A Origem da Agricultura
Por: miriam neves • 26/11/2021 • Ensaio • 433 Palavras (2 Páginas) • 164 Visualizações
Desde os primórdios dos tempos o homem adquiriu habilidades de manejar o meio natural, domesticando plantas e animais, porém, não se sabe ao certo ou pelo menos não se tem registros escritos de como e nem quando que marcam o começo da agricultura, tudo o que se sabe são evidências baseadas em registros históricos. No entanto, Barros (1974), define agricultura como "a artificialização pelo homem do meio natural, com o fim de o tornar mais apto ao desenvolvimento de espécies vegetais (de interesse) e animais, elas próprias melhoradas”, porém o homem não nasceu agricultor, ele foi se construindo e se adequando as suas necessidades.
O comportamento nômade dos homo sapiens era o da caça e da coleta, até então não se tinha o hábito de cultivar em determinado local espécies cultiváveis já que a migração era constante.
Os primeiros sistemas de cultivo e de criação surgiram a partir do período neolítico a mais de 10 mil anos, período este que foi marcado pela domesticação das plantas. A domesticação das espécies segundo Evans (1993), é um processo de modificação do genótipo de maneira contínua, evolutiva e efetuada pelo homem de forma relativamente rápida, ou seja, à domesticação é uma resposta genética, transformando uma espécie silvestre em domesticada. Este processo permitiu posteriormente a seleção pelo próprio homem de espécies para seu próprio consumo, tornando assim a domesticação das plantas um dos processos mais importantes relacionado com a história dos seres humanos no planeta. Atualmente estima-se que existe cerca de 5 a 30 milhões de espécies no planeta, mas até o momento somente 1,4 milhões foi catalogado segundo (WILSON,1997).
Logo após, a domesticação das plantas surge a prática de cultivo de derrubada-queimada, na qual permitia uma pequena parte de terrenos desmatados, seguido de queimada, mas sem destocagem. Essa dinâmica dava inicio ao que hoje chamamos de agricultura, devido o homem se ocupar da caça e dos cuidados com o rebanho, é bastante provável que boa parte da agricultura tenha sido desenvolvida pelas mulheres.
Essa dinâmica foi pioneira e levou a um forte crescimento demográfico e continuou enquanto restaram áreas arborizadas acessíveis, o que possibilitou o desmatamento de grandes áreas de florestas, tornando-se impossível a continuidade deste modo de cultivo, pois a degradação da fertilidade do solo, os processos erosivos e as mudanças climáticas afetaram drasticamente o equilíbrio dos ecossistemas.
A crise ecológica e de subsistência que o sistema técnico de corte e queima resultou só foi superada pelo desenvolvimento de novos sistemas agrários “pós-florestais” muito diferenciados. Atualmente diversas formas de cultivos de derrubada-queimada continuam a existir e a estender-se pelas florestas tropicais da África, da Ásia e da América do Sul.
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