A Introdução ao Melhoramento de Plantas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CAMPUS FLORESTA

CENTRO MULTIDISCIPLINAR - CMULTI

CURSO: ENGENHARIA AGRONÔMICA

DISCIPLINA: MELHORAMENTO VEGETAL

SÍNTESE

‘INTRODUÇÃO AO MELHORAMENTO

DE  PLANTAS’

LUAN SILVA DOS SANTOS

CRUZEIRO DO SUL, ACRE, 2020.

SÍNTESE ‘INTRODUÇÃO AO MELHORAMENTO DE  PLANTAS’

João Carlos Bespalhok F1., Edson Perez Guerra2 e Ricardo de Oliveira1

Sabe-se que as plantas aprensentam papel fundamental para a humanidade. Haja visto que, as utilizamos diretamente na nossa alimentação e indiretamente para alimentação de animais que fornecerão alimento. Além disso, as plantas também são utilizadas como vestimenta, na obtenção de energia, habitação, em ornamentação e na forma de medicamentos. Portanto, pode-se afirmar que a humanidade é dependente das plantas para sua sobrevivência.

População Mundial e Aumento da Produção de Alimentos

Projeções da ONU mostram que a população mundial deve alcançar cerca de 9,1 bilhões de pessoas em 2050. Esse aumento traz um grande desafio para as nações, principalmente as menos desenvolvidas, de terem que aumentar a produção de alimentos para que não haja fome.

Existem duas maneiras de aumentar a produção de alimentos: aumento da área cultivada pela incorporação de novas áreas ou aumento da produtividade.

O aumento da área plantada pode ser obtido pela incorporação de áreas ainda não utilizadas para a agricultura. No Brasil, a exploração de novas áreas leva a uma grande destruição da biodiversidade natural.

Se tratando da produtividade, uma forma de aumenta-la é através da melhoria do ambiente de produção. Porém, a melhoria do meio ambiente significa, em geral, aumento no custo de produção e em muitos casos aumento da poluição ambiental. Portanto a maneira mais econômica e sustentável de se aumentar a produtividade é através da obtenção de cultivares com maior potencial de produtivo.

Melhoramento de Plantas e sua História

Segundo Poehlman, um famoso melhorista americano, o melhoramento de plantas “É a arte e a ciência de melhorar geneticamente plantas para o benefício da humanidade”. Complementando, para Vavilov, um cientista russo, o melhoramento de plantas é a “Evolução direcionada pela vontade do homem”.  

O melhoramento de plantas teve início cerca de 10.000 anos atrás, com o processo de domesticação das plantas. Nesta fase inicial,  a capacidade de observação e intuição eram crucias para selecionar as plantas.

Outras etapas importantes foram a decoberta da existência do sexo em plantas e a sugestão da hibridação como um método de conseguir novos tipos de plantas por Camerarius em 1964. Tem- se também a formulação das leis da hereditariedade em 1866 por Gregor Mendel. Já em 1903, Wilhelm Johannsen propôs os termos gene, genótipo e fenótipo e desenvolveu a Teoria das Linhas Puras, na qual a seleção só era efetiva quando baseada em diferenças genéticas.

No começo do século XX, Edward M. East e George Shull começaram experimentos de autofecundação em milho nos EUA que levariam à obtenção do milho híbrido. Já em 1918, Donald F. Jones popularizou o milho híbrido ao propôr o híbrido duplo para cultivares comerciais.

Nos EUA, por volta de 1960, uma equipe liderada pelo Dr. Norman Borlaug foi responsável pelo desenvolvimento de variedades de cereais com maior potencial produtivo, fenômeno conhecido por “Revolução Verde”.

A primeira cultivar transgênica chegou ao mercado em 1994 (tomate Flavr Savr da empresa Calgene dos EUA). Já a soja Roundup Ready da empresa Monsanto, que possui resistência ao glifosato, chegou ao mercado em 1996.