Agroecologia e Saúde: A Luta Por Alimentos Saudáveis no Brasil
Por: Tathipink • 13/3/2022 • Artigo • 664 Palavras (3 Páginas) • 151 Visualizações
Cap 4: Dinâmica e diferenciação de sistemas agrários, por Lovois de Andrade Miguel
RESUMO
O trabalho de Miguel L. A. (2009), aborda o tema da produção agrícola em suas mais variadas formas, desde como a agricultura se apresenta nos variados estados brasileiros e quais técnicas melhores se aplicam a cada. Logo, o trabalho apresenta os conceitos e a aplicação da teoria das realidades agrárias complexas, com ênfase especial no conceito de sistema agrário em suas diferentes abordagens.
O autor apresenta o conceito de sistemas agrários, bem como os grandes momentos que marcaram o surgimento, a expansão e a diferenciação das grandes formas de agricultura no mundo. Ele aborda especialmente a caracterização, a evolução e a diferenciação dos sistemas agrários no estado do Rio Grande do Sul.
O objetivo da obra foi mostrar ferramentas necessárias para o estudo e a compreensão de realidades agrárias complexas. Além disso, o autor comenta de forma clara e direta sobre as etapas da evolução da história da agricultura, desde suas origens até o período atual. Além de claro, mostrar a origem e a evolução dos sistemas agrários no estado do Rio Grande do Sul.
Frente a isso, a abordagem sistêmica passa a ser vista, por diversas disciplinas e áreas do conhecimento, como uma ferramenta fundamental e para compreender os fenômenos complexos. Assim, a abordagem sistêmica será de fundamental importância para dar corpo a uma série de conceitos sistêmicos, entre os quais se destaca o conceito de sistema agrário.
O quarto capítulo apresenta, de maneira sistematizada e esquemática, a evolução e a diferenciação de sistemas agrários da Europa ocidental. Sendo a evolução e a diferenciação dos sistemas agrários da Europa ocidental um processo histórico marcado por uma enorme diversidade de situações e peculiaridades, a exposição se restringirá a apresentar os principais elementos e situações indispensáveis à compreensão das grandes etapas que marcaram esse processo, desde o período neolítico até o presente.
Foi possível observar, neste capítulo, a intenção do autor em demonstrar a contribuição que a reconstituição da evolução e da diferenciação de sistemas agrários pode trazer para a abrangência de uma realidade agrária extremamente complexa.
A escolha da Europa ocidental para ilustrar esse processo foi pelo motivo de, além de ter acumulado um exaustivo e vasto conhecimento científico acerca desse processo histórico, a Europa ocidental exibir uma evolução e diferenciação de sistemas agrários muito ricos e complexos.
Logo, desde o período neolítico, com a implantação de sistemas de
cultivo de derrubada-queimada, até o presente, marcado pela hegemonia de uma agricultura baseada nos preceitos da Revolução Verde, o espaço agrário da Europa ocidental foi o palco de grandes e intensas transformações econômicas, sociais e ambientais.
Ele cita que processo de desmatamento no sistema de cultivo de derrubada-queimada, fruto do aumento da densidade populacional e da rarefação de novas áreas florestais virgens, intensificou-se, acarretando uma redução progressiva do período de pousio florestal.
Além disso, os sistemas de cultivo com alqueive e tração leve, que eram básicos nos sistemas agrários pós-florestais na Europa ocidental, apresentavam um novo modo de produção e de renovação da fertilidade útil do ecossistema.
Frente ao exposto, o autor cita ainda que os sistemas agrários pós-florestais, baseados nos sistemas de cultivo com alqueive e tração leve, foram marcados por uma crise alimentar crônica e permanente, decorrente, principalmente, da baixa produtividade do trabalho devido a baixa capacidade de proporcionar excedentes alimentares.
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