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COMPETITIVIDADE DE TOROS MOÇAMBICANOS NO MERCADO INTERNACIONAL

Por:   •  1/6/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.204 Palavras (17 Páginas)  •  386 Visualizações

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COMPETITIVIDADE DE TOROS MOÇAMBICANOS NO MERCADO INTERNACIONAL

Falcão, M. P1, Emerenciano, D. B2

1 Eng. Florestal, Dr., Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique. E-mail: mariopaulofalcao@hotmail.com 

2 Eng. Florestal, Dr., Departamento de Ciências Florestais, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. E-mail: dartagnanbaggio@gmail.com.

Resumo

Os toros e a madeira serrada de floresta nativa tropical são um dos mais importantes produtos, em termos de geração de divisas, do sector florestal nacional. Este trabalho foi realizado com o principal objectivo de analisar a competitividade de Moçambique no mercado internacional florestal, confrontando com a de seus principais competidores, no periodo 2000 a 2010. Utilizou-se o Indice Vantagem Comparativa Revelada (VCR) e Posição Relativa no Mercado (PMR). Os resultados obtidos indicaram que Moçambique não se encontra entre os 3 países Africanos mais competitivos do mercado internacional de madeira tropical.

Palavras chave: Vantagem Comparativa Revelada, Posição de Relativa de Mercado, Concorrentes, Moçambique.

Abstract

Impact of Forest Management Regimes nn Forest Resource Use, Conservation and Income of Stakeholders in Savane, Mozambique.  Higher deforestation rates in Mozambique, estimated as 0.24% per annum, associated with land degradation brought institutional changes in the search for adequate policies and strategies for the management of its natural resources. Forest management regimes and policies that satisfies the needs of several stakeholders and guarantee sustainable use of forest resources, is a complex to be analysed.

A case study was carried out in Dondo district, Savane locality, to analyse the impact of alternative forest management regimes on the well being of stakeholders and conservation of the miombo woodlands. Dynamic game theoretic models based o game theory were developed and implemented with software POWERSIM.

This study shows that regulated forest management regimes, incorporating social concerns or social and environmental concerns, are potentially more beneficial to the household sector that the open access regime. The open access is more beneficial regime to the private sector.

Key words: forest management regimes, game theory, stakeholders, Dynamic game theoretic model.

1.INTRODUÇÃO

Moçambique é um país africano que possui uma superfície de 784 755 km², faz fronteira com Malawi, Zambia, Zimbabwe, Africa do Sul e Swazilandia a Oeste e o Oceano Indico a Este. A maior parte da população depende dos produtos e serviços dos ecossistemas naturais como as florestas para satisfazer as suas necessidades em energia lenhosa e alimentação.

O presente trabalho tem como objectivo analisar a competitividade da madeira em toro e serrada da floresta nativa Moçambicana no mercado internacional no período entre 2000 e 2010. São objectivos específicos analisar a evolução do volume de exportações de madeira de Moçambique e de cinco principais países competidores africanos e analisar os índices de competitividade entre os países.

O sector florestal é o segundo maior empregador na economia Moçambicana e os principais produtos produzidos e exportados por este sector são os toros e a madeira serrada (Tabelas 1). A capacidade produtiva do sector florestal tem vindo a crescer nas duas últimas décadas como resultado da paz e do relativo bom crescimento económico e reabilitação da industria florestal.

Os volumes exportados de madeira nativa tropical de Moçambique entre os anos 2000 e 2010 estão indicados na Tabela 2. As principais espécies exportadas são Dalbergia melanoxylon, Swartzia madagascariensis, Combretum imberbe, Pterocarpus angolensis, Millettia stuhlmannii and Afzelia quanzensis. Toros e madeira serrada são principalmente exportados para o Mercado asiático (China). Os outros países que receberam Madeira Moçambicana são Portugal, Italia, Belgica, Alemanha, Dinamarca, Eslovenia, Croaçia, Polonia, Espanha, Israel, Japão, Arabia Saudita, Africa do Sul, Mauriçias, e Zimbabwe.

Tabela 1. Produção florestal Moçambicana (1000 m3) entre 2000 e 2010.

Table 1. Mozambique forest production (1,000 m3) between 2000 and 2010.

ANO

Produto

2000

2001

2002

2003

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Toros

84.8

91.2

130.3

93.2

103

143.587

128.353

124.867

112.584

167.955

Madeira serrada

19.4

29.6

29.4

29.2

32

36.424

50.511

96.401

114.244

192.271

Fonte: DNFFB (1991-2003), INE(2008c), DNTF (2007-2011).

Tabela 2. Produção florestal Moçambicana exportada(1000 m3) entre 2000 e 2010.

Table 2. Mozambican forest sector production exported (1,000 m3) between 2000 and 2010.

Produto

ANO

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006*

2007*

2008

2009

2010

Toros

13.0

N/a

65.0

6,6916

4,62423

58.659

107.135

55.982

19.002

21.264

22.846

Madeira serrada

0.1

N/a

4.9

0,0

0,0

11.417

30.459

30.930

84.085

92.914

176.572

Fonte: DNFFB (1991-2003), INE (2008c), DNTF (2007-2011). N/a – Not available.                                                                

Tabela: 4 Evolução dos volumes exportados

Ano

Toros (m³)

M. Serrada (m³)

2000

4.624,230

0

2001

6.693,160

0

2002

29.868,032

335,677

2003

36.180,085

1.655,364

2004

53.752,000

5.690,630

TOTAL

131.117,507

7.681,670

In 2006, Mozambique had 179 wood based industries in Mozambique, these ranging from simple carpentry shops to furniture manufacturing installations. However value added production plays a minor role in both domestic and export markets. This is largely caused by the low technological level of most existing facilities. This has meant that most companies operating in the timber sector prefer to export logs than to introduce primary processing of timber. The industry in Mozambique has a weak processing capacity, old and obsolete equipment that results in low timber recovery (30%) and the sawn wood is generally low in quality compared to export market demands (DNTF, 2006; ).

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