Phaseolae e gênero Phaseolus (Embrapa, 2008).

Atualmente, aceita-se que o feijão teve dois centros de domesticação e um terceiro com menor expressão. Relatos indicam que tipos selvagens, similares a variedades crioulas foram encontradas na região central das Américas, como no México, originando cultivares de grão pequenos, como o carioca. O segundo local designado foi ao Sul dos Andes, especificamente ao norte da Argentina e sul do Peru, de onde possivelmente se

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